Questões de Concurso Comentadas sobre português para prefeitura de são josé do rio preto - sp
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Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Professor de Educação Básica I |
Q2265826
Português
Texto associado
Tudo se perde – e nos transforma.
Há de existir em cada aresta deste planeta um buraco negro
de meias desquitadas, elásticos de cabelo exilados e chaves de
casa fugitivas. Uma espécie de país das maravilhas, um mundo
invertido acessível apenas ao santo dos três pulinhos — não
importa o quanto você revire o sofá, olhe embaixo da cama ou
verifique a geladeira (afinal, por que não?). O mistério universal
dos objetos perdidos é tema central de dois livros infantojuvenis recém-chegados às livrarias brasileiras. Em Doutor Sumiço
(Companhia das Letrinhas), o cartunista paulista Caco Galhardo dá vida a Lico, um garoto que tem o superpoder de fazer
as coisas desaparecerem, mas acaba fazendo mau uso desse
dom. Já em A costura (Pequena Zahar), a escritora e ilustradora
argentina Isol nos conduz pela busca da menina Lila por itens
perdidos, que ela crê terem caído em buracos pelo mundo, fissuras que decide procurar e costurar.
Em comum às duas histórias há o destaque à figura da
avó, não só como porto seguro para os netos, mas também
como detentora e guardiã de saberes ancestrais. “No livro,
a avó traz o afeto, o amor e a compreensão, sem contar os
bolinhos de queijo. E é na casa dela que estão todas as lendas dos nossos antepassados que vão ficando pelo caminho”,
conta Galhardo.
Embora pouco afeitos a moralidades, os autores deixam
esfumaçadas algumas lições valiosas. Por trás da sucessão de
perdas que vivenciamos, há uma bonita lição a ser aprendida
sobre acolher a impermanência, a efemeridade, o fluxo incessante de chegadas e partidas que dão cadência à vida. As coisas que são deixadas para trás sem que se saiba onde também
nos convidam a aceitar o inexplicável como parte intrínseca da
jornada. Afinal, mistério sempre há de pintar por aí.
(Marília Kodic. Revista Quatro Cinco Um. 30 de maio de 2023. Adaptado)
Considere a frase.
• As coisas que são deixadas para trás sem que se saiba onde também nos convidam a aceitar o inexplicável como parte intrínseca da jornada. (3o parágrafo)
O trecho em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, por
• As coisas que são deixadas para trás sem que se saiba onde também nos convidam a aceitar o inexplicável como parte intrínseca da jornada. (3o parágrafo)
O trecho em destaque pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, por
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Prova:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Professor de Educação Básica I |
Q2265825
Português
Texto associado
Tudo se perde – e nos transforma.
Há de existir em cada aresta deste planeta um buraco negro
de meias desquitadas, elásticos de cabelo exilados e chaves de
casa fugitivas. Uma espécie de país das maravilhas, um mundo
invertido acessível apenas ao santo dos três pulinhos — não
importa o quanto você revire o sofá, olhe embaixo da cama ou
verifique a geladeira (afinal, por que não?). O mistério universal
dos objetos perdidos é tema central de dois livros infantojuvenis recém-chegados às livrarias brasileiras. Em Doutor Sumiço
(Companhia das Letrinhas), o cartunista paulista Caco Galhardo dá vida a Lico, um garoto que tem o superpoder de fazer
as coisas desaparecerem, mas acaba fazendo mau uso desse
dom. Já em A costura (Pequena Zahar), a escritora e ilustradora
argentina Isol nos conduz pela busca da menina Lila por itens
perdidos, que ela crê terem caído em buracos pelo mundo, fissuras que decide procurar e costurar.
Em comum às duas histórias há o destaque à figura da
avó, não só como porto seguro para os netos, mas também
como detentora e guardiã de saberes ancestrais. “No livro,
a avó traz o afeto, o amor e a compreensão, sem contar os
bolinhos de queijo. E é na casa dela que estão todas as lendas dos nossos antepassados que vão ficando pelo caminho”,
conta Galhardo.
Embora pouco afeitos a moralidades, os autores deixam
esfumaçadas algumas lições valiosas. Por trás da sucessão de
perdas que vivenciamos, há uma bonita lição a ser aprendida
sobre acolher a impermanência, a efemeridade, o fluxo incessante de chegadas e partidas que dão cadência à vida. As coisas que são deixadas para trás sem que se saiba onde também
nos convidam a aceitar o inexplicável como parte intrínseca da
jornada. Afinal, mistério sempre há de pintar por aí.
(Marília Kodic. Revista Quatro Cinco Um. 30 de maio de 2023. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta palavra ou expressão empregada em sentido figurado.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município
|
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Assistente Social |
Q2243445
Português
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto
à regência e ao emprego do acento indicativo de crase.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município
|
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Assistente Social |
Q2243444
Português
Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses
substitui corretamente a expressão.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Provas:
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Procurador do Município
|
VUNESP - 2023 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Assistente Social |
Q2243443
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Deus, ou alguém por Ele, me poupou de uns tantos
pesadelos. É nisso que penso enquanto o camarada à minha
frente, com incontida excitação, vai fazendo o pormenorizado
relato de sua batalha para alugar apartamento. Já esteve em
duas dúzias de endereços, contabiliza, e em outros tantos
pretende estar, pois em cada um achou defeito. Longe de
se lamentar, está feliz. À beira da euforia, parece governado
pela convicção de que o bom não é achar, é procurar. Prazer
que exige dele ver imperfeição onde não tem.
Respeitemos o time dos que procuram na esperança de
não encontrar – de certa forma aparentados com aqueles
que inventam pretexto para estar o tempo todo reformando a
casa. São, uns e outros, meus antípodas1
. A simples ideia de
empreender uma reforma me levaria a buscar um novo pouso – se também essa perspectiva não me trouxesse pânico.
Problema da minha exclusiva terapia, eu sei. E, a esta
altura da vida, já não há divã que dê jeito na fobia imobiliária de quem jamais se lançou numa peregrinação em busca
de poleiro.
No entanto, ciente das minhas dificuldades nesse particular, houve um dia, meio século atrás, em que, com poucos
meses de São Paulo, e pendurado ainda na generosidade do
casal que me acolheu de mala e cuia, achei que era hora de
providenciar cafofo próprio.
Caiu do céu uma proposta para dividir apartamento com
um colega. É bem verdade que o edifício ainda não estava concluído e talvez fôssemos ali, o Sérgio e eu, os únicos
moradores, pois não me lembro de vizinhos. Se mais gente
veio, foi para o mesmo apartamento, de apenas um quarto e
sala microscópica, mas onde, em dado momento, se espremeram quatro rapazes, todos do ramo jornalístico. E nem a
nossa juventude explicaria a indiferença coletiva ante o fato
de não haver ali uma geladeira, por miúda que fosse, para
tantos bebedores de cerveja. Fogão havia, mas ocioso, pois
nenhum de nós fritava um ovo.
Teria ficado indefinidamente em tal moquiço2
, se um dos
comparsas, exasperado, não me houvesse proposto alugar
coisa menos deprimente. ________ mais dois apartamentos,
ambos excelentes, que também não foi preciso garimpar.
O mesmo se diga de um terceiro, o atual, no qual estou ______ quase 28 anos e do qual não pretendo arredar pé – a
não ser que o referido pé já não ______ conta dos 24 degraus
que me trazem a este primeiro andar.
(Humberto Werneck. Fobia imobiliária.
www.estadao.com.br, 02.10.2020. Adaptado)
1 antípoda: aquele tem característica oposta.
2 moquiço: habitação rústica, desprovida de conforto.
No trecho “Problema da minha exclusiva terapia, eu sei.
E, a esta altura da vida, já não há divã que dê jeito na
fobia imobiliária…” (2º
parágrafo), o vocábulo E, em destaque, pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da
correção gramatical, por: