Questões de Concurso Sobre português para mds

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Ano: 2015 Banca: CETRO Órgão: MDS
Q1237217 Português
Leia o texto para responder à questão abaixo:

Nos últimos doze anos, o Brasil venceu desafios que
antes eram vistos como fatalidades com as quais estávamos
condenados a conviver para sempre. Superamos a extrema
pobreza e a fome. Por outro lado, tem sido utilizada a imagem
de que a vida melhorou significativamente da porta de casa
para dentro, enquanto do lado de fora, seja nas ruas ou nos
campos, persiste grande precariedade dos serviços e bens
públicos ofertados, acarretando enormes dificuldades ao dia a
dia da população – principalmente das camadas mais pobres.
Se o governo reeleito declara que o Brasil sem Miséria se
encerra tendo cumprido sua missão, baseado na superação da
extrema pobreza pelo critério da renda, não há dúvida sobre a
necessidade de continuar avançando, abrindo um novo ciclo de
enfrentamento da pobreza e da desigualdade.
Nesse novo ciclo, os esforços devem se voltar
prioritariamente para melhorar a qualidade de vida de grande
parte da população. E isso não se faz com megaprojetos ou
megaeventos, mas com um modelo de desenvolvimento que
priorize a cidadania e o direito ao acesso a serviços públicos de
qualidade e a cidades sustentáveis, com foco especial na
inclusão daqueles que vivem em situação de pobreza.
Não se trata de contrapor universalização e focalização.
Trata-se de realizar ações afirmativas porque a universalização
não se confirma na prática justamente pelas dificuldades de
acesso daqueles que são socialmente mais vulneráveis. Apesar
dos preconceitos que a prioridade sobre a correção de injustiças
pode gerar – vide reações a cotas e ao Bolsa Família –, o
reconhecimento de que os mais pobres são aqueles que,
tradicionalmente, ficam por último faz que se imponha aqui o
preceito da equidade, uma vez que atender igualmente os
desiguais poderia resultar na manutenção de desigualdades,
pondo em xeque o objetivo maior da universalização de direitos.
Mesmo com os avanços na última década, o déficit ainda
é de grande monta, e a população mais pobre continua a sofrer
duramente o alijamento ou o reduzido acesso a serviços
essenciais e, quando deles dispõe, na maior parte das vezes a
qualidade oferecida é extremamente deficiente. Por exemplo,
um trabalhador que more na Baixada Fluminense e trabalhe no
centro do Rio de Janeiro pode ter sua jornada para o trabalho
acrescida de seis horas, pela precariedade dos transportes. A
crise hídrica do estado de São Paulo, por sua vez, está
castigando mais severamente os bairros pobres da capital. 
E os homicídios em todo o país vitimam majoritariamente jovens
negros e pobres.


SIMPSON, M.D. e MENEZES, F. Serviços públicos para redução da
pobreza e da desigualdade
InLe Monde Diplomatique Brasil, Edição
90, janeiro de 2015. Disponível em:
<http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484>. Acesso em
02/06/2015.


Considerando a leitura do quarto parágrafo do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, analise as assertivas abaixo.

I. A troca de “a população” por “as populações” exigirá a flexão em número de somente mais dois termos da frase, a fim de manter a correção gramatical quanto à concordância.

II. A estrutura “Por exemplo” pode ser deslocada para diferentes lugares da frase, como após os verbos “more” ou “trabalhe”, sem que isso prejudique a organização das ideias do parágrafo.

III. É essencial à organização adequada das ideias do parágrafo o uso do ponto-final antes de “E os homicídios em todo o país [...]”.

IV. Na última frase do parágrafo, a expressão “todo o país” não pode ter o artigo “o” suprimido, pois isso representará prejuízo ao sentido original do fragmento.

É correto o que se afirma em
Alternativas
Q519193 Português
     Dois temas pendentes da história brasileira continuam fortemente presentes em nossas inquietações sociais e políticas. O tema da escravidão e o seu tema residual, o da posse da terra. São temas inter-relacionados, relativos às duas grandes questões nacionais, situados em polos cronológicos opostos: a questão do trabalho livre e a questão agrária. Mesmo que enquanto temas não tenham visibilidades equivalentes nem presença com dimensão apropriada no conjunto dos interesses da sociedade, estão ligados entre si porque referem-se a momentos polares de um processo inacabado, que subjaz silencioso em nossa história do presente. É inócuo discutir a questão agrária sem situá-la como incontornável questão residual da solução que, no passado, a sociedade brasileira deu à questão do escravismo.
     São justamente os temas que balizam o ritmo de nossa história social e limitam nossos horizontes históricos. Limitam a possibilidade de sairmos dos impasses que nos tolhem e aprisionam nessa estranha modernidade em que o atraso e os problemas do passado se tornam o seu tempero folclórico. Nossa melhor literatura está profundamente marcada por essas persistências. Elas funcionam como um referencial de compreensão da invisibilidade do que somos, de nossa alma perdida no fundo do tempo de uma história sempre inconclusa, sempre por fazer. Mais uma história da espera do que da esperança. São os temas que definem o ritmo inseguro de nossa história lenta.
MARTINS, J.S. Reforma Agrária: O Impossível Diálogo.
Texto com adaptações. 1ª ed. São Paulo: Edusp, 2004.
Analise as assertivas abaixo sobre o texto, considerando as ideias do autor.
I. Não é producente pensar a questão agrária sem considerar o tratamento dado à questão do escravismo. II. A classificação dos temas como “pendentes”, no início do texto, é coerente com as ideias de impasse e lentidão, mencionadas pelo autor na sequência de seu raciocínio. III. A resolução rápida da questão agrária — à semelhança do que houve com a questão do escravismo — contribuiria para o combate à lentidão mencionada pelo autor no último parágrafo.
É correto o que se afirma em
Alternativas
Q519192 Português
     Dois temas pendentes da história brasileira continuam fortemente presentes em nossas inquietações sociais e políticas. O tema da escravidão e o seu tema residual, o da posse da terra. São temas inter-relacionados, relativos às duas grandes questões nacionais, situados em polos cronológicos opostos: a questão do trabalho livre e a questão agrária. Mesmo que enquanto temas não tenham visibilidades equivalentes nem presença com dimensão apropriada no conjunto dos interesses da sociedade, estão ligados entre si porque referem-se a momentos polares de um processo inacabado, que subjaz silencioso em nossa história do presente. É inócuo discutir a questão agrária sem situá-la como incontornável questão residual da solução que, no passado, a sociedade brasileira deu à questão do escravismo.
     São justamente os temas que balizam o ritmo de nossa história social e limitam nossos horizontes históricos. Limitam a possibilidade de sairmos dos impasses que nos tolhem e aprisionam nessa estranha modernidade em que o atraso e os problemas do passado se tornam o seu tempero folclórico. Nossa melhor literatura está profundamente marcada por essas persistências. Elas funcionam como um referencial de compreensão da invisibilidade do que somos, de nossa alma perdida no fundo do tempo de uma história sempre inconclusa, sempre por fazer. Mais uma história da espera do que da esperança. São os temas que definem o ritmo inseguro de nossa história lenta.
MARTINS, J.S. Reforma Agrária: O Impossível Diálogo.
Texto com adaptações. 1ª ed. São Paulo: Edusp, 2004.
Releia este período do texto e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta adequada paráfrase dele, considerando a leitura do primeiro parágrafo do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa.


“Mesmo que enquanto temas não tenham visibilidades equivalentes nem presença com dimensão apropriada no conjunto dos interesses da sociedade, estão ligados entre si porque referem-se a momentos polares de um processo inacabado, que subjaz silencioso em nossa história do presente."


Alternativas
Q519191 Português
     Dois temas pendentes da história brasileira continuam fortemente presentes em nossas inquietações sociais e políticas. O tema da escravidão e o seu tema residual, o da posse da terra. São temas inter-relacionados, relativos às duas grandes questões nacionais, situados em polos cronológicos opostos: a questão do trabalho livre e a questão agrária. Mesmo que enquanto temas não tenham visibilidades equivalentes nem presença com dimensão apropriada no conjunto dos interesses da sociedade, estão ligados entre si porque referem-se a momentos polares de um processo inacabado, que subjaz silencioso em nossa história do presente. É inócuo discutir a questão agrária sem situá-la como incontornável questão residual da solução que, no passado, a sociedade brasileira deu à questão do escravismo.
     São justamente os temas que balizam o ritmo de nossa história social e limitam nossos horizontes históricos. Limitam a possibilidade de sairmos dos impasses que nos tolhem e aprisionam nessa estranha modernidade em que o atraso e os problemas do passado se tornam o seu tempero folclórico. Nossa melhor literatura está profundamente marcada por essas persistências. Elas funcionam como um referencial de compreensão da invisibilidade do que somos, de nossa alma perdida no fundo do tempo de uma história sempre inconclusa, sempre por fazer. Mais uma história da espera do que da esperança. São os temas que definem o ritmo inseguro de nossa história lenta.
MARTINS, J.S. Reforma Agrária: O Impossível Diálogo.
Texto com adaptações. 1ª ed. São Paulo: Edusp, 2004.
Em seguida, propõem-se paráfrases do segundo período do último parágrafo. Considerando as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que apresenta a paráfrase correta.
Alternativas
Q519190 Português
     Dois temas pendentes da história brasileira continuam fortemente presentes em nossas inquietações sociais e políticas. O tema da escravidão e o seu tema residual, o da posse da terra. São temas inter-relacionados, relativos às duas grandes questões nacionais, situados em polos cronológicos opostos: a questão do trabalho livre e a questão agrária. Mesmo que enquanto temas não tenham visibilidades equivalentes nem presença com dimensão apropriada no conjunto dos interesses da sociedade, estão ligados entre si porque referem-se a momentos polares de um processo inacabado, que subjaz silencioso em nossa história do presente. É inócuo discutir a questão agrária sem situá-la como incontornável questão residual da solução que, no passado, a sociedade brasileira deu à questão do escravismo.
     São justamente os temas que balizam o ritmo de nossa história social e limitam nossos horizontes históricos. Limitam a possibilidade de sairmos dos impasses que nos tolhem e aprisionam nessa estranha modernidade em que o atraso e os problemas do passado se tornam o seu tempero folclórico. Nossa melhor literatura está profundamente marcada por essas persistências. Elas funcionam como um referencial de compreensão da invisibilidade do que somos, de nossa alma perdida no fundo do tempo de uma história sempre inconclusa, sempre por fazer. Mais uma história da espera do que da esperança. São os temas que definem o ritmo inseguro de nossa história lenta.
MARTINS, J.S. Reforma Agrária: O Impossível Diálogo.
Texto com adaptações. 1ª ed. São Paulo: Edusp, 2004.
Considerando a leitura do primeiro parágrafo do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
1: A
2: A
3: C
4: D
5: E