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Q1674250
Medicina
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Uma paciente de 39 anos de idade apresentou entorse em
inversão do tornozelo direito enquanto corria, no interior do
estado de Goiás, há três dias. Refere ter pisado em uma tábua
solta, não conseguindo firmar o pé no chão após o incidente.
Realizou raios X de pé, tornozelo e perna direita, sem
evidência de fraturas. Como a paciente é médica, optou por
também realizar uma ressonância nuclear magnética de
tornozelo direito, evidenciando contusão de talus, lesão
parcial do ligamento tibiofibular anterior, rotura completa do
ligamento fibulocalcâneo, distensão de fibras profundas do
deltoide e sinais inflamatórios do músculo tibial posterior.
Observou-se navicular acessório. Ao exame físico, paciente
mostra-se ansiosa, com PA = 120 mmHg x 80 mmHg,
FC = 83 bpm, FR = 12 irpm e SatO2 = 98%. Verifica-se pé
direito com hematoma em face medial e lateral, gaveta
anterior positivo e propriocepção reduzida, com dificuldade
para apoio plantar.
Acerca desse caso clínico e com base nos conhecimentos
médicos correlatos, julgue o item a seguir.
A paciente deve beneficiar-se de par de muletas, objetivando redução da descarga de peso no membro lesado, não sendo indicada a imobilização, tendo em vista os efeitos deletérios do imobilismo, potencializados com a inflamação.
A paciente deve beneficiar-se de par de muletas, objetivando redução da descarga de peso no membro lesado, não sendo indicada a imobilização, tendo em vista os efeitos deletérios do imobilismo, potencializados com a inflamação.
A afirmação a ser julgada está errada. Apesar de ser correta a indicação de redução da descarga de peso no membro lesionado através do uso de muletas, a afirmação erra ao sugerir que a imobilização não deve ser indicada. A paciente apresentou lesões significativas, incluindo rotura completa de ligamento, distensão de fibras profundas e sinais inflamatórios, todas condições que normalmente requerem um período de imobilização para permitir a cura e reduzir o risco de danos adicionais. Embora o imobilismo prolongado possa ter efeitos deletérios, ele é normalmente uma parte necessária do tratamento de tais lesões para permitir a cura apropriada. Além disso, a inflamação não potencializa os efeitos deletérios do imobilismo, mas sim é uma resposta natural do corpo à lesão que visa proteger a área e promover a cura.