Questões de Concurso Sobre português para odontólogo

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Q2466352 Português

Leia o poema a seguir e responda à questão.


A casa


Vinícius de Moraes

Rio de Janeiro, 1970


Era uma casa

Muito engraçada

Não tinha teto

Não tinha nada

Ninguém podia

Entrar nela não

Porque na casa

Não tinha chão

Ninguém podia

Dormir na rede

Porque a casa

Não tinha parede

Ninguém podia

Fazer pipi

Porque penico

Não tinha ali

Mas era feita

Com muito esmero

Na Rua dos Bobos

Número Zero.

Analise as seguintes afirmativas sobre o poema de Vinícius de Moraes:


I) Apesar de ser escrito em prosa e não em versos, o poema “A casa” de Vinícius de Moraes apresenta, predominantemente, a tipologia descritiva;


II) Os termos “nela” e “ali” possibilitam a coesão por reiteração, construindo a progressão temática no texto;


Após análise das afirmativas, conclui-se que: 


III) O tempo verbal no pretérito imperfeito revela uma característica da tipologia narrativa que, também, está presente neste poema.

Alternativas
Q2466351 Português
Atentando para progressão temática, leia o texto a seguir e analise, como verdadeiras (V) ou falsas (F), as afirmativas a seu respeito.

Q09.png (430×201)


I) Neste texto, a hiponímia e a hiperonímia são utilizadas para estabelecer relações semânticas entre os termos e garantir a coesão textual;
II) A palavra “animais” é um hipônimo de “mamíferos”, “felinos”, “carnívoros” e “omnívoros” que são tipos específicos de animais;
III) As palavras “leão”, “tigre” e “urso” são hiperônimos de “felino” e “mamífero”;
IV) Esses conceitos contribuem para a progressão temática do texto porque estabelecem conexões lógicas e semânticas entre as palavras e ideias apresentadas.

Após análise das afirmativas, conclui-se que a sequência correta é:  
Alternativas
Q2466350 Português
No que diz respeito à relação sintático-semântica na frase, assinale, abaixo, a alternativa que substitui, sem prejuízo à coerência textual, o termo destacado na frase “Ele não fez boa redação, por conseguinte foi desclassificado” (Pestana, 2013).
Alternativas
Q2466349 Português

Leia o texto a seguir e responda da questão.


ISOLAR CRIANÇAS EM ESCOLAS ESPECIAIS É RETROCESSO HUMANO E SOCIAL


Jairo Marques



    Ressurgem no Congresso Nacional e no âmbito do governo federal discussões para que o Brasil volte a adotar o modelo de escolas especiais exclusivas para crianças com deficiência, sobretudo para aquelas com comprometimentos cognitivos severos ou com comportamento que foge muito ao que se tem de padrão: um aluno calado, sentado na carteira escolar e que não dá trabalho.

    Depois de décadas de discussão, o país passou a adotar a escola do “todos juntos”, em que, independentemente das características físicas, sensoriais ou intelectuais de um pequeno, ele estará na sala de aula ao lado das demais crianças, aprendendo a seu modo, com apoio dos instrumentos pedagógicos e da tecnologia possível para lhe dar o suporte necessário a compreender conteúdos.

    Neste modelo, que é moderno e que conversa com a realidade das nações com os melhores desempenhos educacionais do planeta, a preocupação maior recai sobre a criança e a construção de suas experiências humanas, de relacionamento, de criação de estratégias para o convívio social e todos os seus desafios, majorados obviamente pela deficiência.

    Na escola inclusiva, a menina down tem visibilidade em seu modo de atuar, o menino com autismo mostra que há outras maneiras de interação e o garoto surdo pode expandir a cultura de usar os sinais durante a comunicação. Criança não precisa de gueto, criança precisa mergulhar por mares de pluralidades para encontrar-se como indivíduo. Porém, aspectos que guardam relação com a proteção, com o conteudismo educacional, com um suposto abandono da criança com deficiência na escola têm apelo fortíssimo em corações que, até hoje, veem a diferença com piedade, com assistencialismo, não como característica humana.

    Um pequeno com nanismo precisa de uma escola só de anões para não sofrer bullying. Mas, a lógica não seria ensinar aos alunos sem nanismo o respeito ao próximo, os valores do diverso, os efeitos da violência emocional tanto para o agressor como para o agredido?

    Outro argumento flácido e repetitivo contra o todos juntos na educação é que aquela menina com paralisia cerebral não entende matemática, é mais lenta para escrever e não acompanha a turma.

    Por trás desse raciocínio, está a punição pelo não enquadramento em modelos, o desrespeito à capacidade de cada um de absorver conhecimento de maneira distinta e a necessidade de uniformizar o que é potencialmente mais vantajoso para todos sendo multiforme.

    O que vejo como mais brutal nesse pensamento de apartamento escolar é não enxergar os ranços, o atraso e os prejuízos que a escola especial trouxe para diversas gerações de pessoas com deficiência –guardados os devidos méritos pela assistência oferecida no passado.

    O isolamento faz perpetuar o pensamento da inviabilidade da vida em sociedade, cria estigmas, cria medos, cria asco de reações desconhecidas, cria subumanos.

    Legitimar que a diversidade tenha o direito à educação exercido em campos de exclusividade às avessas –ou alguém vai colocar seu filho todo fofinho para estudar onde só há crianças tachadas de superagitadas? – é permitir que da infância sejam tragados seus poderes de adaptação, de germinar vínculos múltiplos, de fomento à criatividade.

    Na escola em que a invisibilidade dos alunos impera, é mais simples controlar cobranças, de criar métricas qualitativas e de não chamar a atenção. É mais simples de apaziguar pais preocupados com a assistência a seus filhos, porque, em último grau, sempre poderá ser dito: ali é o lugar dele. Mas, o lugar da diversidade é onde ela bem entender. De preferência, em todos os lugares.



Disponível em: <https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br>

Marque, entre as alternativas a seguir, aquela que apresenta um caso de crase semelhante ao presente no trecho “[...] desrespeito à capacidade de cada um de absorver conhecimento [...]” do texto acima.
Alternativas
Q2466348 Português

Leia o texto a seguir e responda da questão.


ISOLAR CRIANÇAS EM ESCOLAS ESPECIAIS É RETROCESSO HUMANO E SOCIAL


Jairo Marques



    Ressurgem no Congresso Nacional e no âmbito do governo federal discussões para que o Brasil volte a adotar o modelo de escolas especiais exclusivas para crianças com deficiência, sobretudo para aquelas com comprometimentos cognitivos severos ou com comportamento que foge muito ao que se tem de padrão: um aluno calado, sentado na carteira escolar e que não dá trabalho.

    Depois de décadas de discussão, o país passou a adotar a escola do “todos juntos”, em que, independentemente das características físicas, sensoriais ou intelectuais de um pequeno, ele estará na sala de aula ao lado das demais crianças, aprendendo a seu modo, com apoio dos instrumentos pedagógicos e da tecnologia possível para lhe dar o suporte necessário a compreender conteúdos.

    Neste modelo, que é moderno e que conversa com a realidade das nações com os melhores desempenhos educacionais do planeta, a preocupação maior recai sobre a criança e a construção de suas experiências humanas, de relacionamento, de criação de estratégias para o convívio social e todos os seus desafios, majorados obviamente pela deficiência.

    Na escola inclusiva, a menina down tem visibilidade em seu modo de atuar, o menino com autismo mostra que há outras maneiras de interação e o garoto surdo pode expandir a cultura de usar os sinais durante a comunicação. Criança não precisa de gueto, criança precisa mergulhar por mares de pluralidades para encontrar-se como indivíduo. Porém, aspectos que guardam relação com a proteção, com o conteudismo educacional, com um suposto abandono da criança com deficiência na escola têm apelo fortíssimo em corações que, até hoje, veem a diferença com piedade, com assistencialismo, não como característica humana.

    Um pequeno com nanismo precisa de uma escola só de anões para não sofrer bullying. Mas, a lógica não seria ensinar aos alunos sem nanismo o respeito ao próximo, os valores do diverso, os efeitos da violência emocional tanto para o agressor como para o agredido?

    Outro argumento flácido e repetitivo contra o todos juntos na educação é que aquela menina com paralisia cerebral não entende matemática, é mais lenta para escrever e não acompanha a turma.

    Por trás desse raciocínio, está a punição pelo não enquadramento em modelos, o desrespeito à capacidade de cada um de absorver conhecimento de maneira distinta e a necessidade de uniformizar o que é potencialmente mais vantajoso para todos sendo multiforme.

    O que vejo como mais brutal nesse pensamento de apartamento escolar é não enxergar os ranços, o atraso e os prejuízos que a escola especial trouxe para diversas gerações de pessoas com deficiência –guardados os devidos méritos pela assistência oferecida no passado.

    O isolamento faz perpetuar o pensamento da inviabilidade da vida em sociedade, cria estigmas, cria medos, cria asco de reações desconhecidas, cria subumanos.

    Legitimar que a diversidade tenha o direito à educação exercido em campos de exclusividade às avessas –ou alguém vai colocar seu filho todo fofinho para estudar onde só há crianças tachadas de superagitadas? – é permitir que da infância sejam tragados seus poderes de adaptação, de germinar vínculos múltiplos, de fomento à criatividade.

    Na escola em que a invisibilidade dos alunos impera, é mais simples controlar cobranças, de criar métricas qualitativas e de não chamar a atenção. É mais simples de apaziguar pais preocupados com a assistência a seus filhos, porque, em último grau, sempre poderá ser dito: ali é o lugar dele. Mas, o lugar da diversidade é onde ela bem entender. De preferência, em todos os lugares.



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Quanto à regência nominal, entre as palavras abaixo, retiradas do texto em questão, assinale um substantivo que necessita de complemento nominal.
Alternativas
Respostas
6: A
7: C
8: E
9: A
10: B