A expressão sublinhada abaixo pode ser substituída, sem a n...
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Ano: 2025
Banca:
OBJETIVA
Órgão:
Prefeitura de Horizontina - RS
Provas:
OBJETIVA - 2025 - Prefeitura de Horizontina - RS - Professor - Anos Iniciais
|
OBJETIVA - 2025 - Prefeitura de Horizontina - RS - Professor - Educação Infantil |
Q3278553
Português
Texto associado
O bem e o _________ do estrangeirismo
O terror dos puristas da língua em Portugal é um
youtuber nascido e criado no Engenho Novo, bairro da Zona
Norte do Rio de Janeiro: Luccas Neto. Dono do canal infantil
Luccas Toon, o carioca também é um hit entre as crianças
portuguesas. Em novembro do ano passado, um jornal
lisboeta publicou uma matéria reclamando que os miúdos
de lá estão cada vez mais a falar “brasileiro”, de tanto
assistir Luccas e outros influenciadores daqui.
“Dizem ‘grama’ em vez de relva, autocarro é ‘ônibus’,
rebuçado é ‘bala’, riscas são ‘listras’ e leite está na
‘geladeira’ em vez de no ‘frigorífico’”, alertou o jornal. “Os
educadores notam-no sobretudo depois do confinamento —
à conta de muitas horas de exposição a conteúdos feitos por
youtubers brasileiros.”
Pais e educadores portugueses estão preocupados,
mas talvez não devessem levar o caso tão a sério. Afinal,
mais do que o jeitinho de falar de sua antiga colônia, os
lusos usam e abusam de palavras do francês e do inglês — e
aí sem a mesma vergonha. O lado negativo do
estrangeirismo nem está exatamente na substituição de
termos, como rooftop no lugar de “terraço”, por exemplo. O
problema é quando, no ________ de pegar algo emprestado
de uma língua de fora, deturpamos a lógica da nossa. Um
exemplo? Brasileiros têm falado e escrito “eventualmente”
no sentido de “mais cedo ou mais tarde”, porque esse é o
significado de eventually (inglês). Só que o nosso
“eventualmente” sempre quis expressar uma possibilidade,
algo que pode ou não ocorrer ou que acontece
ocasionalmente.
O estrangeirismo, de qualquer maneira, é sempre
__________ quando facilita a comunicação. Se eu disser
para minha mãe, de 76 anos, que me atrasei para visitá-la
porque passei no shopping center para comprar um tablet
para minha filha, a senhorinha vai entender na hora. Ela
mesma tem um tablet — que não saberia chamar de outra
coisa, porque já ganhou com esse nome. E se, em vez de
shopping center, eu dissesse que fui a um “centro de
compras”, ela poderia ficar com a impressão de que fui a
qualquer lugar de bastante comércio… menos a um
shopping. Da mesma forma, não há brasileiro vivo que
ignore o sentido de trabalhar em home office. Um
“escritório em casa” soa esquisito. Já “home office” a gente
entende como uma alternativa ao trabalho presencial.
Os exageros no estrangeirismo tendem a passar,
como as paletas mexicanas, mas o uso que facilita a
comunicação vai vingar sempre. E a língua portuguesa no
Brasil — que os portugueses chamam pejorativamente de
“brasileiro” — vai continuar se enriquecendo com palavras e
expressões que não teriam como surgir por aqui.
Fonte: Superinteressante. Adaptado.
A expressão sublinhada abaixo pode ser substituída, sem
a necessidade de outras alterações e sem o prejuízo de
significado, por:
E a língua portuguesa no Brasil — que os portugueses chamam pejorativamente de “brasileiro” — vai continuar se enriquecendo com palavras e expressões que não teriam como surgir por aqui.
E a língua portuguesa no Brasil — que os portugueses chamam pejorativamente de “brasileiro” — vai continuar se enriquecendo com palavras e expressões que não teriam como surgir por aqui.