Questões de Concurso Sobre português para prefeitura de itabirito - mg

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Q1104286 Português

O lápis e o teclado

Marcelo Leite* 

        Deveria pensar duas vezes quem estiver convencido de que a escrita à mão caminha para se tornar obsoleta – em particular se tiver filhos pequenos. Tudo indica que essa habilidade é crucial para aprender a ler e a pensar.

          Repare na moça ou moço bonito a seu lado no metrô. Enquanto seus polegares deslizam fluidos pela telinha do celular, escrevendo mensagens, parece impossível reter a crença de que caligrafia ainda sirva para alguma coisa.

         Sempre me questiono. Quem se importa? Lápis e papel são coisas do passado, não contribuem para se conectar a nada no mundo digital, tornando-se assim inúteis.

         Com os smartphones, até mesmo laptops já viram peça de museu. Se antes ensinar a escrever à mão ia perdendo prioridade nos sistemas educacionais, não tardará o momento em que alguém vai defender alfabetizar a criançada direto com letras numa tela. Será um erro crasso.

             Há pencas de estudos mostrando que escrever à mão de maneira legível e rápida tem correlação estreita com desempenho escolar. Vai bem na escola quem escreve direito (médicos sendo a exceção que confirma a regra).

               Os gaiatos dirão que professores preferem os alunos com letra bonita e os premiam com notas melhores. Pode ser. Mas há algo mais em jogo a sugerir que vale a pena dedicar-se a fazer meninas e meninos trabalharem mais com lápis e papel.

                E quanto mais cedo melhor. Crianças de dois e três anos já estão aptas a experimentar com riscos que as prepararão aos quatro ou cinco para produzir formas geométricas e, depois, letras de fôrma completas. A partir daí entra em cena, ou deveria, a escrita cursiva. Teclados e telas, só mais para o fim do ensino fundamental.

                  Desenhar os caracteres de maneira contínua, conectando-os uns aos outros, prepara o cérebro para ler. Facilita fixar a correspondência entre grupos de signos e a unidade de sílabas, ou palavras inteiras.

               Nossos cérebros precisam ser empurrados na direção certa. Eles não foram feitos para ler e escrever. Essa atividade só se tornou possível porque cooptou para a tarefa uma área conhecida como giro fusiforme, envolvida também no reconhecimento de rostos.

              Como tudo em educação, o sucesso desse recrutamento depende de exercício. Se não fosse o receio de soar antiquado demais, ou de deixar entrever que há um quê de nostalgia nisso, diria até ser o caso de considerar seriamente a ressurreição dos cadernos de caligrafia.

          Ainda me lembro de ficar com o giro fusiforme em brasa (metaforicamente falando), os dedos suados e o médio da mão direita vermelho na primeira falange, ainda desprovida de calo, diante daquelas três raias em que precisava fazer correr o grafite errático -sem calcar demais.

           Maiúsculas e minúsculas como "t" tinham de tocar o limite superior; vogais minúsculas ficavam espremidas na linha do meio; a perna do "p" se esticava toda para baixo. E repetições, muitas: "A casa do João é bonita".

             Até hoje tomo notas à mão e gravo melhor os argumentos quando posso sublinhá-los no papel. Gesto e memória caminham juntos – e juntos chegam mais longe.

* Repórter especial do jornal Folha de São Paulo.

(Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloleite/2016/0

6/1785512-o-lapis-e-o-teclado.shtml. Acesso em 01 jul.

2016 - Adaptado)

No texto, o cronista
Alternativas
Q690949 Português
Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano
Estudo afirma que a transição do pigmento castanho para o azul ocorreu devido a uma mutação genética em um indivíduo que viveu na região do mar Negro há cerca de 7000 anos
As pessoas que compõem o seleto grupo de seres humanos que possuem olhos azuis podem começar a se identificar ainda mais entre si – uma pesquisa feita com DNA mitocondrial revelou que todas elas possuem um certo grau de parentesco, mesmo que muito distante.
A   conclusão surgiu de um extenso levantamento realizado pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, que percorreu países como Turquia, Jordânia e Dinamarca estudando os genes de pessoas com olho azul. Ele descobriu que uma única mutação genética deu origem à pigmentação, e ainda foi capaz de localizar o evento no espaço e no tempo.
De acordo com o estudo, o primeiro ser humano da história a adquirir esta coloração específica na íris viveu próximo ao mar Negro, por volta de sete milênios atrás, e foi passando a característica adquirida de geração em geração. Talvez isto explique a grande concentração de olhos azuis na Europa e, em especial, no leste europeu. “Uma mutação genética afetando o gene OCA2 em nossos cromossomos resultou na criação de um ‘interruptor’, que literalmente ‘desligou’ a habilidade de produzir olhos castanhos”, explica o pesquisador.
 O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis. Já as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória, o que impossibilita rastrear uma ocorrência única.
Não existe nenhuma evidência que sugira qualquer relação entre a coloração da íris e a saúde de alguém ou sua capacidade de sobrevivência. Originalmente, antes da mutação no gene OCA2, a humanidade toda tinha olhos castanhos. Qual não deve ter sido a surpresa de nossos ancestrais ao admirar, pela primeira vez, a beleza de um olhar azul.
OLIVEIRA, André Jorge de. Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano. Galileu. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2016 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir. “O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis.” Esse trecho não pode ser reescrito, sem prejuízo de seu sentido, conforme consta em:
Alternativas
Q690948 Português
Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano
Estudo afirma que a transição do pigmento castanho para o azul ocorreu devido a uma mutação genética em um indivíduo que viveu na região do mar Negro há cerca de 7000 anos
As pessoas que compõem o seleto grupo de seres humanos que possuem olhos azuis podem começar a se identificar ainda mais entre si – uma pesquisa feita com DNA mitocondrial revelou que todas elas possuem um certo grau de parentesco, mesmo que muito distante.
A   conclusão surgiu de um extenso levantamento realizado pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, que percorreu países como Turquia, Jordânia e Dinamarca estudando os genes de pessoas com olho azul. Ele descobriu que uma única mutação genética deu origem à pigmentação, e ainda foi capaz de localizar o evento no espaço e no tempo.
De acordo com o estudo, o primeiro ser humano da história a adquirir esta coloração específica na íris viveu próximo ao mar Negro, por volta de sete milênios atrás, e foi passando a característica adquirida de geração em geração. Talvez isto explique a grande concentração de olhos azuis na Europa e, em especial, no leste europeu. “Uma mutação genética afetando o gene OCA2 em nossos cromossomos resultou na criação de um ‘interruptor’, que literalmente ‘desligou’ a habilidade de produzir olhos castanhos”, explica o pesquisador.
 O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis. Já as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória, o que impossibilita rastrear uma ocorrência única.
Não existe nenhuma evidência que sugira qualquer relação entre a coloração da íris e a saúde de alguém ou sua capacidade de sobrevivência. Originalmente, antes da mutação no gene OCA2, a humanidade toda tinha olhos castanhos. Qual não deve ter sido a surpresa de nossos ancestrais ao admirar, pela primeira vez, a beleza de um olhar azul.
OLIVEIRA, André Jorge de. Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano. Galileu. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2016 (Adaptação).
No trecho “[...] as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória [...]”, a palavra destacada significa:
Alternativas
Q690947 Português
Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano
Estudo afirma que a transição do pigmento castanho para o azul ocorreu devido a uma mutação genética em um indivíduo que viveu na região do mar Negro há cerca de 7000 anos
As pessoas que compõem o seleto grupo de seres humanos que possuem olhos azuis podem começar a se identificar ainda mais entre si – uma pesquisa feita com DNA mitocondrial revelou que todas elas possuem um certo grau de parentesco, mesmo que muito distante.
A   conclusão surgiu de um extenso levantamento realizado pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, que percorreu países como Turquia, Jordânia e Dinamarca estudando os genes de pessoas com olho azul. Ele descobriu que uma única mutação genética deu origem à pigmentação, e ainda foi capaz de localizar o evento no espaço e no tempo.
De acordo com o estudo, o primeiro ser humano da história a adquirir esta coloração específica na íris viveu próximo ao mar Negro, por volta de sete milênios atrás, e foi passando a característica adquirida de geração em geração. Talvez isto explique a grande concentração de olhos azuis na Europa e, em especial, no leste europeu. “Uma mutação genética afetando o gene OCA2 em nossos cromossomos resultou na criação de um ‘interruptor’, que literalmente ‘desligou’ a habilidade de produzir olhos castanhos”, explica o pesquisador.
 O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis. Já as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória, o que impossibilita rastrear uma ocorrência única.
Não existe nenhuma evidência que sugira qualquer relação entre a coloração da íris e a saúde de alguém ou sua capacidade de sobrevivência. Originalmente, antes da mutação no gene OCA2, a humanidade toda tinha olhos castanhos. Qual não deve ter sido a surpresa de nossos ancestrais ao admirar, pela primeira vez, a beleza de um olhar azul.
OLIVEIRA, André Jorge de. Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano. Galileu. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2016 (Adaptação).
Assinale a alternativa cuja palavra ou locução em destaque não desempenha uma função adverbial.
Alternativas
Q690946 Português
Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano
Estudo afirma que a transição do pigmento castanho para o azul ocorreu devido a uma mutação genética em um indivíduo que viveu na região do mar Negro há cerca de 7000 anos
As pessoas que compõem o seleto grupo de seres humanos que possuem olhos azuis podem começar a se identificar ainda mais entre si – uma pesquisa feita com DNA mitocondrial revelou que todas elas possuem um certo grau de parentesco, mesmo que muito distante.
A   conclusão surgiu de um extenso levantamento realizado pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, que percorreu países como Turquia, Jordânia e Dinamarca estudando os genes de pessoas com olho azul. Ele descobriu que uma única mutação genética deu origem à pigmentação, e ainda foi capaz de localizar o evento no espaço e no tempo.
De acordo com o estudo, o primeiro ser humano da história a adquirir esta coloração específica na íris viveu próximo ao mar Negro, por volta de sete milênios atrás, e foi passando a característica adquirida de geração em geração. Talvez isto explique a grande concentração de olhos azuis na Europa e, em especial, no leste europeu. “Uma mutação genética afetando o gene OCA2 em nossos cromossomos resultou na criação de um ‘interruptor’, que literalmente ‘desligou’ a habilidade de produzir olhos castanhos”, explica o pesquisador.
 O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis. Já as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória, o que impossibilita rastrear uma ocorrência única.
Não existe nenhuma evidência que sugira qualquer relação entre a coloração da íris e a saúde de alguém ou sua capacidade de sobrevivência. Originalmente, antes da mutação no gene OCA2, a humanidade toda tinha olhos castanhos. Qual não deve ter sido a surpresa de nossos ancestrais ao admirar, pela primeira vez, a beleza de um olhar azul.
OLIVEIRA, André Jorge de. Todas as pessoas com olhos azuis descendem de um único ser humano. Galileu. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2016 (Adaptação).
Analise as afirmativas a seguir. I. No 1° parágrafo, o pronome “elas” refere-se a todas as pesquisas feitas com DNA. II. As aspas utilizadas na palavra “interruptor” (4° parágrafo) servem para relativizar o conceito desse substantivo. III. O acento indicativo de crase utilizado no 2° parágrafo não é facultativo. De acordo com o texto e com a norma padrão, estão CORRETAS as afirmativas:
Alternativas
Respostas
11: D
12: C
13: C
14: D
15: B