Em uma determinação de cálcio por fotometria de chama, uma ...

Vamos analisar a questão sobre a determinação do teor de cálcio em uma amostra de água mineral utilizando fotometria de chama. Este método é amplamente utilizado para determinar a concentração de metais em amostras líquidas, devido à sua precisão e sensibilidade.

Alternativa correta: D - 58,97 mg.L^–1

A questão nos apresenta dois resultados para a concentração de cálcio: antes da contaminação com lantânio (15,81 mg.L^–1) e após (58,97 mg.L^–1). O lantânio é frequentemente usado em análises de cálcio para minimizar interferências, principalmente de fosfatos, ao formar complexos que estabilizam a chama e permitem uma leitura mais precisa. Assim, o resultado mais confiável é o obtido após essa adição, justificando a escolha da alternativa D.

Explicação para a escolha da alternativa correta: O uso de lantânio na amostra ajuda a lidar com interferências que podem mascarar a verdadeira concentração de cálcio. Como a medição mais precisa foi obtida após a adição do lantânio, o valor correto do teor de cálcio é de 58,97 mg.L^–1.

Análise das alternativas incorretas:

A - 15,81 mg.L^–1: Esse valor corresponde à leitura inicial, antes da correção por interferências. Portanto, não é o resultado mais preciso.

B - 37,39 mg.L^–1 e C - 43,16 mg.L^–1: Esses valores não aparecem nas medições realizadas e parecem ser resultados intermediários hipotéticos ou calculados de maneira incorreta.

E - 74,78 mg.L^–1: Este valor é superior ao obtido após a correção e não corresponde a nenhuma das leituras feitas na questão.

Estratégias para interpretação: Ao resolver questões como esta, é importante identificar a função dos aditivos ou reagentes usados nas análises químicas, como o lantânio, que serve para melhorar a precisão das medições ao reduzir interferências. Ao saber disso, é mais fácil identificar qual leitura reflete a concentração real do elemento em questão.

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O lantânio é um agente liberador, reage com as impurezas de modo a deixar o analito livre para ser analisado. Se a concentração é alterada na presença de lantânio, é porque o último valor é o mais confiável.

O cálcio tende a formar óxidos refratários que são resistentes à atomização em chama ar/acetileno. O resultado dessa interferência é uma menor atomização do cálcio, fazendo com que a concentração observada seja inferior à concentração real. Portanto, a concentração de 15,81 mg∙L –1 obtida antes da adição de lantânio está subestimada. A interferência da formação de óxidos refratários de cálcio pode ser solucionada de três maneiras: 1. Utilização de uma chama mais quente como a chama de óxido nitroso/acetileno; 2. Adição de EDTA às amostras; 3. Adição de lantânio ou de estrôncio às amostras. O lantânio forma óxidos refratários preferencialmente ao cálcio. Por isso, em uma solução que o lantânio esteja em excesso, apenas esse metal formará compostos estáveis e o cálcio estará livre para ser atomizado. Como se vê, a concentração 58,97 mg∙L –1 obtida após a adição de lantânio é o teor de cálcio real.

Resposta: letra D 

Diego Souza

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