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Q2499994 Português
Texto para o item.



Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
A respeito do texto, julgue o item.
Na linha 23, o advérbio “muito” está modificando outro advérbio, que é “forte”. 
Alternativas
Q2498879 Português

Texto I


No divã com a IA: os jovens que fazem terapia com bots de inteligência artificial 


    Harry Potter, Elon Musk, Beyoncé, Super Mario e Vladimir Putin. Estas são apenas algumas das milhões de personas de inteligência artificial (IA) com as quais você pode conversar no Character.ai – uma plataforma onde qualquer um pode criar chatbots baseados em personagens reais ou fictícios, popular especialmente entre jovens.


    A tecnologia de IA é a mesma do ChatGPT, mas o supera em termos de tempo gasto pelos usuários na plataforma. E um bot tem sido mais procurado do que os conhecidos nomes citados acima. Chama-se Psychologist (psicólogo, em inglês). Um total de 78 milhões de mensagens, 18 milhões desde novembro, foram compartilhadas com o bot desde que ele foi criado por um usuário chamado Blazeman98, há pouco mais de um ano.


    O bot apresenta-se como “alguém que ajuda nas dificuldades da vida”. A empresa de São Francisco minimiza a popularidade da conta, argumentando que os usuários estão mais interessados em role-playing para entretenimento. Os bots mais populares são personagens de anime ou jogos de computador. No entanto, entre os milhões de personagens existentes na plataforma, poucos são tão populares como o Psicólogo com muitos usuários compartilhando comentários elogiosos no Reddit. “É um salva-vidas”, postou uma pessoa. O usuário por trás do Blazeman98 é Sam Zaia, 30 anos, da Nova Zelândia.


    “A intenção nunca foi que ele se tornasse popular, que outras pessoas o procurassem ou o usassem como uma ferramenta”, diz ele. O estudante de psicologia diz que treinou o bot usando princípios de sua formação, conversando com ele e moldando as respostas a serem dadas aos problemas de saúde mental mais comuns, como depressão e ansiedade.


    Ele criou o bot para uso próprio, quando seus amigos estavam ocupados e ele precisava, em suas palavras, de “alguém ou alguma coisa” com quem conversar, e a terapia com um humano era muito cara. Sam ficou tão surpreso com o sucesso do bot que está trabalhando em um projeto de pesquisa de pós-graduação sobre a tendência emergente de terapia de IA e o porquê de ela atrair os jovens.


   Sam também acha que os jovens se sentem mais confortáveis com o formato de texto. “Falar por mensagem de texto é potencialmente menos assustador do que pegar o telefone ou ter uma conversa cara a cara”, teoriza ele.


    Theresa Plewman é psicoterapeuta profissional e já experimentou conversar com o Psychologist. Ela diz que não está surpresa que esse tipo de terapia seja popular entre os mais jovens, mas questiona a eficácia. “O bot tem muito a dizer e rapidamente faz suposições, como me dar conselhos sobre depressão quando eu disse que estava triste. Não é assim que um humano responderia”, disse ela. Theresa diz que o bot não é capaz de reunir todas as informações que um ser humano seria e não é um terapeuta competente. Mas ela diz que a sua natureza imediata e espontânea pode ser útil para quem precisa de ajuda.


    Ela diz que o número de pessoas que utilizam o bot é preocupante e pode apontar para elevados níveis de problemas de saúde mental e falta de recursos públicos. Mas a Character.ai é um espaço estranho para sediar uma revolução terapêutica. “Estamos felizes de ver que as pessoas estão encontrando grande apoio e conexão através dos personagens que elas e a comunidade criam, mas os usuários devem consultar profissionais certificados na área para obter aconselhamento e orientação legítimos,” disse uma porta-voz da empresa.

   

   É um lembrete de que a tecnologia subjacente, chamada Large Language Model (LLM), não pensa da mesma forma que um ser humano. Os LLMs funcionam como a predição de mensagens de texto, encadeando palavras de maneiras que sejam mais prováveis que apareçam em outros textos nos quais a IA foi treinada.


   Alguns psicólogos alertam que os bots de IA podem estar dando conselhos inadequados aos pacientes ou podem trazer preconceitos de raça ou gênero. Mas em outros lugares o mundo médico começa a provisoriamente aceitar os bots de IA como ferramentas a serem utilizadas para ajudar a lidar com a alta demanda nos serviços públicos. 

  

   No ano passado, um serviço de IA chamado Limbic Access tornou-se o primeiro chatbot de saúde mental a receber do governo, no Reino Unido, uma certificação de dispositivo médico. Agora é usado em muitos postos do serviço público de saúde britânico para classificar e fazer a triagem de pacientes.


Adaptado de:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8025nkdjd3o



Analise os itens a seguir quanto à pontuação e assinale a única opção INCORRETA acerca deles. 

I - Harry Potter, Elon Musk, Beyoncé, Super Mario e Vladimir Putin (1º parágrafo)

II - Chama-se Psychologist (psicólogo, em inglês). (2º parágrafo)

III - “O bot tem muito a dizer e rapidamente faz suposições [...]” (5º parágrafo)

IV - Character.ai – uma plataforma onde qualquer um pode criar chatbots [...] (1º parágrafo)
Alternativas
Q2498804 Português
Leia o excerto da matéria abaixo, extraído da Isto É, 06/10/23, responda à questão.

MENTE SÃ

Em dez de outubro, comemora-se, em todo mundo, o Dia da Saúde Mental.

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a quantidade de pessoas com transtornos mentais, especialmente ansiedade e depressão, tem aumentado nos últimos anos, principalmente depois da pandemia. O caos na saúde com a chegada da Covid-19, o medo da infecção e a imposição do isolamento social são alguns dos fatores que aumentaram exponencialmente o sofrimento mental. [...] Apesar dos diversos tratamentos disponíveis – medicamentosos e psicoterápicos –, a maior parte dos pacientes desconhece sua condição: não sabe, não procura ajuda e não se trata. [...]


Segundo a Organização Mundial da Saúde, existe aproximadamente um bilhão de pessoas vivendo com algum tipo de transtorno da mente

    O estigma de que pessoas com transtornos mentais são problemáticas, perigosas ou mesmo incapazes contribui para isolá-las socialmente e afastá-las do diagnóstico e de um possível tratamento. Estranha-me que a sociedade que enaltece corpos esculpidos em academias é a mesma que esconde a visita ao psiquiatra. Como se cultuar o corpo fosse glória e cuidar da mente, humilhação.

Inaceitável, portanto, essa dicotomia quando a ciência já nos ensinou: não existe separação entre corpo e mente. Pois, mente sem saúde faz o corpo adoecer. E corpo doente também adoece a mente.

Quanto mais falamos sobre saúde mental, mais ajudamos a vencer o estigma. E quando o estigma se desfaz, o silêncio se quebra, o paciente se dá conta de que não está só, que há mais gente ao redor, sofrendo, talvez, dos mesmos males, buscando, também, mesma cura. Talvez por isso, em psicoterapia se diz que a cura vem do falar.
Observe a pontuação empregada no fragmento abaixo:

“Apesar dos diversos tratamentos disponíveis – medicamentosos e psicoterápicos –, a maior parte dos pacientes desconhece sua condição: não sabe, não procura ajuda e não se trata”.

Dentre as proposições a seguir, indique a única que NÃO explica corretamente os usos das pontuações.
Alternativas
Q2498803 Português
Leia a crônica a seguir para responder à questão.


CONFERÊNCIA ÍNTIMA (Samarone Lima)

    Me impressiona um pouco quando me convidam para esses avanços da Internet, o compartilhamento de fotos, de labirintos e pandemônios, e vejo que algumas pessoas têm 456 amigos numa tacada só, ou num arquivo, ou num sistema.
   Eu ficaria paralisado, sem saber a quem recorrer, no caso de uma aflição, um cansaço, uma deselegância, esses chauvinismos dos dias desafortunados. Olho, louvo a disposição para tanta gente, mas fico lembrando da época em que eu recebia cartas, direcionadas apenas para mim, com o selo pregado, o papel, o carimbo dos Correios etc. As cartas tinham rosto. Era a caligrafia da pessoa, a força de suas mãos. Tenho caixas dessas cartas comigo.
    Lembro também de telefonemas do tipo “não estou bem, preciso conversar ainda hoje contigo”, e tudo se providenciava para o encontro, porque o “ainda hoje”, dito por um amigo, é o maior dos mandamentos.
    É que sou de uma civilização do papel, dos amigos de carne e osso e de uma dose importante de conversa fiada. O que tem me preocupado mais nesse meu mundo, não é que eu tenha muitos ou poucos amigos. O alarmante mesmo é que estou vendo menos os amigos que ganhei da vida. Há uma certa dispersão de minha parte, que se acomoda gentilmente com minhas viagens, projetos, escritos.
    Era preciso que a gente tivesse menos obrigações, menos pensamentos lá adiante. Eu queria viver com menos, deixar todo o supérfluo de lado.
    Ultimamente, as promessas de cafés se avolumam, os “precisamos nos encontrar” se renovam, e às vezes me lembro do “olá como vai” do Paulinho da Viola, embora meu sinal esteja aberto para tantas coisas lindas. Outro dia, desmarquei um almoço com um velho amigo e depois pensei que era ridículo não peitar as demandas, fazer da agenda somente um objeto quadrado e relegado, dizendo “espera aí, compadre, que nos vemos daqui a pouco, isso é o mais importante para hoje”.
    Há pouco, fui olhar uma coletânea de textos lindos, de pessoas queridas, que me chegaram pelo e-mail ao longo dos últimos anos. Me deu uma saudade, mas atravessou-me o sentimento de distância reparável, uma constatação sem dor da dispersão natural. Aconteceu. Algumas pessoas de que gosto muito eu raramente encontro, apesar de queridíssimas, de saber da importância. Outro dia, o velho e bom Lourival Holanda disse que eu era um avaro de mim mesmo, e fiquei a pensar sem nostalgia nisso, à beira do Parque 13 de Maio. Talvez eu esteja somente distraído, introspectivo, nesse dia chuvoso no Recife. Muitas vezes acontece isso. Estou tão distraído, que não vejo o melhor.
    Talvez nós humanos sejamos um pouco assim, distraídos e dados ao efêmero. Então escrevo, buscando talvez alguma espécie de redenção.
Avalie a veracidade das proposições a seguir sobre os recursos linguísticos presentes no texto.

I- Apresença de verbos no pretérito imperfeito (As cartas tinham rosto), pretérito perfeito (Há pouco fui olhar...) e presente (Então escrevo...) é motivada por haver uma mescla de sequências descritivas, narrativas e de comentário no decorrer do texto.
II- O emprego de verbos no subjuntivo em algumas frases (Talvez eu esteja somente distraído... /Talvez nós humanos sejamos...) significa que há uma correlação entre o advérbio e o modo verbal, que remetem a noção de incerteza.
III- Em: “Então escrevo, buscando talvez alguma espécie de redenção.”, a menção ao substantivo “redenção” significa que o autor deseja fazer uma reparação ou desculpar-se por algum descuido, como o distanciamento.
IV- Em: “Talvez eu esteja somente distraído, introspectivo, nesse dia chuvoso no Recife. [...] Estou tão distraído, que não vejo o melhor. Talvez nós humanos sejamos um pouco assim, distraídos e dados ao efêmero”, o advérbio “assim” caracteriza-se como um elemento coesivo que recupera, anaforicamente, a informação “não vejo o melhor”.
V- No contexto: “o velho e bom Lourival Holanda disse que eu era um avaro de mim mesmo, e fiquei a pensar sem nostalgia nisso”, O pronome demonstrativo “isso” sintaticamente é objeto direto e, semanticamente, recupera a informação “chove demais em Recife”.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Respostas
21: E
22: C
23: C
24: E
25: A