Acerca do colonialismo, do imperialismo e das políticas de d...

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Q3105310 História
Acerca do colonialismo, do imperialismo e das políticas de dominação nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item seguinte.
O incremento de tarifas protecionistas na Europa ao final do século XIX não só transformou economias nacionais em economias rivais, como também explicitou a convergência entre política e economia por meio da ação do Estado, o que estimulou a corrida neocolonial.
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O aumento das tarifas protecionistas na Europa ao final do século XIX intensificou a competição entre as potências, ao dificultar a entrada de produtos estrangeiros e favorecer a indústria nacional. Essa política econômica protecionista, associada ao fortalecimento do Estado, impulsionou a busca por mercados externos e matérias-primas, especialmente na África e na Ásia, consolidando a corrida neocolonial. A atuação dos Estados europeus no processo imperialista visava garantir posições econômicas e políticas privilegiadas, levando à partilha colonial. Assim, a relação entre economia e política se tornou cada vez mais evidente, com os governos promovendo políticas externas expansionistas que beneficiavam suas economias internas.


Gabarito - CERTO


Indicação Bibliográfica:


do Nascimento Barbosa, Wilson. "Neocolonialismo: Um Conceito Atual?." Sankofa (São Paulo) 4.8 (2011): 7-11.

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Gab: Certo

O neocolonialismo foi um fenômeno relacionado com o avanço da indústria no século XIX. Nesse período, a Europa passava pela Segunda Revolução Industrial, marcada por um grande desenvolvimento tecnológico. Além disso, esse novo ciclo de desenvolvimento industrial ficou marcado por uma aceleração expressiva da produção.

Esse contexto de desenvolvimento industrial das nações europeias trouxe algumas grandes necessidades. Os países europeus necessitavam de matérias-primas para dar continuidade à produção, e muitas dessas matérias-primas não eram encontradas em quantidades satisfatórias na Europa. Era, portanto, necessário trazê-las de outros locais.

A obtenção dessas matérias-primas deveria ser realizada com mão de obra barata e que não estivesse politicamente organizada em sindicatos, como na Europa. Além disso, a produção acelerada de mercadorias trouxe a necessidade por mercados consumidores, pois a Europa sozinha não conseguia absorver toda a produção industrial. Era necessário obter mais mercados consumidores para essas mercadorias. É nesse cenário que se desenvolveu o neocolonialismo.

A necessidade por matérias-primas, mercados consumidores e mão de obra barata fez com que as potências industriais europeias vissem nos continentes africano e asiático os locais perfeitos para obter tudo isso. Esse avanço colonial foi realizado pelos Estados europeus.

No final do século XIX, a Europa experimentava uma série de mudanças estruturais, que incluíam o crescimento das economias industriais e o aumento da produção em massa. Para proteger suas economias emergentes e garantir mercados internos para seus produtos, muitos países europeus começaram a impor tarifas protecionistas — ou seja, aumento de impostos sobre importações, com o objetivo de proteger a indústria local da concorrência externa, especialmente das potências industriais em ascensão, como os Estados Unidos e a Alemanha.

Essas tarifas, como as estabelecidas pela Lei de Tarifas McKinley (1890) nos EUA e a tarifa inglesa (1897), transformaram economias nacionais em economias rivais, já que cada nação procurava maximizar suas exportações e proteger seu mercado interno, gerando tensões comerciais. Isso levou à crescente rivalidade econômica, onde cada país tentava dominar mercados internacionais e expandir suas esferas de influência.

Esse cenário de tarifas protecionistas também levou a uma maior interação entre a política e a economia, com os Estados nacionais intervindo ativamente nas economias para proteger seus interesses comerciais e industriais. Nesse contexto, o Estado passou a ter um papel central no planejamento econômico, adotando políticas industriais e comerciais que favoreciam grandes corporações e conglomerados industriais. Isso também significava maior controle sobre as colônias, já que o poder colonial podia servir para garantir matérias-primas baratas e novos mercados para os produtos manufaturados.

A ideia de um "imperialismo de Estado" foi ganhando força, com grandes potências como o Reino Unido, França, Alemanha e Bélgica avançando em busca de novos territórios para explorar. A corrida neocolonial (ou imperialismo moderno) passou a ser impulsionada pela busca por mercados consumidores, fontes de matérias-primas e espaço para investimentos de capital.

PMAL/2025

SERTÃO!!!

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