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Q3193645 Enfermagem
Um paciente de 56 anos com diagnóstico prévio de hipertensão arterial chega à unidade de saúde relatando cefaleia intensa e visão turva há 12 horas. Durante a avaliação, você identifica pressão arterial de 210/120 mmHg e suspeita de crise hipertensiva.

Marque a alternativa que descreve a conduta mais apropriada para esse caso:
Alternativas

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Alternativa correta: C - Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar para controle da pressão arterial com medicação intravenosa.

Tema central da questão: A questão aborda o manejo de uma crise hipertensiva, uma condição médica séria em que a pressão arterial sobe para níveis perigosamente altos, frequentemente resultando em danos a órgãos-alvo.

Relevância do tema: As crises hipertensivas são emergências médicas que requerem intervenção rápida para evitar complicações graves como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e danos renais. O conhecimento sobre o manejo correto dessas situações é crucial para profissionais de saúde.

Resumo Teórico: Em uma crise hipertensiva, a pressão arterial sistólica é superior a 180 mmHg e a diastólica superior a 120 mmHg, acompanhada de sintomas como cefaleia intensa e visão turva, indicando possível lesão aguda de órgãos. O tratamento adequado geralmente envolve a redução controlada da pressão arterial usando medicação intravenosa em um ambiente hospitalar.

Justificativa da alternativa correta: A opção C é correta porque a pressão arterial extremamente alta (210/120 mmHg) com sintomas de danos a órgãos-alvo requer tratamento imediato em um contexto hospitalar. O uso de medicação intravenosa permite uma redução controlada e segura da pressão arterial, minimizando o risco de complicações. Diretrizes como as da Sociedade Europeia de Cardiologia recomendam essa abordagem para emergências hipertensivas.

Análise das alternativas incorretas:

A - Administrar captopril sublingual e reavaliar após 30 minutos: Embora o captopril possa ser usado para reduzir a pressão arterial, sua administração sublingual não é adequada para crises hipertensivas graves, pois não garante a rapidez e a segurança necessárias.

B - Orientar repouso domiciliar e reduzir o consumo de sódio: Esta opção subestima a gravidade da situação. Repouso e mudança dietética são estratégias a longo prazo e não adequadas para uma emergência médica.

D - Solicitar exames laboratoriais antes de qualquer intervenção terapêutica: Em situações de crise hipertensiva, a intervenção imediata é crucial. Exames laboratoriais podem ser realizados simultaneamente ao tratamento, mas não devem atrasar a intervenção urgente.

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Comentários

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A alternativa C está correta.

Alternativa A: Incorreta.

Embora o captopril sublingual possa ser utilizado para crise hipertensiva sem sinais de lesão de órgão-alvo, sua administração em casos de emergência hipertensiva (quando há comprometimento de órgãos, como cérebro, coração ou rins) não é segura. Além disso, a redução abrupta da pressão arterial pode causar isquemia cerebral, coronariana ou renal.

Alternativa B: Incorreta.

Apenas orientar repouso e redução de sódio não é uma conduta adequada em uma crise hipertensiva com PA de 210/120 mmHg e sintomas como cefaleia intensa e visão turva, pois há risco de complicações graves, como AVC e dissecção aórtica.

Alternativa C: Correta.

O paciente apresenta suspeita de emergência hipertensiva, caracterizada por pressão arterial extremamente elevada com sintomas neurológicos (cefaleia intensa e visão turva), sugerindo possível lesão de órgão-alvo. Nesses casos, a conduta correta é encaminhamento imediato ao hospital para controle da pressão arterial com medicações intravenosas, como nitroprussiato de sódio, labetalol ou nicardipina, sempre com redução gradual da PA para evitar hipoperfusão de órgãos.

Alternativa D: Incorreta.

Embora exames laboratoriais sejam importantes para avaliar possíveis lesões de órgãos-alvo, a intervenção terapêutica não pode ser adiada em uma situação de emergência hipertensiva. O controle da PA deve ser iniciado imediatamente em ambiente hospitalar.

  1. Diferenciar urgência e emergência hipertensiva:
  • Urgência hipertensiva: PA muito elevada, sem lesão de órgão-alvo → pode ser tratada com medicação oral.
  • Emergência hipertensiva: PA elevada com sinais de comprometimento de órgãos → requer medicação intravenosa e internação.
  1. Encaminhar para hospital se houver suspeita de emergência hipertensiva.
  2. Iniciar controle da PA de forma segura (não reduzir mais que 25% nas primeiras horas).

Alternativa C – Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar para controle da pressão arterial com medicação intravenosa.

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