Na área social utilizam-se, com frequência, a pesquisa qual...

Questão sobre Estudo de Caso: Alternativa Correta - D

A questão aborda o tema do estudo de caso, uma estratégia metodológica amplamente utilizada na pesquisa qualitativa, especialmente na área social. É essencial compreender como essa abordagem se estrutura para realizar uma análise efetiva e obter dados significativos sobre fenômenos sociais complexos.

Estudo de Caso: é uma estratégia de pesquisa que foca em um fenômeno particular dentro de um contexto real. É frequentemente usado para investigar situações contemporâneas e permite o uso de múltiplos métodos de coleta de dados, como entrevistas, observações e análise de documentos. Essa variedade de abordagens enriquece a pesquisa ao proporcionar uma visão mais completa e detalhada do objeto de estudo. De acordo com Robert Yin, um dos principais teóricos sobre estudo de caso, essa metodologia é valiosa por sua capacidade de lidar com questões complexas que envolvem situações da vida real.

Justificativa para a Alternativa Correta (D):

A alternativa D é a correta porque descreve com precisão o que constitui um estudo de caso: uma investigação empírica de um fenômeno dentro de seu contexto da vida real, utilizando múltiplos métodos de coleta de dados. Esta abordagem é crucial para a compreensão aprofundada de fenômenos sociais, uma vez que leva em consideração a complexidade e a especificidade dos contextos estudados.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - A afirmação de que o estudo de caso é ateórico e baseado em senso comum está incorreta. Embora possa incorporar percepções do cotidiano, ele é profundamente embasado em teorias e utilizado dentro do campo científico para elucidar fenômenos específicos.

B - Esta alternativa é incorreta, pois o estudo de caso não deve ser rejeitado. Embora possa parecer menos formal do que outros métodos, sua base teórica é robusta e proporciona insights aprofundados que são valorizados em muitos campos de pesquisa.

C - A alternativa erra ao afirmar que só pode congregar o ponto de vista do pesquisador. Na verdade, um estudo de caso pode incluir múltiplas perspectivas, o que enriquece a análise e a interpretação dos dados.

E - A alternativa E apresenta uma descrição incorreta, pois um estudo de caso não estuda fenômenos descontextualizados; pelo contrário, ele se concentra no contexto real dos fenômenos e permite o uso de múltiplas fontes de evidência.

Para resolver questões como essa, é importante estar atento à descrição correta dos conceitos e à utilização de palavras-chave que indicam a metodologia e o propósito do estudo de caso. Procure sempre associar as definições teóricas aos exemplos práticos e contextos reais. Isso ajuda na identificação das alternativas corretas e evita confusões comuns.

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Um estudo de caso é uma história de um fenômeno passado ou atual, elaborada a partir de múltiplas fontes de provas, que pode incluir dados da observação direta e entrevistas sistemáticas, bem como pesquisas em arquivos públicos e privados (VOSS; TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002). É sustentado por um referencial teórico, que orienta as questões e proposições do estudo, reúne uma gama de informações obtidas por meio de diversas técnicas de levantamento de dados e evidências (MARTINS, 2008). Para Yin (2005, p. 32), “o estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real” adequado quando “as circunstâncias são complexas e podem mudar, quando as condições que dizem respeito não foram encontradas antes, quando as situações são altamente politizadas e onde existem muitos interessados” (LLEWELLYN; NORTHCOTT, 2007, p. 195). Martins (2008, p. 11) ressalta que “mediante um mergulho profundo e exaustivo em um objeto delimitado, o estudo de caso possibilita a penetração em uma realidade social, não conseguida plenamente por um levantamento amostral e avaliação exclusivamente quantitativa”. A abordagem de estudo de caso não é um método propriamente dito, mas uma estratégia de pesquisa (HARTLEY, 1994).

ESTUDO & DEBATE, Lajeado, v. 18, n. 2, p. 07-22, 2011
http://univates.br/revistas/index.php/estudoedebate/article/viewFile/30/196