O texto caracteriza-se como predominantemente dissertativo- ...
Com base no texto acima, julgue os itens que se seguem.
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Os textos argumentativos ou dissertativo-argumentativo, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.
Note como o autor, constantemente, evoca a felicidade e o que a causa. A repetição constante da própria palavra "felicidade" pode ser vista como uma técnica de persuasão.
Argumentativo- Persuadi o leitor, tem riqueza lexical e clara.
Estrutura- Parágrafo curto com ideia no ar.
Desenvolvimento- Tem convicção, exemplos claros, verdadeiros, contra argumentos e opinião própria de forma que o leitor NÃO os faça. Tem sempre uma justificativa, uma defesa de ideia no seu argumento, bem como relação de causa e consequência.
Conclusão- Resposta ao primeiro parágrafo ou simplesmente apresenta a ideia chave da opinião. Os argumentos podem ser: solução, uma pergunta do tipo conclusivo, opinião conclusiva da ideia chave.
A tese do argumento é defendida com: exemplos, estatísticas, história.
Linguagem- impessoal e objetiva, sem marcas linguísticas, clara e direta.
Dissertativo- Pode ter título ou não.
Introdução- tem-se o assunto a ser desenvolvido, de maneira clara com: definição, citação, pergunta, exposição do ponto de vista, comparação, descrição.
Ou também:
-afirmação;
-consideração histórico-filosófico;
-citação;
-comparação;
-perguntas;
-narração;
Desenvolvimento- tem-se: o tema, o argumento, a comprovação, raciocínio, informações.
Conclusão- resumo, breve de tudo que já foi dito, responde a questão inicial, expõe avaliação final do assunto.
Descritivo- Podemos compara-lo como uma foto. Uma fotografia escrita de um lugar, personagem, objeto, animal, ou acontecimento do cotidiano. Tudo acontece ao mesmo tempo, predominância dos adjetivo e substantivos, não tem, necessariamente, ordem direta dos fatos. Retrata sob dois pontos: objetivo e subjetivo.
Objetivo: traduz; o objetivo principal é relatar as características do "objeto" de modo preciso, isentando-se de comentários pessoais ou atribuições de quaisquer termos.
Subjetivo: é uma linguagem mais pessoal, na qual são permitidas opiniões, expressões de sentimentos, e tem um "toque" de individualismo por parte de quem descreve.
Narrativo- conta uma história, acontecimento. Lembre-se de um filme, porque o tempo é decorrente, simultâneo, os fatos vão rolando, sequência de ações (enredo): começo, meio e fim, uma progreção temporal.
Desenvolvimento- tempo, personagem, espaço. Clímax: é o ponto máximo do problema que se resolve aos poucos.
Características- Tempo: pretérito perfeito (marca pontuação) ou presente (dá vivacidade à narração).
Obs.: se em um texto tiver verbo no pretérito perfeito, há uma narração, mesmo que não seja uma história.
Narrador Personagem- 1º pessoa EU o narrador.
Narrador Observador- 3º pessoa ELE o narrador que não é personagem.
Narrador Onisciente- sabe tudo, inclusive o final da história.
Narrador é fictício. Autor é real.
Ex: Dom Casmurro. Autor: Machado de Assis; narrador: Bentinho.
Na narração temos polifonia: o narrador introduz outra fala. Ex: ela disse: -já cheguei.
Temos discurso direto: Pedro disse: -cheguei!
Indireto: Pedro disse que tinha chegado!
Como vimos há mudança no tempo verbal.
E ocorre da seguinte maneira:
-do presente passa para o pretérito perfeito.
-do pretérito perfeito para o mais que perfeito.
-do futuro do presente para o futuro do pretérito.
-do presente do subjuntivo para pretérito imperfeito do indicativo.
Conclusão- tem-se o final da história. "final feliz ou não".
Injuntivo- lembre-se de um manual de como usar um celular. É cheio de comandos, passo a passo.
Descrição- verbos modalizadores: deve ter, pode, etc. Sempre no imperativo.
Expositivo- expõe ideias ou informações sobre uma assunto, como por exemplo: artigo, banner. Suas sequências de ideias ou informações são neutras, sem opinião própria. A linguagem é referencial e na 3º pessoa (de quem se fala).
Dialogal- no texto há duas pessoas conversando. Um fala e o outro responde. Não tem narrador, só a fala dos personagens e há rubricas (tom raivoso...).
Espero ter ajudado! Indico assistirem ao vídeo no you tube (tipologia textual - prof. Vinícius de carvalho). Foi de lá onde tirei essas informações, é muito bom!!
Sim, mas e quanto à linguagem figurada? É a parte da "deusa"? Tive dúvidas quanto à linguagem figurada e repetições.
É um texto dissertativo porque o autor discorre sobre um assunto: A felicidade. Por que? porque felicidade são as palavras, são os termos que mais se repetem no texto. É tembém argumentativo porque o autor ao falar de felicidade não fala de forma neutra, ele expõe suas opiniões, seu ponto de vista sobre a felicidade. A linguagem figurada se remete ao modo de falar.
Ex: Eu estou com tanta fome que comeria um boi inteiro. Isso é uma linuagem figurada (uma metáfora, uma denotação).
Em relação ao texto: "em meio a uma vida que é dor, avidez e privação"; a felicidade seja uma feliciade"; instalar-se no limiar do instante"; etc. Essas são algumas linguagens figuradas do texto, que é fora do comum, bastante presentes nas poesias.
Espero ter ajudado!
Leonardo conte quantas vezes as palavras feliz e felicidade aparecem juntas no texto. Eu contei 11! Explicitamente10, porque uma está implícita por causa da elipse. Mas são 11! Há repetições que servem para enfatizar um argumento, que é o caso em tela. Outras são pleonasmos mesmo, repetições desnecessárias, que não ocorrem nesse texto!
Ah! A elipse está na linha 5: "tanto na menor como na maior felicidade (...)." Veja: "tanto na menor felicidade como na maior felicidade." Essa elipse serve para não haver o pleonasmo.
Espero ter ajudado! Comentário do Prof. Fabiano Sales: Devemos analisar o enunciado do examinador por três partes, quais sejam:
1ª) o texto dissertativo-argumentativo (subjetivo) tem como finalidade o desenvolvimento de um tema, sendo composto por opiniões do autor acerca do assunto. Baseia-se em argumentos que pretendem comprovar a tese do autor. Segundo o texto de Nietzsche, a tese é o grau incontestavelmente superior da ínfima felicidade, pois esta se faz sempre presente "A mais ínfima felicidade (...) está sempre presente e nos torna felizes, sendo incomparavelmente superior à maior de todas" (linhas 1-2), em comparação à maior felicidade de todas, que tem caráter episódico, esporádico: "(...) à maior (felicidade) de todas, que só se produz de maneira episódica" ;
2ª) existem alguns procedimentos argumentativos importantes para fazer o leitor concordar com aquilo que se diz num texto. Um deles, a comparação, é empregada pelo autor, através de linguagem figurada (metafórica), conforme percebemos no trecho "(...) como uma espécie de capricho, como uma inspiração insensata, em meio a uma vida que é dor, avidez e privação". Para facilitar a visualização, podemos reescrever "a vida é como uma dor, avidez e privação." ;
3ª) o texto se constrói em torno da palavra-chave "felicidade", repetida no decorrer da superfície textual, conforme podemos perceber nos trechos:
"A mais ínfima felicidade (...)"
"Tanto na menor como na maior felicidade, porém, há sempre algo que faz que a felicidade seja uma felicidade"
"durante todo o tempo que dura a felicidade"
Gabarito: Certo
Lendo as respostas dos colegas, constatei uma parte equivocada da colega [email protected].
Ela diz que uma metáfora tem sentido denotativo, quando na verdade é sentido conotativo. Sei que o comentário não é de suma importância para resolver a questão, mas talvez alguém que leia rapidamente grave aquele dado na cabeça e possa ser prejudicado de alguma forma.
DENOTAÇÃO: é o uso do signo em seu sentido real, ou seja, o uso da palavra em seu sentido original.
CONOTAÇÃO: é o uso do signo em sentido figurado, simbólico, ou seja, o uso da palavra lhe dando outro significado, que não o original; um sentido figurado.
FÉ EM DEUS QUE ELE É JUSTO! O texto e sim argumentativo pois segundo o autor somente e feliz quem consegue esquecer. Somente e feliz aquele que consegue perceber o momento de felicidade pelo qual esta passando e nao se importar com o passado infeliz. Complementando...
Exemplos de linguagem figurada
"Ele está se afogando nas suas preocupações." Esta frase deve ser interpretada no seu sentido figurado, porque não é fisicamente possível uma pessoa se afogar com uma preocupação. Neste caso, a frase significa que as preocupações do indivíduo estão limitando e prejudicando.
"Quando o Francisco chegou lá, ele deu com a cara no portão". Esta frase pode ser interpretada de duas formas: no sentido literal ou no sentido figurado. O sentido literal indica que o Francisco chegou no determinado local e bateu literalmente com a cara no portão. O sentido figurado não implica um choque físico, mas indica que quando o Francisco chegou lá, o portão estava fechado e ele não conseguiu entrar.
http://www.significados.com.br/linguagem-figurada/eu adorei o texto :)
Cara, que texto maravilhoso!!! Até me perdi no estudo!!! E que bom... não fui o único a perceber a beleza dele!!!
Errei a questão porque não consegui visualizar nada no sentido figurado.
Esse tal de sentido figurado é muito subjetivo, acho complicado perceber em determinados casos
Texto tão lindo que não enxerguei nada figurado...kkkkk
Gab: certo
Primeiro ponto: O texto caracteriza-se como predominantemente dissertativo- argumentativo ao fazer exposição do tema felicidade com uma argumentação clara,
Segundo ponto: o autor utiliza recursos discursivos diversos para construir sua argumentação, como, por exemplo, linguagem figurada e repetições. Podemos perceber nas seguintes passagens "aquele que não sabe instalar-se no limiar do instante..." "aquele que não sabe, como uma deusa da vitória, colocar-se de pé uma vez se quer, sem medo e sem vertigem..."