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Q3253544
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O verdadeiro sentido da vida
Na estúpida corrida para bater recordes de acumulação
de riquezas, o verdadeiro sentido da vida tende a ficar para
trás. Continua gozando de maior respeito um homem rico do
que um sábio. O primeiro é mais visível, possui acessórios
caros; impõe-se pela capacidade de comprar soluções; o segundo, por evitar comprá-las, pois não gera problemas. Um
mede seu êxito pelo tamanho da inveja que suscita; o outro,
pela arte de insuflar satisfação, pois ele compreendeu que
não é feliz quem mais tem, mas quem mais se satisfaz com
o que tem.
O novo milênio deverá promover o resgate da sabedoria
entre os seres humanos e, portanto, a capacidade de viver de
forma harmoniosa em relação tanto aos semelhantes quanto à natureza. Sinais dessa mudança se notam pela preocupação ainda tímida, mas já evidente, da “responsabilidade
social”, algo humano e ambientalmente correto que começa
a ser compreendido como fator fundamental e indissociável
das atividades econômicas.
Embora o lucro continue a ser condição básica, pois sem
ele nenhuma empresa consegue permanecer em atividade,
surge com vigor nas grandes corporações, e até nas pequenas empresas, a necessidade da ação correta, aquela que
distribui não apenas dividendos, mas ajudas ao desenvolvimento humano.
O desempenho de uma empresa passou a ser avaliado,
com intensidade crescente nos meios mais atentos, por um
conjunto de valores não apenas econômicos e não necessariamente materiais. Hoje, e ainda mais no futuro, a importância e as perspectivas de longevidade da empresa se atrelam
ao respeito de interesses difusos e à superação de sofrimentos humanos.
Mais vale uma empresa com um lucro modesto, mas com
papel definido de utilidade social, do que uma empresa com
um monumental lucro sem méritos sociais. A primeira terá
vida mais fácil que a outra, gozando de simpatia, de apoio, de
gratidão – valores imateriais que conspiram hoje, e conspirarão ainda mais no futuro, para o sucesso.
Quem compreender isso é um afortunado que distribuirá
meios para uma vida melhor.
(Vittorio Medioli. Em: https://www.otempo.com.br/opiniao,
28.09.2024. Adaptado)
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