Questões de Concurso Sobre português nível médio

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Q3326426 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Há ERRO relativo ao acento grave, por falta ou emprego indevido, em: 
Alternativas
Q3326425 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Em conformidade com o emprego dos porquês, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.

(1) Usado em substituição à expressão “pelo qual” (e suas variações). (2) Usado como substantivo.
( ) Todos sabem o porquê de seu medo. ( ) Os bairros por que passamos eram sujos. ( ) As ruas por que andamos são lindas. ( ) Não sei o porquê de tanta confusão.
Alternativas
Q3326424 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Todas as alternativas abaixo apresentam dígrafo consonantal, EXCETO: 
Alternativas
Q3326423 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Sobre a classificação silábica, assinalar a alternativa em que só há palavras com hiato.
Alternativas
Q3326422 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Considerando-se as regras de colocação pronominal, assinalar a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q3326421 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
A respeito de advérbios, analisar os itens.

I. Na frase “Hoje, não quero mais saber de briga”, o termo sublinhado é um advérbio de tempo.
II. Na frase “Nem pense que vou aceitar isso”, o termo sublinhado é um advérbio de negação.
III. Na frase “Márcia estava bebendo demais”, o termo sublinhado é um advérbio de modo.
IV. Na frase “Provavelmente, ela não queria te magoar”, o termo sublinhado é um advérbio de dúvida.

Está CORRETO o que se afirma:
Alternativas
Q3326420 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
As expressões sublinhadas abaixo se associam ao sentido entre parênteses em:
Alternativas
Q3326419 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
As crônicas, gênero textual utilizado por Martha Medeiros, têm determinadas características que as definem como tal. Considerando essas características, muito presentes no texto, assinalar a alternativa INCORRETA. 
Alternativas
Q3326418 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
A expressão “coisíssima nenhuma” é utilizada no texto por Martha Medeiros para:
Alternativas
Q3326417 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
No trecho abaixo (2º parágrafo), o “se” é definido como:

É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser.
Alternativas
Q3326416 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
Considerando as informações do texto, assinalar a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q3326415 Português
A grama do vizinho


        Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-oquê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

       Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude, considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas.

       Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz de conta.

         Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.


Fonte: Martha Medeiros. Adaptado
A palavra sublinhada no penúltimo parágrafo não leva hífen pelo mesmo motivo que:

I. Mão de obra e microrganismo. II. Agroindustrial e autoestrada. III. Dia a dia e lua de mel.

Está CORRETO o que se afirma:
Alternativas
Q3326311 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
Releia a passagem transcrita do texto II.

“A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. [...] Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.”

Acerca do emprego do sinal indicativo de crase, é correto afirmar que, na frase
Alternativas
Q3326310 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
Em relação ao conteúdo do texto escrito por Ruy Castro, é correto afirmar que, segundo o contexto, o seu título
Alternativas
Q3326309 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
Releia o excerto do texto II e o anúncio a seguir.

“Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário.” 

Captura_de tela 2025-04-29 221425.png (584×478)
Disponível em: https://www.elo7.com.br/maquina-de-escrever-retro-arquivo-digital/dp/1227E2C.

 Analise as informações a seguir sobre os tipos de registros e de linguagens e assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

(    ) A linguagem popular e informal, com o registro de marcas linguísticas comuns à fala cotidiana, só está presente no trecho do texto II.
(    ) A função emotiva da linguagem pode ser identificada no texto II pelo emprego da primeira pessoa no relato feito pelo cronista.
(    ) A combinação entre linguagem verbal e informações visuais, no anúncio, resulta em um comentário jocoso sobre a máquina de escrever.
(    ) Os elementos verbais e não verbais, presentes no anúncio, são interdependentes, pois a retirada de algum deles resultaria em perda de sentido do anúncio.

Assinale a sequência correta.
Alternativas
Q3326308 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
A palavra destacada na frase “[...] nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno [...]” pertence à mesma classe da palavra destacada em
Alternativas
Q3326307 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
Releia o trecho do texto II e a tirinha a seguir.

“A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.” 

Captura_de tela 2025-04-29 221245.png (590×391)
Disponível em: https://www.nadaver.com/author/site-admin/page/36/.

No que diz respeito à fonologia e à fonética, analise as afirmativas a seguir.

I. As palavras ATÉ, ELE, VOU e NÃO estão agrupadas porque têm a mesma classificação quanto ao número de sílabas.
II. A grafia do termo TELECOTECO está incorreta, segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico sobre o uso do hífen.
III. Os vocábulos “NINGUÉM” e “VOCÊ”, presentes nos textos, no que diz respeito à acentuação gráfica, são acentuados conforme a mesma regra gramatical.
IV. Um componente sonoro pode ser identificado com a escolha vocabular tanto do termo TELECOTECO quando da grafia repetida de ASDFG ÇLKJH.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Alternativas
Q3326306 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
No trecho “Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar.”, a locução conjuntiva destacada funciona como elemento de coesão e só não pode ser substituída por 
Alternativas
Q3326305 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto II a seguir para responder à questão.

TEXTO II

Asdfg çlkjh!

A moça do outro lado da mesa na agência bancária está me abrindo uma conta. À sua frente, o computador. Sem pestanejar, digita uma a uma todas as palavras, sem olhar, enquanto me pergunta sobre aplicativos, senhas, tokens e outros mistérios da vida contemporânea. Os dedos, cheios de anéis e com longas unhas, talvez artificiais, teclam a uma velocidade que, nas antigas escolas de datilografia, certamente renderia prêmios ao aluno. Não vacila, não erra uma letra. Eu apenas observo e me espanto porque, com o dobro de anos de teclado do que ela de vida, às vezes o dedo escorrega, bato em falso e sou obrigado a corrigir.

Nos idos do século 20, sempre que alguma chatice me obrigava a ir a uma repartição pública, eu me via micado no balcão enquanto um funcionário catava milho na máquina de escrever para preencher um formulário. Aquela era a profissão do sujeito, e ele não estava preparado para a simples missão que tinha de executar: datilografar um texto. A ninguém ocorria agilizar o serviço pagando‑lhe um curso de datilografia, do qual, em poucas semanas, até com o teclado coberto, ele executaria a jato o

Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh
Asdfg çlkjh asdfg çlkjh asdfg çlkjh.

Sendo a máquina de escrever a única alternativa mecânica à escrita manual, e estando presente em repartições de todos os tipos, eu me perguntava por que, desde a escola, não se ministravam cursos de datilografia aos estudantes. Seria uma disciplina como as outras, com provas parciais e finais, notas vermelhas para quem não aprendesse direito e possível bomba no fim do ano.

Bem, isso nunca foi feito. E, a partir dos anos 1990, deixou de precisar. Assim que se viram diante do teclado do computador – o mesmo que o das velhas Remingtons e Olivettis –, as pessoas começaram a nascer já sabendo digitar. Asdfg!

CASTRO, Ruy. Asdfg çlkjh! Folha de São Paulo, Opinião, 03 jun. 2024, p. A 2. (adaptado).
Considerando‑se as características do texto, é incorreto afirmar que o autor
Alternativas
Q3326304 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto I a seguir para responder à questão.

TEXTO I

O “impossível” voo das abelhas

Li certa vez que, na Nasa, há um poster com uma imagem de uma abelha e os seguintes dizeres: Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não pode voar, mas o bom é que a abelha não sabe disto.

Do ponto de vista científico, o voo da abelha é realmente impressionante. Inicialmente, acreditava‑se que as abelhas não poderiam voar, com base nos princípios da aerodinâmica convencional, que se aplicam a aeronaves de asas rígidas. No entanto, o mistério foi desvendado quando se descobriu que suas asas não são rígidas como as de um avião. Em vez disso, as abelhas trabalham muito se movem de forma muito mais complexa – em ciclos de flexão e de torção – gerando pequenas turbulências que lhes permite manter‑se no ar, desafiando a aerodinâmica estacionária.

O verdadeiro valor dessa história, porém, está na lição que podemos aplicar às nossas vidas. Assim como o voo da abelha desafia as expectativas científicas, o amadurecimento humano muitas vezes desafia nossas próprias expectativas sobre o que somos capazes de enfrentar. Ao longo da vida, acumulamos experiências e conhecimentos que nos fazem enxergar a complexidade da existência com mais clareza. Essa conscientização, contudo, não deveria nos desencorajar. Pelo contrário, ela deve nos capacitar a encarar os desafios com resiliência e sabedoria.

Na maturidade, os desafios enfrentados muitas vezes parecem insuperáveis. Mudanças de carreira, perdas financeiras, separações, problemas de saúde ou até mesmo a busca por um propósito novo de vida são obstáculos frequentes para muitas pessoas. Esses desafios podem parecer tão intransponíveis quanto o voo de uma abelha deveria ser, segundo as leis tradicionais da física. No entanto, assim como a ciência desvendou o segredo do voo das abelhas, nós também precisamos encontrar dentro de nós a força necessária para superar as adversidades que a vida nos impõe, confiantes na vitória.

Superar os desafios não significa negar a complexidade da vida, mas sim reconhecê‑la e enfrentá‑la com determinação e perseverança. Assim como a abelha continua a voar sem saber das limitações impostas pelas leis da física convencional, também vive‑se plenamente, mesmo diante dos obstáculos que a maturidade nos impõe. O segredo para superar os desafios reside em nossa capacidade de adaptação. Assim como as asas das abelhas se ajustam ao ambiente, também devemos aprender a nos ajustar às circunstâncias, usando os recursos disponíveis para seguir em frente.

Muitas vezes, realizamos coisas que, à primeira vista, pareciam impossíveis, mas que, com coragem e resiliência, conseguimos concretizar. Assim como as abelhas, que voam sem saber que, teoricamente, não deveriam ser capazes de fazê‑lo, podemos superar nossas próprias limitações. Nos colocarmos no lugar das abelhas é o ideal para continuarmos avançando, tomando‑as como exemplo, pois, muitas vezes, os limites que acreditamos existir são apenas frutos de nossa limitação em realmente compreender os fatos.


CARDOSO, Juraciara Vieira. O “impossível” voo das abelhas.
Estado de Minas, Bem viver, 25 set. 2024 (adaptado).
Releia o trecho do texto I e a tirinha a seguir.

“No entanto, assim como a ciência desvendou o segredo do voo das abelhas, nós também precisamos encontrar dentro de nós a força necessária para superar as adversidades que a vida nos impõe, confiantes na vitória”. 

Captura_de tela 2025-04-29 220857.png (787×281)
Disponível em: https://zuzubalandia.com.br/tirinhas-m.html.

Com base na análise sintática e nos termos da oração, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Respostas
41: C
42: B
43: E
44: D
45: C
46: C
47: D
48: E
49: A
50: D
51: D
52: C
53: A
54: C
55: B
56: A
57: C
58: C
59: B
60: D