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Sobre português para cespe / cebraspe
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Defendemos que a divulgação científica (DC) é produzida pela esfera da cultura científica em colaboração com outras esferas de atividades humanas. Assim, a DC é um produto gerado na interseção de esferas de criação ideológicas, cujas atividades disputam motivos, propósitos, regras, agentes, ferramentas culturais, entre tantos outros elementos.
Em uma análise a partir da cultura científica, teremos a apropriação da comunicação, do jornalismo, da mídia e suas técnicas como ferramentas culturais para a produção da DC, enquanto o universo de referência, os princípios e os valores continuam sendo próprios da cultura científica. Por outro lado, se partirmos da esfera da mídia, teremos a apropriação de conhecimentos, fatos e histórias da ciência, enquanto as formas de produção do suporte são próprias da esfera midiática. Podemos estender esse exercício para todas as esferas que atuam na DC, como a educação, por exemplo, condição que reforça nossa compreensão de que a DC é produzida em meio à interseção da cultura científica com outras esferas de atuação humana.
Embora existam coerções e interseções com outros campos, não há como deslocar princípios ontológicos da cultura científica que são inerentes aos conceitos, às metodologias e às práticas da ciência — fato que sustenta e fortalece a interpretação do divulgador como um representante da cultura científica. A DC, portanto, é produzida em meio a uma interseção de esferas de criação ideológica; a cultura científica, no entanto, exerce maior influência sobre o produto gerado. Tal concepção evidencia que a interseção na qual a DC é produzida não é composta por esferas equipolentes.
Ainda que a cultura científica tenha maior influência na determinação dos produtos da DC, trata-se de produtos gerados em meio a disputas, cujos escopos variam de acordo com os suportes de DC e os meios de comunicação em que são veiculados. Não é preciso ser um especialista em DC para notar as diferenças entre veículos de DC que, por vezes, sustentam coerções da indústria cultural e, por isso, usufruem livremente do sensacionalismo e da fetichização do conhecimento científico, visando ao aumento das vendas, e veículos que claramente têm interesse em ensinar conceitos científicos que estão fortemente baseados em coerções provenientes da educação científica.
Guilherme da Silva Lima e Marcelo Giordan.
Da reformulação discursiva a uma práxis da cultura científica: reflexões sobre a divulgação científica.
In: História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro,
v. 28, n.º 2, abr.-jun./2021, p. 389 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto apresentado e as ideias nele veiculadas, julgue o próximo item.
No último período do terceiro parágrafo, a flexão de “composta” no feminino singular justifica-se pela relação de concordância estabelecida entre esse termo e “interseção”.
Defendemos que a divulgação científica (DC) é produzida pela esfera da cultura científica em colaboração com outras esferas de atividades humanas. Assim, a DC é um produto gerado na interseção de esferas de criação ideológicas, cujas atividades disputam motivos, propósitos, regras, agentes, ferramentas culturais, entre tantos outros elementos.
Em uma análise a partir da cultura científica, teremos a apropriação da comunicação, do jornalismo, da mídia e suas técnicas como ferramentas culturais para a produção da DC, enquanto o universo de referência, os princípios e os valores continuam sendo próprios da cultura científica. Por outro lado, se partirmos da esfera da mídia, teremos a apropriação de conhecimentos, fatos e histórias da ciência, enquanto as formas de produção do suporte são próprias da esfera midiática. Podemos estender esse exercício para todas as esferas que atuam na DC, como a educação, por exemplo, condição que reforça nossa compreensão de que a DC é produzida em meio à interseção da cultura científica com outras esferas de atuação humana.
Embora existam coerções e interseções com outros campos, não há como deslocar princípios ontológicos da cultura científica que são inerentes aos conceitos, às metodologias e às práticas da ciência — fato que sustenta e fortalece a interpretação do divulgador como um representante da cultura científica. A DC, portanto, é produzida em meio a uma interseção de esferas de criação ideológica; a cultura científica, no entanto, exerce maior influência sobre o produto gerado. Tal concepção evidencia que a interseção na qual a DC é produzida não é composta por esferas equipolentes.
Ainda que a cultura científica tenha maior influência na determinação dos produtos da DC, trata-se de produtos gerados em meio a disputas, cujos escopos variam de acordo com os suportes de DC e os meios de comunicação em que são veiculados. Não é preciso ser um especialista em DC para notar as diferenças entre veículos de DC que, por vezes, sustentam coerções da indústria cultural e, por isso, usufruem livremente do sensacionalismo e da fetichização do conhecimento científico, visando ao aumento das vendas, e veículos que claramente têm interesse em ensinar conceitos científicos que estão fortemente baseados em coerções provenientes da educação científica.
Guilherme da Silva Lima e Marcelo Giordan.
Da reformulação discursiva a uma práxis da cultura científica: reflexões sobre a divulgação científica.
In: História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro,
v. 28, n.º 2, abr.-jun./2021, p. 389 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto apresentado e as ideias nele veiculadas, julgue o próximo item.
No primeiro período do último parágrafo, o sujeito da oração “trata-se de produtos gerados em meio a disputas” corresponde a “produtos da DC”.
Defendemos que a divulgação científica (DC) é produzida pela esfera da cultura científica em colaboração com outras esferas de atividades humanas. Assim, a DC é um produto gerado na interseção de esferas de criação ideológicas, cujas atividades disputam motivos, propósitos, regras, agentes, ferramentas culturais, entre tantos outros elementos.
Em uma análise a partir da cultura científica, teremos a apropriação da comunicação, do jornalismo, da mídia e suas técnicas como ferramentas culturais para a produção da DC, enquanto o universo de referência, os princípios e os valores continuam sendo próprios da cultura científica. Por outro lado, se partirmos da esfera da mídia, teremos a apropriação de conhecimentos, fatos e histórias da ciência, enquanto as formas de produção do suporte são próprias da esfera midiática. Podemos estender esse exercício para todas as esferas que atuam na DC, como a educação, por exemplo, condição que reforça nossa compreensão de que a DC é produzida em meio à interseção da cultura científica com outras esferas de atuação humana.
Embora existam coerções e interseções com outros campos, não há como deslocar princípios ontológicos da cultura científica que são inerentes aos conceitos, às metodologias e às práticas da ciência — fato que sustenta e fortalece a interpretação do divulgador como um representante da cultura científica. A DC, portanto, é produzida em meio a uma interseção de esferas de criação ideológica; a cultura científica, no entanto, exerce maior influência sobre o produto gerado. Tal concepção evidencia que a interseção na qual a DC é produzida não é composta por esferas equipolentes.
Ainda que a cultura científica tenha maior influência na determinação dos produtos da DC, trata-se de produtos gerados em meio a disputas, cujos escopos variam de acordo com os suportes de DC e os meios de comunicação em que são veiculados. Não é preciso ser um especialista em DC para notar as diferenças entre veículos de DC que, por vezes, sustentam coerções da indústria cultural e, por isso, usufruem livremente do sensacionalismo e da fetichização do conhecimento científico, visando ao aumento das vendas, e veículos que claramente têm interesse em ensinar conceitos científicos que estão fortemente baseados em coerções provenientes da educação científica.
Guilherme da Silva Lima e Marcelo Giordan.
Da reformulação discursiva a uma práxis da cultura científica: reflexões sobre a divulgação científica.
In: História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro,
v. 28, n.º 2, abr.-jun./2021, p. 389 (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto apresentado e as ideias nele veiculadas, julgue o próximo item.
No texto, a cultura científica é distinguida das outras esferas de atuação humana em colaboração na produção de DC pelo fato de que estas outras atividades constituem esferas de criação ideológicas — mas a cultura científica não.
Internet: <gov.br> (com adaptações).
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item.
No trecho “Não acumule sucata e entulho”, a inserção de uma vírgula logo após “acumule” prejudicaria a correção gramatical do texto.
Internet: <gov.br> (com adaptações).
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item.
Além de listar ações rápidas que podem ajudar a combater a dengue, o texto descreve efeitos dessa doença na saúde da população, os quais são ilustrados por meio de desenhos.
Internet: <gov.br> (com adaptações).
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item.
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido do trecho “combate à dengue”, o termo “à” poderia ser substituído por da.
Internet: <gov.br> (com adaptações).
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o próximo item.
No trecho “Mantenha a caixa-d’água bem fechada”, o vocábulo “bem” classifica-se como advérbio e sua função é intensificar o sentido da forma verbal “Mantenha”.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No quarto parágrafo, a expressão “o uso dele” (segundo período) significa o mesmo que o uso do solo.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator” (segundo período do terceiro parágrafo), a forma verbal “aquecem” poderia ser substituída por esquentão, sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
As palavras “pirólise” e “agrícolas” (último período do terceiro parágrafo) são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No primeiro período do terceiro parágrafo, a palavra “misturados” está flexionada no masculino e no plural para concordar com os termos “garrafas” e “isopor”.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado” (primeiro parágrafo), o vocábulo “e” poderia ser substituído por mas, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência das ideias do texto.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho “a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável” (primeiro parágrafo) poderia ser reescrito da seguinte forma: a reciclagem de alguns tipos é inviável do ponto de vista econômico ou técnico.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No texto, há predomínio do tipo textual narrativo, uma vez que é narrado como a equipe de Kandis Abdul-Aziz criou uma metodologia de uso do plástico como fertilizante.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O quarto parágrafo do texto detalha benefícios que o carvão resultante da mistura de plástico com resíduos de milho pode gerar no solo.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
De acordo com o texto, Kandis Abdul-Aziz foi a primeira cientista a buscar soluções para transformar plástico em adubo.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O objetivo principal do texto é explicar como diferentes resíduos agrícolas podem ser usados para produzir carvão.
Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
Sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do texto, o trecho “é descartada e acaba” (penúltimo período do texto) poderia ser substituído por são descartados e acabam, caso em que a concordância passaria a ser estabelecida com o vocábulo “resíduos”.
Texto CG1A1
Duas ideias recentes que considerei fantásticas fizeram-me refletir sobre o conceito de sustentabilidade. A primeira foi de uma entrevista com Don Tapscott, um dos mais respeitados estudiosos do impacto das tecnologias nas empresas e na sociedade, autor e coautor de 14 livros. Na entrevista, ele afirma que a Internet não muda o que aprendemos, mas o modo como aprendemos — e o impacto dessa revolução terá a mesma intensidade que a invenção dos tipos móveis de Gutenberg: “Não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.
A segunda ideia é da empresária americana Lisa Ganski, fundadora de várias empresas na Internet. Em sua ousada teoria, ela defende que o futuro dos negócios é o compartilhamento de produtos e serviços. Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas. Para que comprar um carro, gastar com seguro e manutenção se você pode alugar o do vizinho? Para que investir em roupas caras para o seu bebê (que espicha rápido) se você pode trocar peças com mamães de filhos já grandinhos? Lisa aposta que, com a ajuda das mídias sociais e da tecnologia, pessoas, serviços e empresas vão encontrar-se com mais facilidade para trocar ou compartilhar.
A ideia do consumo compartilhado dirige-se aos bens de consumo de maior ociosidade. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a média de utilização de um automóvel é de 8%. Os 92% restantes são de ociosidade nos estacionamentos. Então, por que não alugar o carro em vez de comprar? Ganski sugere que sejam, cada vez mais, criados sistemas de locação para alguns bens de consumo de maior ociosidade.
Na produção compartilhada, além da redução dos custos de produção por menores encargos trabalhistas, maior eficiência da mão de obra e menor consumo de energia, há em tese uma redução dos impactos ambientais pela redução de resíduos e dispersão destes em áreas distantes umas das outras. Logicamente há também uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.
Segundo esses pensadores, esta pode ser uma nova opção para o empresariado e para a sociedade segundo o moderno conceito de sustentabilidade. O meio ambiente agradece.
Raimundo Nonato Brabo Alves.
Compartilhar a produção e o consumo de bens em busca da sustentabilidade.
In: Crônicas ambientais ecos da floresta. Brasília, DF: Embrapa, 2015. p. 62-64 (com adaptações).
Julgue o item que se segue, referente a aspectos linguísticos do texto CG1A1.
No trecho “Na entrevista, ele afirma” (terceiro período do primeiro parágrafo), a forma verbal “afirma”, flexionada no presente do indicativo, é empregada em referência a um fato passado, conferindo-lhe atualidade.
Texto CG1A1
Duas ideias recentes que considerei fantásticas fizeram-me refletir sobre o conceito de sustentabilidade. A primeira foi de uma entrevista com Don Tapscott, um dos mais respeitados estudiosos do impacto das tecnologias nas empresas e na sociedade, autor e coautor de 14 livros. Na entrevista, ele afirma que a Internet não muda o que aprendemos, mas o modo como aprendemos — e o impacto dessa revolução terá a mesma intensidade que a invenção dos tipos móveis de Gutenberg: “Não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.
A segunda ideia é da empresária americana Lisa Ganski, fundadora de várias empresas na Internet. Em sua ousada teoria, ela defende que o futuro dos negócios é o compartilhamento de produtos e serviços. Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas. Para que comprar um carro, gastar com seguro e manutenção se você pode alugar o do vizinho? Para que investir em roupas caras para o seu bebê (que espicha rápido) se você pode trocar peças com mamães de filhos já grandinhos? Lisa aposta que, com a ajuda das mídias sociais e da tecnologia, pessoas, serviços e empresas vão encontrar-se com mais facilidade para trocar ou compartilhar.
A ideia do consumo compartilhado dirige-se aos bens de consumo de maior ociosidade. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a média de utilização de um automóvel é de 8%. Os 92% restantes são de ociosidade nos estacionamentos. Então, por que não alugar o carro em vez de comprar? Ganski sugere que sejam, cada vez mais, criados sistemas de locação para alguns bens de consumo de maior ociosidade.
Na produção compartilhada, além da redução dos custos de produção por menores encargos trabalhistas, maior eficiência da mão de obra e menor consumo de energia, há em tese uma redução dos impactos ambientais pela redução de resíduos e dispersão destes em áreas distantes umas das outras. Logicamente há também uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.
Segundo esses pensadores, esta pode ser uma nova opção para o empresariado e para a sociedade segundo o moderno conceito de sustentabilidade. O meio ambiente agradece.
Raimundo Nonato Brabo Alves.
Compartilhar a produção e o consumo de bens em busca da sustentabilidade.
In: Crônicas ambientais ecos da floresta. Brasília, DF: Embrapa, 2015. p. 62-64 (com adaptações).
Julgue o item que se segue, referente a aspectos linguísticos do texto CG1A1.
A expressão “em tese” (primeiro período do quarto parágrafo) poderia ser substituída por a princípio, sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto.