Assim como a endometriose, a adenomiose continua sendo um d...
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O tema central desta questão é a adenomiose, uma condição ginecológica que, assim como a endometriose, apresenta desafios significativos em termos de etiopatogenia, diagnóstico, classificação e tratamento. Os conhecimentos necessários para resolver esta questão incluem a compreensão das características clínicas da adenomiose, suas formas de diagnóstico e opções de tratamento.
Vamos comentar a alternativa correta e as incorretas:
Alternativa C - Correta: A afirmação de que a parede uterina mais atingida é a posterior, mas que geralmente o útero é afetado de maneira difusa e irregular, é correta. Na adenomiose, a infiltração do endométrio no miométrio tende a ser difusa, afetando várias partes do útero de maneira irregular, o que caracteriza a condição.
Alternativa A - Incorreta: A adenomiose pode ocorrer em mulheres abaixo de 40 anos, embora seja mais comum em mulheres na quarta e quinta décadas de vida. Além disso, não é exclusivamente uma condição de mulheres multíparas, embora a paridade seja um fator de risco.
Alternativa B - Incorreta: O diagnóstico definitivo de adenomiose não é feito por histeroscopia. O diagnóstico é geralmente clínico e por exames de imagem, como a ressonância magnética ou ultrassonografia transvaginal, que são mais eficazes na identificação das alterações características da adenomiose.
Alternativa D - Incorreta: Os análogos do GnRH são, de fato, utilizados no tratamento da adenomiose, similar ao tratamento da endometriose. Eles ajudam a reduzir os sintomas da doença. A afirmação sobre o risco de necrose nas paredes do útero não é correta em relação ao uso desses medicamentos.
Alternativa E - Incorreta: A classificação da adenomiose não é feita em "superficial", e a descrição de afetar até 50% do miométrio não está correta. A extensão da invasão não é classificada dessa forma.
Conclusão: A alternativa correta é a C porque descreve adequadamente a característica difusa e irregular da adenomiose no útero. As demais alternativas contêm informações imprecisas ou incorretas sobre a condição.
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⚕️QUESTÃO SOBRE ADENOMIOSE
✅ALTERNATIVA CORRETA: [C] A parede uterina mais atingida é a posterior. Apesar disso, geralmente o útero é afetado de maneira difusa e irregular.
✏️JUSTIFICATIVA.
A adenomiose é uma condição em que o endométrio invade o miométrio, e sua manifestação clínica pode ser variável. A parede uterina mais comumente afetada é a posterior, mas o comprometimento pode ser difuso e irregular, afetando diversas áreas do útero. Essa distribuição pode ocorrer de maneira não uniforme, resultando em uma apresentação clínica variada. Embora a parede posterior seja mais frequentemente atingida, as manifestações da doença são muitas vezes em uma distribuição difusa, o que pode dificultar o diagnóstico. Além disso, a adenomiose é associada a sintomas como dor pélvica crônica, menorragia e dismenorreia.
⚠️ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS
❌ [A]: Sua incidência em mulheres abaixo de 40 anos de idade é quase inexistente. É uma doença da quarta e da quinta década de vida e apanágio de multíparas: A adenomiose pode afetar mulheres mais jovens, incluindo aquelas abaixo dos 40 anos, e não é restrita apenas à quarta e quinta décadas de vida ou apenas a mulheres multíparas.
❌ [B]: O diagnóstico definitivo, atualmente, é feito pela histeroscopia pela presença de orifícios em todas as paredes da cavidade uterina: O diagnóstico definitivo de adenomiose é feito por meio de exames de imagem, como a ressonância magnética, e não pela histeroscopia. A presença de orifícios não é característica diagnóstica dessa condição.
❌ [D]: Não pode ser tratada com análogos do GnRH pelo risco de necrose nas paredes do útero, ao contrário da endometriose: A adenomiose pode ser tratada com análogos do GnRH, que são usados para reduzir a produção de estrogênio e diminuir os sintomas. A afirmação sobre o risco de necrose não é um fator limitante para o uso de GnRH.
❌ [E]: É classificada em superficial, quando, a partir do endométrio, atinge até 50% do miométrio: A classificação da adenomiose não é baseada na extensão da invasão do miométrio até 50%, mas sim na profundidade e na extensão das lesões, podendo envolver toda a espessura do miométrio.
⏳RESUMO
A adenomiose afeta frequentemente a parede posterior do útero, mas sua distribuição é difusa e irregular. O diagnóstico é baseado em exames de imagem e o tratamento pode envolver o uso de análogos do GnRH.
‼️PONTOS CHAVE
◊ A parede posterior do útero é mais frequentemente afetada na adenomiose, mas a distribuição pode ser difusa.
◊ A adenomiose pode afetar mulheres abaixo dos 40 anos, não sendo exclusiva da quarta e quinta décadas.
◊ O diagnóstico definitivo é feito por exames de imagem, como a ressonância magnética.
◊ O uso de análogos do GnRH é uma opção terapêutica viável para a adenomiose, sem risco de necrose.
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