Questões de Concurso
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Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Técnico Legislativo II |
Q2471514
Português
Texto associado
Escrever
Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito:
é uma maldição, mas uma maldição que salva. Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é
quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que
se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir
até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada. Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro
escrever e outro, podem-se passar anos. Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.
(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)
No fragmento “Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.”, o pronome está colocado de acordo com a variedade
padrão da língua como em:
Q2470861
Português
Texto associado
Pobre Brasil
(Fábio Caldeira, 05/01/2024, com adaptações)
Se você não chegou recentemente de outra galáxia, indubitavelmente percebe uma divisão do
país no ambiente político. Mesmo não acompanhando com profundidade a política do dia a dia,
por falta de tempo ou simplesmente por não gostar da temática, os efeitos da polarização estão
em nosso entorno, seja no ambiente familiar ou profissional, sendo mais perceptíveis a partir das
eleições de 2018, vencidas por Bolsonaro.
Dissecando mais acerca dessa divisão, foi lançado recentemente um excelente livro intitulado
Biografia do Abismo, dos autores Felipe Nunes e Thomas Traumann. O livro desnuda a atual
conjuntura fortemente polarizada do país com relevantes pesquisas. Apresentam dados que
atestam a calcificação da sociedade brasileira, para propor a substituição do conceito de
polarização partidária pelo de calcificação.
Segundo eles, as opiniões políticas passaram por um processo de engessamento e se
transformaram em parte da identidade de cada eleitor. Afirmam os autores: “O embate dos
brasileiros após a disputa de 2022 retrata uma cisão maior. As preferências por Lula e Bolsonaro
não refletiram apenas um modelo político, mas também uma estrutura de pensamento. Lulistas
e bolsonaristas acreditam em um país tão diferente do que o outro defende que é como se
vivessem em sociedades opostas”.
As consequências negativas são de curto, médio e longo prazo, tanto em relação à qualidade
das leis aprovadas nos parlamentos como na formulação de políticas públicas pelos governos.
Sem contar, por suposto, na fragmentação nas relações familiares e sociais.
Interessante destacar que a forte polarização no Congresso é “esquecida” quando questionáveis
matérias de exclusivo interesse partidário ou corporativo (e não público) são votadas. Como
exemplo, a recente união entre bolsonaristas e lulistas para aprovação do exagerado fundo
eleitoral de R$ 5 bilhões para as eleições deste ano.
O livro conclui dispondo de saídas para este nefasto processo de calcificação. Nada simples
e nem de curtíssimo prazo, mas indispensável ação nesse sentido dos dois líderes Lula e
Bolsonaro, parlamentares, empresários, grande mídia e da sociedade civil organizada. Não
apenas na retórica, mas em ações!
[Questão inédita] “Segundo eles, as opiniões políticas passaram por
um processo de engessamento e se transformaram em
parte da identidade de cada eleitor.”
Em relação ao pronome átono “se” no trecho acima, nota-se uso facultativo em sua colocação, sendo correta tanto a próclise, quanto a ênclise. Assinale a alternativa em que essa possibilidade também ocorra.
Em relação ao pronome átono “se” no trecho acima, nota-se uso facultativo em sua colocação, sendo correta tanto a próclise, quanto a ênclise. Assinale a alternativa em que essa possibilidade também ocorra.
Ano: 2024
Banca:
SELECON
Órgão:
COREN-RR
Provas:
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Advogado
|
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Contador |
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Financeiro |
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Enfermeiro Fiscal |
SELECON - 2024 - COREN-RR - Analista Administrativo - Administrador |
Q2470822
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir:
Um guia multitarefa para recuperar o foco
Na verdade, não podemos fazer mais de uma coisa ao
mesmo tempo, dizem os especialistas; mas há algumas táticas
capazes de ajudar nessa missão
Não tem jeito: hoje em dia vivemos em modo multitarefa.
Quantas vezes você manda mensagem enquanto está no trânsito,
perde o fio da meada de um podcast porque está fazendo tarefas
domésticas ou fica mudando de tela entre o site de notícias e a
sua caixa de entrada?
“Ficamos presos nesta armadilha da multitarefa mesmo sem
perceber”, diz Nicole Byers, neuropsicóloga em Calgary, Canadá,
especializada no tratamento de pessoas com burnout.
Esse nosso hábito coletivo tem algumas razões, acrescenta
ela. A maioria das pessoas evita o tédio sempre que possível,
explica Byers, e a multitarefa é uma maneira eficaz de fazê-lo.
E também há muita pressão externa. “Quantas vezes
vemos um anúncio de emprego que diz: ‘Precisa ser excelente
em multitarefa’?”, ela pergunta. “Nosso mundo moderno – onde
passamos a maior parte do dia diante das telas – força nosso
cérebro a ficar no modo multitarefa”.
O fato é que não somos bons em multitarefa – e ela não é
boa para nós. Mas existem maneiras de a encararmos com mais
inteligência.
Seu cérebro no modo multitarefa
Em primeiro lugar, “multitarefa” geralmente não é o termo
mais correto. De acordo com especialistas, não é possível fazer
duas coisas ao mesmo tempo – a menos que consigamos fazer
uma delas sem pensar muito (como dar um passeio enquanto
conversamos com um amigo).
“Normalmente, quando as pessoas acham que estão no
modo multitarefa, na verdade estão alternando a atenção
entre duas tarefas diferentes”, diz Gloria Mark, professora de
informática na Universidade da Califórnia, Irvine, e autora de
Attention Span: A Groundbreaking Way to Restore Balance,
Happiness and Productivity [algo como “Capacidade de atenção:
uma maneira inovadora de recuperar o equilíbrio, a felicidade e a
produtividade”].
Vejamos o que acontece quando você se dedica a uma única
tarefa, como preparar o jantar. A partir do momento em que você
decide o que fazer, diferentes regiões de seu cérebro, chamadas
de rede de controle cognitivo, colaboram para que isso aconteça,
explica Anthony Wagner, professor de psicologia em Stanford e
vice-diretor do Instituto Wu Tsai de Neurociências da universidade.
Essa rede abrange áreas do cérebro envolvidas nas
funções executivas ou na capacidade de planejar e executar
comportamentos orientados a objetivos. Juntas, elas criam um
modelo mental da tarefa em questão e do que você precisa
para realizá-la. Seu cérebro consegue fazer isso, conta
Wagner, recorrendo a informações externas e internas, como os
ingredientes na geladeira ou a memória da receita.
Mark comparou esse processo a desenhar em um quadro
mental. Se sua amiga ligar para reclamar do dia dela, o quadro
vai se apagar. “Cada vez que você volta sua atenção para uma
nova tarefa, seu cérebro precisa se reorientar”, disse ela.
Se você conhece o prato como a palma da sua mão ou se
seu bate-papo é agradável e alegre, essa alternância pode ser
simples. Mas quanto mais esforço cada tarefa exige, mais seu cérebro terá de lidar com informações concorrentes e objetivos
diferentes.
Fonte: https://www.estadao.com.br/saude/um-guia-multitarefa-para-recuperaro-foco/. Acesso em 23/03/2024
“Esse nosso hábito coletivo tem algumas razões,
acrescenta ela. A maioria das pessoas evita o tédio”
(3º parágrafo). Nesse trecho, há quatro pronomes. São eles:
Ano: 2024
Banca:
SELECON
Órgão:
Câmara de Rondonópolis - MT
Prova:
SELECON - 2024 - Câmara de Rondonópolis - MT - Analista Legislativo - Redação e Revisão Legislativa |
Q2469360
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir:
5 problemas que atrapalham a comunicação escrita
A gestão e o engajamento são mediados pela linguagem o
tempo todo, e isso exige senso de responsabilidade na hora de
escrever
Mensagens surgem de todas as telas. Apps de mensagem,
ferramentas de gestão remota, e-mails de trabalho, newsletters,
e-books, posts nas redes sociais. Segundo uma pesquisa de 2018
da Adobe, profissionais de escritório nos EUA gastavam uma
média de 3,1 horas por dia em e-mail de trabalho. Isso em 2018,
imagine agora em 2022.
Diante de tantos textos,é natural que surjam mil e uma fórmulas para
escrever textos de sucesso, centenas de dicas de como melhorar
sua escrita. Muitas delas focadas em contextos específicos:
conquistar ou fidelizar clientes, aumentar engajamento nas redes
sociais, vender produtos e serviços, construir e consolidar marcas.
E, como observadora, aprendiz, pesquisadora e professora, sigo
acompanhando as mudanças dos canais na linguagem e seus
efeitos em profissionais nas mais diversas empresas.
O que percebo é que gatilhos e fórmulas podem ser úteis em
alguns contextos sim e, claro, gerar muitos negócios. Mas ainda
temos uma longa caminhada para aprimorar os textos que circulam
nas organizações, especialmente as mensagens rotineiras, que
constroem ou corroem, dia a dia, a confiança e o engajamento
nas equipes.
Ainda são incontáveis os textos prolixos, com linguagem
inadequada e imprecisos; inúmeros “oks” que podem significar
“aprovado”, “lido” ou “faz o que achar melhor”; recados no chat
com apenas “oi, tudo bem”, que aguardam resposta para revelar
o real motivo do contato; e-mails sem cordialidade, objetivo ou
prazos.
Curioso é que há quem ainda acredite que os problemas dos
textos cotidianos são erros ortográficos, problemas de regência e
concordância. Antes fosse…
Os problemas, na realidade, decorrem de:
1. Pressa
2. Sobrecarga de trabalho
3. Automatismo ao escrever
4. Desconexão com as pessoas envolvidas na interação (mesmo que remota)
5. Desatenção ao impacto da comunicação nas relações e na
reputação profissional e corporativa
Talvez não seja possível resolver esse cenário de infoxicação e
sobrecarga. Mas uma mudança de mindset pode ser muito útil:
encare os inúmeros textos cotidianos como parte integrante e
determinante do trabalho. A liderança, a gestão de processos
e o engajamento das equipes são mediados pela linguagem o
tempo todo, por isso, ter esse senso de responsabilidade pelo
que e como escrever muda bastante a perspectiva diante das
mensagens.
Experimente investir um minuto a mais antes de começar uma
mensagem e antes de apertar o botão enviar. Eu sei que parece
ser perda de tempo ou até impossível achar um minuto que não
existe na sua agenda. Só que o retorno sobre o investimento é
grandioso. Menos retrabalho e conflitos desnecessários, mais
precisão e assertividade.
Não é uma fórmula matemática, porque o contexto está sempre
ali para nos surpreender e nosso olhar pode estar sempre mais
atento a pequenos grandes detalhes no uso das palavras.
Mas pode ser um passo e tanto para navegar pelo oceano de
mensagens infindáveis que tanto dizem sobre quem somos, sobre
como nos relacionamos e sobre a empresa que representamos.
Sigo observando, aprendendo, linguista e curiosa que sou. E
você?
Vivian Rio Stella
Doutora em Linguística pela Unicamp
Fonte: https://vocerh.abril.com.br/coluna/vivan-rio-stella/5-problemas-queatrapalham-a-comunicacao-escrita. Acesso em: 16 jan. 2024.
A expressão “fidelizar clientes”, à luz da norma-padrão,
poderia ser substituída por:
Ano: 2024
Banca:
SELECON
Órgão:
Câmara de Rondonópolis - MT
Prova:
SELECON - 2024 - Câmara de Rondonópolis - MT - Analista Legislativo - Redação e Revisão Legislativa |
Q2469359
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir:
5 problemas que atrapalham a comunicação escrita
A gestão e o engajamento são mediados pela linguagem o
tempo todo, e isso exige senso de responsabilidade na hora de
escrever
Mensagens surgem de todas as telas. Apps de mensagem,
ferramentas de gestão remota, e-mails de trabalho, newsletters,
e-books, posts nas redes sociais. Segundo uma pesquisa de 2018
da Adobe, profissionais de escritório nos EUA gastavam uma
média de 3,1 horas por dia em e-mail de trabalho. Isso em 2018,
imagine agora em 2022.
Diante de tantos textos,é natural que surjam mil e uma fórmulas para
escrever textos de sucesso, centenas de dicas de como melhorar
sua escrita. Muitas delas focadas em contextos específicos:
conquistar ou fidelizar clientes, aumentar engajamento nas redes
sociais, vender produtos e serviços, construir e consolidar marcas.
E, como observadora, aprendiz, pesquisadora e professora, sigo
acompanhando as mudanças dos canais na linguagem e seus
efeitos em profissionais nas mais diversas empresas.
O que percebo é que gatilhos e fórmulas podem ser úteis em
alguns contextos sim e, claro, gerar muitos negócios. Mas ainda
temos uma longa caminhada para aprimorar os textos que circulam
nas organizações, especialmente as mensagens rotineiras, que
constroem ou corroem, dia a dia, a confiança e o engajamento
nas equipes.
Ainda são incontáveis os textos prolixos, com linguagem
inadequada e imprecisos; inúmeros “oks” que podem significar
“aprovado”, “lido” ou “faz o que achar melhor”; recados no chat
com apenas “oi, tudo bem”, que aguardam resposta para revelar
o real motivo do contato; e-mails sem cordialidade, objetivo ou
prazos.
Curioso é que há quem ainda acredite que os problemas dos
textos cotidianos são erros ortográficos, problemas de regência e
concordância. Antes fosse…
Os problemas, na realidade, decorrem de:
1. Pressa
2. Sobrecarga de trabalho
3. Automatismo ao escrever
4. Desconexão com as pessoas envolvidas na interação (mesmo que remota)
5. Desatenção ao impacto da comunicação nas relações e na
reputação profissional e corporativa
Talvez não seja possível resolver esse cenário de infoxicação e
sobrecarga. Mas uma mudança de mindset pode ser muito útil:
encare os inúmeros textos cotidianos como parte integrante e
determinante do trabalho. A liderança, a gestão de processos
e o engajamento das equipes são mediados pela linguagem o
tempo todo, por isso, ter esse senso de responsabilidade pelo
que e como escrever muda bastante a perspectiva diante das
mensagens.
Experimente investir um minuto a mais antes de começar uma
mensagem e antes de apertar o botão enviar. Eu sei que parece
ser perda de tempo ou até impossível achar um minuto que não
existe na sua agenda. Só que o retorno sobre o investimento é
grandioso. Menos retrabalho e conflitos desnecessários, mais
precisão e assertividade.
Não é uma fórmula matemática, porque o contexto está sempre
ali para nos surpreender e nosso olhar pode estar sempre mais
atento a pequenos grandes detalhes no uso das palavras.
Mas pode ser um passo e tanto para navegar pelo oceano de
mensagens infindáveis que tanto dizem sobre quem somos, sobre
como nos relacionamos e sobre a empresa que representamos.
Sigo observando, aprendendo, linguista e curiosa que sou. E
você?
Vivian Rio Stella
Doutora em Linguística pela Unicamp
Fonte: https://vocerh.abril.com.br/coluna/vivan-rio-stella/5-problemas-queatrapalham-a-comunicacao-escrita. Acesso em: 16 jan. 2024.
Em “O que percebo é que gatilhos e fórmulas podem ser
úteis em alguns contextos sim e, claro, gerar muitos negócios”
(4º parágrafo), as palavras destacadas são respectivamente
classificadas como: