Certo paciente de 58 anos de idade, vítima de AVC isquêmico...
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Q1674158
Medicina
Certo paciente de 58 anos de idade, vítima de AVC isquêmico troncoencefálico, encontra-se entubado há duas semanas e sem uso de sedação há 10 dias. Após avaliação neurológica, houve orientação para dar início a protocolo de morte encefálica (ME). Ao exame neurológico, ele encontra-se comatoso (Glasgow 3T), com tetraplegia; pupilas médio-fixas sem resposta fotomotora; reflexos corneopalpebral e de tosse ausentes; afebril; PA = 110 mmHg x 80 mmHg; TAX retal = 35,5 ºC; AC = RC2T com BNF; AP = MVF sem RA; e SatO2 = 100%. Exames laboratoriais sem alterações.
Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
A presença de atitude de descerebração ou decorticação invalida o diagnóstico de ME.
A presença de atitude de descerebração ou decorticação invalida o diagnóstico de ME.
A afirmação é incorreta. A presença de atitude de descerebração ou decorticação não invalida o diagnóstico de morte encefálica. Na verdade, o exame neurológico para determinação da morte encefálica é composto por três testes, um dos quais é o teste do tronco cerebral, que avalia a presença de reflexos do tronco cerebral, incluindo a presença ou ausência de descerebração ou decorticação. Se todos os três testes forem negativos, o diagnóstico de morte encefálica pode ser confirmado. Portanto, a presença de descerebração ou decorticação não invalida o diagnóstico de morte encefálica, mas é um dos critérios avaliados no exame neurológico para determinar a morte encefálica.