O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do...
Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.
É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".
Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?
(Manuel Praxedes de Sá, inédito)
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Gabarito comentado
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Interpretação da Questão: A questão pede que o aluno preencha a lacuna com a forma correta do verbo no plural. O tema central é a concordância verbal, mais especificamente a concordância entre o verbo e o sujeito da oração.
Alternativa Correta: A alternativa D - "A pouca gente ocorre agradecer aos cozinheiros que já lhe satisfazer o paladar." - está correta porque o verbo "satisfazer" deve ser conjugado na forma plural "satisfizeram", uma vez que se refere a "cozinheiros", que está no plural. Assim, a frase correta seria: "A pouca gente ocorre agradecer aos cozinheiros que já lhes satisfizeram o paladar."
Justificativa das Alternativas Incorretas:
A - "Não se costumar reconhecer em palavras mais diretas a elegância da exatidão." - Aqui, o verbo "costumar" deveria ser usado na forma plural "costumam", pois o sujeito é impessoal e a concordância deve ser feita no plural neste contexto.
B - "Por que não se admitir que as aulas de uma professora substituta possam ser excelentes?" - O verbo "admitir" também deveria ser em plural, "admitirem", uma vez que se refere a "aulas", que está no plural.
C - "Nas lições que caber à substituta ministrar, ela demonstrou toda a sua competência." - O verbo "caber" na frase não está correto no contexto, pois deveria ser "cabem", referindo-se às "lições", que estão no plural.
E - "Dificilmente os elogios que se fazem ao proprietário de um restaurante chegam a quem fazer por merecê-los." - O verbo "fazer" também precisa estar no plural, "fizeram", para concordar com o sujeito oculto que se refere a "quem".
Conclusão: A opção D é a única que respeita a concordância verbal corretamente, ao se referir a "cozinheiros", que está no plural.
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Comentários
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GABARITO D
a) Não se costuma...
b) Porque não se admite...
c) Nas lições que cabe à substituta ministrar...
d) A pouca gente ocorre agradecer aos cozinheiros que já lhe satisfizeram o paladar.
e) ...a quem faz por merecê-los.
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