No que se refere à colocação pronominal, assinale a alterna...
Texto 1 - O egoísmo por detrás do eu lírico
Natália Cola de Paula
É sabido que a arte da escrita tem a virtude de criar, eternizar, denunciar e embelezar a vida. Ademais, é clichê dizer o quanto ela transmite conhecimento, histórias, momentos e sentimentos, fazendo-nos viajar sem sair do aconchego de nossas casas. Enfim, a escrita tem todas essas funções e características, mas é sob outro prisma que será abordada neste artigo. “A priori”, vamos analisar a escrita como instrumento de comunicação, com a existência de dois polos: o do emissor da mensagem, que é o escritor, e o do receptor, nosso caro leitor. Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor, aquele que a recebe, interpreta e extrai dela o que lhe aprouver. Porém, pouco se menciona a respeito dos reflexos que essa mensagem exerce sobre o autor, sobre o próprio escritor. É olhando através desse prisma que analisaremos a escrita.
Primeiramente, o poeta ou o escritor tem seu lado altruísta, quer sim ser lido, deseja alcançar um elevado número de leitores, sonha que seu texto inspire e mude a vida de alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o coração. Mas o que poucos sabem é que o poeta é também egoísta, ele escreve, em primeiro lugar, para si, para sanar suas necessidades. Como assim? Quais necessidades são essas? Muito simples, necessidade de expressar-se, de desabafo, de descargo emocional, de fuga do mundo externo, de abrigo na arte. Antes de mais nada, os autores são seres humanos, não estão isentos dos problemas cotidianos, das dores, das tristezas e nem do amor. Logo, eles buscam na escrita alento, ou usam-na como crítica social, denunciadora do que veem e sentem. De todo modo, os autores, como seres humanos, pais, filhos, alunos, cidadãos, apaixonados e profissionais que são, precisam da escrita mais, talvez, do que ela precisa deles para existir. É esse o ponto essencial de tal artigo, fazê-los compreender que a escrita é a vida pulsando no escritor, sem ela, ele simplesmente não vive, pois não se expressa.
(...)
Há uma bela reflexão feita por Clarisse Lispector que exprime exatamente o caráter egoístico, mas nem por isso desnobrecedor, do eu lírico dos autores. “Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida” (Clarisse Lispector - Um sopro de vida). Certamente, os autores escrevem para salvarem-se de si mesmos e das pressões do mundo, escrevem para se entenderem; organizam pensamentos, opiniões, críticas e amores que estão lhe atormentando o juízo, cuja transposição para o papel parece ser seu álibi. Dessa forma, o autor é tão dependente da escrita quanto ela desse. O eu lírico do poeta, por exemplo, necessita da poesia para sobreviver, não apenas a faz por hobby ou prazer, a faz porque ela o mantém vivo, e sem ela, o poeta, nada mais é do que um mero mortal sem identidade. Fazendo uma analogia, a poesia está para o poeta como a lágrima está para aquele que sofre. Ambas têm o poder de afagar o coração, propiciar aquela sensação de alívio e descarregar um peso que cansava a alma. O choro não é sinônimo de tristeza, mas sim de liberdade, assim como a poesia, que liberta o poeta de suas próprias amarras, trazendo-o à luz de fora da caverna. Portanto, a poesia é para o poeta e o texto é para o escritor, pura liberdade, pura identidade, pura vida transposta em palavras.
Fonte: adaptado de <http://obviousmag.org/realidades_sonhos/2017/o-egoismo-por-detras-do-eu-lirico.html>. Acesso em: 10 jan. 2018.
Gabarito: Letra A.
Regra de colocação pronominal:
a) "Muito fala-se [...]" - Colocação proclítica em razão da atratividade forte do advérbio curto muito. GABARITO
b) "[...] que lhe abra [...]" - Colocação proclítica em razão da atratividade forte da conjunção integrante "que".
c) [...] não se expressa." - Colocação proclítica em razão da atratividade forte da particula de sentido negativo.
d) "[...] não apenas a faz [...]" - Colocação proclítica em razão da atratividade forte da particula de sentido negativo.
e) "[...] amarras, trazendo-o à luz [...]" - Colocação enclítica em razão da vírgula anterior ao verbo trazer.
Quando temos advérbio, ele atrai o pronome obliquo, gerando a próclise
Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)”
Meus amigos eu pensei dessa forma
De quem é que se ( falam ) e não de quem e que se (fala)
Abraços !! Tamojuntoemisturado.
Regra: O pronome oblíquo fica juntinho do advérbio ou de palavras negativas:
Nada me faz querer sair dessa cama;
Muito se fala dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leito.
Resposta: Letra A.
LETRA A.
FATORES QUE REJEITAM A ÊNCLISE:
- PALAVRAS NEGATIVAS.
- ADVÉRBIOS.
- PRONOMES INTERROGATIVOS, DEMONSTRATIVOS, RELATIVOS E INDEFINIDOS
- CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA.
- EXCLAMATIVAS OU OPTATIVAS
- EM+GERÚNDIO.
- VERBOS NO FUTURO.
- VERBOS NO PARTICÍPIO.
Boa tarde,guerreiros e gurreiras do QC!
CASOS OBRIGATÓRIOS DE PRÓCLISE
> Negativas(não,nunca,jamais,ninguém..)
>Advérbio--> oontem,hoje,sempre,muito. (sem vírgula ou outro sinal de pontuação)
>Relativos-->(onde,que,cujo..)
>Indefinido-->(outro,alguém,tudo,nada)
>Subordinadas(conjunções)
>DEmonstrativos( esse,essa,este,esta,isto,aquele..)
>Gerundio + EM( em se tratando)
> Optativas(Deus lhe pague)
Obs. casos de expressões intercaladas
>> próclise obrigatória
>>ignora-se a expressão
Ex. "mesmo quem,diante de situações precárias,se aproveita."(entendimento cespe-caiu na prova da Anvisa).
MUITO PALAVRA ATRATIVA PROCLISE
Gab letra A: “Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)” ERRADO.
“Muito se fala dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)” - CORRETO
Próclise: antes do verbo
Mesóclise: meio do verbo
Ênlise: depois do verbo.
LETRA A
Caso de próclise. Palavras negativas, ATRAEM os pronomes.
Letra A = O correto seria Muito se fala dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)
Pois depois de advérbios sem pausa usa-se próclise.
MUITO -> ADVÉRBIO CURTO (sem vírgula) É ATRATIVO E SERÁ OBRIGATÓRIO NO CASO DE PRÓCLISE.
“Muito SE fala dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)”
GABARITO: Letra A.
[GABARITO: LETRA A]
► O pronome oblíquo átono pode ocupar três posições em relação ao verbo com o qual se relaciona: a ênclise (depois do verbo); a próclise (antes do verbo); e a mesóclise (dentro do verbo). Por ser uma partícula átona, não inicia oração e, entre os verbos de uma locução, liga-se a um deles por hífen.
PRONOMES ATÓNOS: - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s);
PRÓCLISE
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem o pronome:
1. Palavras que expressam negação tais como “não, ninguém, nunca”:
Não o quero aqui. / Nunca o vi assim.
2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos (alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, isto…):
Foi ela que o fez. / Alguns lhes deram maus conselhos. / Isso me lembra algo.
3. Advérbios ou locuções adverbiais:
Ontem me disseram que havia greve hoje. / Às vezes nos deixa falando sozinhos.
4. Palavras que expressam desejo e também orações exclamativas:
Oxalá me dês a boa notícia. / Deus nos dê forças.
5. Conjunções subordinativas:
Embora se sentisse melhor, saiu. / Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
6. Palavras interrogativas no início das orações:
Quando te deram a notícia? / Quem te presenteou?
MESÓCLISE
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que atraiam a próclise:
Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do presente: orgulharei);
Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no futuro do pretérito: orgulharia).
ÊNCLISE
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso acontece quando a oração contém palavras que atraem esse tipo de colocação pronominal:
1. Verbos no imperativo afirmativo:
Depois de terminar, chamem-nos. / Para começar, joguem-lhes a bola!
2. Verbos no infinitivo impessoal:
Gostaria de pentear-te a minha maneira. / O seu maior sonho é casar-se.
3. Verbos no início das orações:
Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. / Surpreendi-me com o café da manhã.
TODA MATÉRIA.
Para responder a esta questão, exige-se conhecimento em colocação pronominal. Vejamos o conceito:
Os pronomes pessoais oblíquos átonos me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e vos podem estar em três posições ao verbo ao qual se ligam.
Próclise é antes do verbo⇾ Nada me faz tão bem quanto passar em concurso.
Mesóclise é no meio do verbo⇾ Abraçar-lhe-ei…
Ênclise é após o verbo⇾ Falaram-me que você está muito bem
Após vermos o conceito e os exemplos, iremos indicar qual assertiva que possui a posição do pronome oblíquo de forma incorreta. Vejamos:
a) Incorreta.
“Muito fala-se dos desdobramentos e reflexos dessa mensagem no leitor (...)”
A palavra "muito" é advérbio de intensidade que, por conseguinte, atrai o pronome para posição proclítica. O correto é "Muito se fala..."
b) Correta.
“(...) sonha que seu texto inspire e mude a vida de alguém, ou apenas que lhe abra um leve sorriso e aquiete o coração.”
A partícula "que" atrai o pronome para posição de próclise.
c) Correta.
“(...) sem ela, ele simplesmente não vive, pois não se expressa.”
A palavra "não" é um advérbio de negação que, por conseguinte, atrai o pronome para posição proclítica.
d) Correta.
“O eu lírico do poeta, por exemplo, necessita da poesia para sobreviver, não apenas a faz por hobby ou prazer (...)”
A palavra "apenas" é um advérbio de intensidade que, por conseguinte, atrai o pronome para posição proclítica.
e) Correta.
“(...) assim como a poesia, que liberta o poeta de suas próprias amarras, trazendo-o à luz de fora da caverna.”
Em verbos conjugados em qualquer tempo que não seja o futuro do indicativo após a vírgula, usa-se próclise.
Gabarito: A
A) próclise obrigatória devido a palavra atrativa, Advérbio (muito), antes do verbo