Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.

Primeiro, porque não tem capital para o negócio; segundo, porque não lhe agrada arriscar o pelego e, finalmente, porque suas informações são repassadas a troco de dinheiro.

Alguém saberia dizer o motivo da alternativa E estar errada?

"Sempre que havia clientela, no bolicho, o bolicheiro – estudante de conservatório na capital – encaminhava o assunto para a música. Antoninho toca e bem vários instrumentos."

• Sei que o adjunto adverbial tem o uso das vírgulas facultado. Percebi que "no bolicho" estava entre vírgulas e "na capital" não, mas não quer dizer que esteja errado. Certo?
• O ponto do uso do travessão também está correto. Funcionou como uma alternativa às vírgulas de um aposto explicativo.
• Agora o "e bem" da última oração é um ponto destoante, já que o correto é que viesse ao final da oração, para manter a ordem canônica da coisa, contudo, por ser uma locução pequena (inferior a três palavras) o uso de vírgulas também não seria facultativo?

Obrigado a quem se propuser a responder.

Gabarito: C

Vamos elucidar cada uma das questões.

A) Incorreta. Faltou vírgula para isolar a oração adverbial intercalada "quando convier". Além disso, o ponto final deve ser substituído pelo ponto de interrogação, por ser uma frase interrogativa.

B) Incorreta. O termo "rapaz" foi usado como vocativo. Nesse caso, o uso da vírgula antes desse termo é obrigatório (ver Cegalla, 2009, p. 428).

C) CORRETA (GABARITO). As duas primeiras vírgulas separam orações explicativas e as duas últimas isolam um adjunto adverbial intercalado. O ponto e vírgula foi usado para separar orações coordenadas explicativas que estão numa sequência enumerativa.

D) Incorreta. A expressão "lhes digo" deve ser isolada por vírgulas. O advérbio "evidentemente" também pode ser isolado por vírgulas.

E) Incorreta. A primeira vírgula pode ser dispensada, pois o adjunto adverbial está na ordem direta. Além disso, a expressão "e bem" também deve ser isolada por vírgulas.

Referência bibliográfica:

-> CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª Ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

FONTE: GRAN