O ensino da arte vem passando por transformações radicais, q...

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Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SESI-SP
Q1206495 Pedagogia
O ensino da arte vem passando por transformações radicais, que têm origem nas mudanças ocorridas no processo da educação em geral, nas mudanças próprias do mundo da arte, bem como nas da sociedade em sua totalidade, ocorridas durante o século XX. Portanto, há muitas inter-relações que engendram as transformações que se fazem visíveis na disciplina arte. Ao enfocar essas transformações, pretende-se enfatizar as questões relativas à presença (ou não) da imagem na sala de aula.   Até meados do século XIX, acredita-se que a aprendizagem em arte se dava pela imitação, pelas percepções e idéias que o aprendiz captava do seu meio. A educação se realizaria pela instrução. Ao nascer, o ser humano seria como uma folha em branco, onde as informações, e a própria cultura, seriam inscritas, seguindo os pressupostos do empirismo. Por isso não havia preconceito algum em usar imagens como modelo para a produção da arte.
Maria Helena Wagner Rossi. A presença da imagem na sala de aula. In: Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003 (com adaptações)
Ainda com relação à presença da imagem em sala de aula e tendo em vista o assunto abordado no texto, assinale a opção correta.
Alternativas

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A alternativa correta é a C - "Na leitura e apreciação de uma obra de arte, o aluno passa a compreendê-la e, consequentemente, a interpretá-la".

Para abordar essa questão, é importante ter em mente que a educação em arte evoluiu significativamente ao longo do tempo, integrando diversas perspectivas e práticas. Na visão contemporânea, a arte na educação é vista como uma área de conhecimento que pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social do aluno. Por meio da apreciação, da crítica e da produção artística, o aluno é estimulado a desenvolver sua própria compreensão e interpretação da arte.

Ao falarmos da leitura de uma obra de arte em sala de aula, estamos nos referindo a um processo dinâmico em que o aluno interage com a obra, trazendo suas experiências, conhecimentos prévios e percepções pessoais. Esta interação permite que o aluno construa significados e compreenda a obra em um contexto mais amplo, que inclui aspectos históricos, culturais, estéticos e técnicos. O papel do professor, nesse processo, é o de mediador, facilitando o diálogo e o pensamento crítico, mas sem impor sua própria interpretação como predominante.

A justificativa para a alternativa C ser a correta reside no fato de que a leitura e apreciação de uma obra de arte no ambiente educacional promovem a compreensão e a interpretação da obra por parte do aluno. Esta prática está alinhada com os princípios da educação contemporânea, que estimulam a autonomia intelectual e a capacidade de pensar criticamente. Dessa maneira, o aluno não só aprecia a obra artisticamente, mas também aprende a relacioná-la com o seu próprio mundo e a realidade que o cerca.

As demais alternativas falham ao reconhecer o papel ativo do aluno na interpretação da arte e ao sugerir que a interpretação é desconectada do mundo do aluno (alternativa A), que a leitura da obra é dominada pela perspectiva do professor (alternativa B), ou que a obra deve ser abordada de maneira simplista (alternativa D). Estas visões não correspondem ao entendimento atual de que a educação em arte é um processo interativo e complexo, que envolve múltiplas dimensões da experiência humana.

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Comentários

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C

Na leitura e apreciação de uma obra de arte, o aluno passa a compreendê-la e, conseqüentemente, a interpretá-la.

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