O Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) aglutina t...
O Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) aglutina todo o conhecimento técnico necessário à elaboração de orçamentos de obras e serviços no âmbito do DNIT. Com referência ao SICRO, julgue o seguinte item.
São exemplos de custos indiretos: instalação do canteiro de
obras, custos com a administração do local, aluguel da sede
da empresa, equipamentos, mobilização e desmobilização do
canteiro, seguros e despesas tributárias.
Gabarito: ERRADO.
Creio que "equipamentos" sejam custos diretos.
2.5.2. Custo Indireto
Custo indireto de uma obra é o custo de toda a infraestrutura necessária para a sua execução e corresponde à soma dos custos auxiliares de apoio, tais como:
Instalação e manutenção de canteiros de obras,
Alojamentos,
Instalações industriais,
Administração local,
Mobilização e desmobilização de equipamentos e pessoas.
Fonte: Manual SICRO - Volume 1.
O SICRO adaptou-se ao Ac. 2622/2013-P do TCU que considera canteiro de obras e administração local da obra como custos DIRETOS.
Além disso, equipamentos são custos diretos, estando seus custos contidos nas composições unitárias dos serviços
Antes de responder a questão, vale trazer a diferença entre o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) e o Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (SICRO). Esses são temas bastante cobrados em provas.
De acordo com o Art° 3 e o Art°4 do DECRETO Nº 7.983, DE 8 DE ABRIL DE 2013:
- O custo global de referência de obras e serviços de engenharia será obtido a partir das composições dos custos unitários, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do SINAPI.
- O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir das composições dos custos unitários, menores ou iguais os seus correspondentes nos custos unitários de referência do SICRO.
Agora falando especificamente da composição do SICRO, em sua seção 3.1, descrita a seguir no Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes, é definido o que são custos diretos e indiretos:
“3.1.1 Custo Direto
Custo direto de uma obra é o resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários à sua execução. É obtido pelo produto das quantidades de insumos (equipamentos, mão de obra, materiais, atividades auxiliares e transportes) empregados nos serviços pelos seus respectivos custos.
3.1.2 Custo Indireto
Custo indireto de uma obra é o custo de toda infraestrutura necessária para a sua execução e corresponde à soma dos custos auxiliares de apoio, tais como instalação e manutenção de canteiros de obras, alojamentos, instalações industriais, administração local, e mobilização e desmobilização de equipamentos e pessoas."
Além dos custos diretos e indiretos, para calcular o preço de venda é necessário calcular a taxa do BDI (Benefício e Despesas Indiretas).
O BDI, presente nas duas metodologias SINAPI e SICRO, é um percentual composto de gastos que não estão relacionados com a execução direta da obra, mas que representarão parte do custo da obra para o construtor, e por isso devem ser incorporadas no preço de venda.
Dentre os itens que compõem o BDI, podemos citar:
. administração central (gastos com a sede)
. imprevistos e contingências
. custo financeiro
. seguro
. risco
. lucro e impostos (tributos)
Voltando ao enunciado da questão, concluímos que a resposta está ERRADA.
São exemplos de custos indiretos apenas a instalação do canteiro de obras, custos com a administração do local, mobilização e desmobilização do canteiro.
O aluguel da sede da empresa, seguros e despesas tributárias fazem parte do BDI. Já o custo de equipamentos é parte do custo direto.
Gabarito do professor: ERRADO.
FONTES:
BRASIL, DECRETO Nº 7.983, DE 8 DE ABRIL DE 2013. Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências.
Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Coordenação-Geral de Custos de Infraestrutura de Transportes. Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes. 1ª Edição - Brasília, 2017.
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