Para Fátima Grave Ortiz, a vinculação da profissão aos direi...

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Ano: 2015 Banca: UTFPR Órgão: UTFPR Prova: UTFPR - 2015 - UTFPR - Assistente Social |
Q610916 Serviço Social
Para Fátima Grave Ortiz, a vinculação da profissão aos direitos, e mais precisamente à sua garantia, pode gerar uma interpretação falaciosa dos reais limites da profissão, tendo em vista que a efetiva garantia de direitos sociais não se circunscreve a uma categoria profissional, mas à alteração do padrão político-econômico de determinada ordem societária. Dessa forma, o assistente social precisa entender que:
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Vamos entender a questão apresentada e a importância do tema para o serviço social. O texto de apoio sugere que a vinculação da profissão de assistente social aos direitos sociais deve ser analisada com cuidado, pois a garantia efetiva desses direitos não depende apenas de uma categoria profissional, mas de mudanças no padrão político-econômico da sociedade. Portanto, o assistente social deve compreender essas limitações para não desenvolver uma compreensão equivocada do alcance de sua atuação.

**Alternativa Correta: B**

A correta compreensão do papel do assistente social passa pela rejeição a uma visão messiânica e voluntarista da profissão. De acordo com Fátima Grave Ortiz, a vinculação direta e indireta à garantia de direitos, sem o reconhecimento das devidas mediações, leva a essa compreensão equivocada. O texto destaca a importância de entender que a efetivação de direitos depende de um contexto mais amplo, e não exclusivamente da atuação do assistente social.

Vamos analisar por que as outras opções estão incorretas:

Alternativa A: Essa opção sugere que a intervenção profissional deve abrir mão do compromisso com a garantia de direitos, o que não é compatível com o papel do assistente social. A profissão está, sim, comprometida com a defesa de direitos, mas isso deve ser feito considerando suas limitações e as condições objetivas de trabalho.

Alternativa C: Lutar pela defesa de direitos não significa que o assistente social tem o poder de garanti-los imediata ou mediatamente, já que isso depende de fatores externos à atuação profissional, como as políticas públicas e as estruturas sociais.

Alternativa D: Atribuir a garantia de direitos exclusivamente ao assistente social é um equívoco. Essa é uma responsabilidade que envolve múltiplas esferas e profissões, sendo uma tarefa coletiva e não privativa de uma única categoria profissional.

Alternativa E: A vinculação imediata da profissão à defesa dos direitos não reflete necessariamente uma concepção crítico-dialética. A formação profissional no serviço social busca entender os processos sociais como um todo e a atuação do assistente social deve estar ciente das mediações necessárias.

Em resumo, o assistente social precisa atuar em prol dos direitos, mas com a consciência das limitações e complexidades envolvidas, evitando uma visão simplista e sobrecarregada de sua prática.

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A vinculação direta e indireta à garantia de direitos, sem o reconhecimento e a incorporação das devidas mediações, tende a gerar uma compreensão messiânica e voluntarista da profissão, processo este historicamente, e em especial, rechaçado por suas vanguardas.

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