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Q2318809 Medicina
O câncer de colo do útero, também conhecido por câncer cervical, é uma doença de evolução lenta que acomete, sobretudo, mulheres acima dos 25 anos. O principal agente da enfermidade é o papilomavírus humano (HPV).
Antes de tornar-se maligno, o que leva alguns anos, o tumor passa por uma fase de pré-malignidade, denominada NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical), que pode ser classificada em graus I, II, III e IV de acordo com a gravidade do caso.
Sobre esse tema, conforme as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, assinale a afirmativa incorreta.
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A alternativa A é a opção incorreta na questão referente ao rastreamento do câncer do colo do útero, conforme as Diretrizes Brasileiras.

Vamos analisar o tema da questão, que é o rastreamento do câncer do colo do útero, uma prática essencial para a prevenção e detecção precoce da doença. Este rastreamento é feito principalmente através do exame de Papanicolau, que detecta alterações celulares no colo do útero.

Justificativa para a alternativa correta (A):

A afirmação na alternativa A está incorreta porque, segundo as diretrizes, mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ser monitoradas com maior frequência, ou seja, a cada 6 meses, e não a cada 12 meses. Isso se deve ao maior risco que essas mulheres têm de desenvolver lesões cervicais.

Análise das alternativas incorretas:

Alternativa B: Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero. Esta afirmação está correta, pois o principal fator de risco para o câncer cervical é a infecção pelo HPV, geralmente transmitido sexualmente.

Alternativa C: O rastreamento citológico em mulheres menopausadas pode levar a resultados falso-positivos devido à atrofia vaginal secundária ao hipoestrogenismo. Esta afirmação está correta, pois a atrofia pode dificultar a interpretação dos resultados do exame, levando a diagnósticos equivocadamente positivos.

Alternativa D: Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento. Esta afirmação está correta e está de acordo com as diretrizes, desde que esses exames anteriores tenham sido normais.

Alternativa E: O rastreamento em gestantes deve seguir as mesmas recomendações de periodicidade e faixa etária que para as demais mulheres. Esta afirmação está correta, pois a gravidez não altera a necessidade dos exames de rastreamento.

Assim, a alternativa A é a única que apresenta informação incompatível com as diretrizes estabelecidas.

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A questão aborda o rastreamento do câncer de colo do útero e as diretrizes para realizar o exame citopatológico em diferentes situações clínicas. A resposta correta é a alternativa A, e ela é considerada incorreta porque contradiz as recomendações atuais para o manejo de mulheres HIV positivas no que diz respeito ao rastreamento do câncer de colo do útero. Na prática, mulheres com HIV, independentemente da contagem de CD4+, devem ter um rastreamento mais frequente do que a população geral, devido ao maior risco de desenvolverem alterações cervicais pré-malignas e câncer cervical. A correção dos níveis de CD4+ é importante para a melhoria geral do sistema imunológico, mas não posterga a necessidade do rastreamento citológico, que normalmente é recomendado a cada 6 meses a 1 ano, e não apenas a cada 12 meses como mencionado. As outras alternativas (B, C, D e E) apresentam informações corretas com relação às diretrizes de rastreamento do câncer de colo do útero, como a não necessidade de rastreamento em mulheres sem atividade sexual, a consideração de falso-positivos em mulheres menopausadas, critérios para exclusão do rastreamento após histerectomia total por lesões benignas e a manutenção do rastreamento em gestantes seguindo as mesmas recomendações de periodicidade e faixa etária aplicadas a outras mulheres.

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