A malformação cardíaca é a anomalia congênita isolada mais ...

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Q1088775 Medicina
A malformação cardíaca é a anomalia congênita isolada mais comum. A cada mil nascidos vivos (8 a 12) tem malformações cardíacas estruturais (estatística mundial). Há uma tendência maior em recém-nascidos pré-termo, principalmente de baixo peso e muito baixo peso. As cardiopatias congênitas são normalmente esporádicas e de etiologia multifatorial, cerca de 10% associam-se a síndromes clínicas, sendo a síndrome de Down a mais prevalente (40 a 50%). As cardiopatias congênitas podem ser classificadas em acianogênicas e cianogênicas. Nas cardiopatias cianogênicas, o sangue proveniente do retorno venoso sistêmico passa diretamente do coração direito para o esquerdo, sem passar pela circulação pulmonar (shunt direita-esquerda), por meio de uma comunicação entre os átrios, os ventrículos e as grandes artérias, resultando em insaturação do sangue arterial sistêmico e cianose central. Em relação a essas cardiopatias cianogênicas, podemos afirmar que:
Alternativas

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Alternativa Correta: C

O tema central da questão é a identificação e compreensão das características das cardiopatias congênitas cianogênicas, com foco na Tetralogia de Fallot e na Transposição de Grandes Artérias (TGA). Para resolver esta questão, é necessário conhecer a fisiopatologia dessas condições e suas implicações clínicas nos recém-nascidos.

Justificativa da Alternativa C: A alternativa correta é a C. Na Transposição de Grandes Artérias (TGA), o problema principal é que a aorta e a artéria pulmonar estão invertidas, fazendo com que o sangue oxigenado e o não oxigenado circulem em circuitos separados. Isso resulta em cianose nas primeiras horas de vida do recém-nascido, que pode ser fatal se não tratado imediatamente. O tratamento precoce é crucial para a sobrevivência do bebê, muitas vezes envolvendo um procedimento cirúrgico para corrigir a circulação.

Análise das Alternativas Incorretas:

A) A alternativa A descreve incorretamente a Tetralogia de Fallot. Enquanto a estenose pulmonar e a hipertrofia do ventrículo direito são características corretas, a cavalgamento da aorta e a presença de Comunicação Interventricular (CIV) (e não CIA, que é Comunicação Interatrial) são os achados clássicos. Portanto, a descrição está errada.

B) A fisiopatologia da Tetralogia de Fallot não é descrita corretamente. Na Tetralogia de Fallot, existe um desvio do sangue do ventrículo direito para a aorta devido à estenose pulmonar e à hipertrofia do ventrículo direito, mas não é como descrito na alternativa.

D) A alternativa D está incorreta porque o Ibuprofeno não é utilizado para manter o canal arterial aberto. Na realidade, utiliza-se Prostaglandina para manter o canal arterial patente em certas cardiopatias congênitas.

E) A alternativa E está equivocada. O teste da hiperoxia é utilizado para diferenciar causas pulmonares e cardíacas de cianose, e um resultado negativo indica que o problema não melhora com oxigênio, sugerindo uma cardiopatia congênita, o que pode ocorrer nos primeiros dias de vida.

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Comentários

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A alternativa correta é a C, que afirma que na Transposição de Grandes Artérias (TGA) com septo interventricular intacto, ocorre cianose nas primeiras horas de vida, podendo levar o bebê à morte se o tratamento não for iniciado de imediato. Na TGA, o sangue que deveria ser oxigenado nos pulmões passa diretamente para a circulação sistêmica, sem passar pelos pulmões. Isso ocorre porque as artérias pulmonares e a aorta estão trocadas de posição. Para o bebê sobreviver, é necessário fazer uma correção cirúrgica. O teste da hiperoxia, mencionado na alternativa E, não é usado para diagnóstico de cardiopatias cianogênicas e sim para detectar problemas no coração do recém-nascido. As outras alternativas apresentam informações incorretas sobre outras cardiopatias cianogênicas.

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