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Q1090555 Serviço Social
Apesar dos avanços da Assistência Social em termos de implementação de um sistema descentralizado e participativo, que considera a dimensão territorial e as proposições da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), esta é uma política que enfrenta dificuldades para superar algumas de suas características históricas como a residualidade e o apelo por ações clientelistas. No que diz respeito às armadilhas conceituais presentes na política de assistência social, o retorno à família e às organizações sem fins lucrativos como agentes do bem-estar são conceitos fortemente influenciados pela perspectiva
Alternativas

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Vamos analisar a questão apresentada:

A alternativa correta é: E - da integração social.

Tema central da questão: A questão aborda os desafios históricos enfrentados pela política de Assistência Social no Brasil, em especial a questão da residualidade e do clientelismo. Esses desafios estão relacionados ao retorno à família e às organizações sem fins lucrativos como os principais agentes do bem-estar social, o que interfere na ideia de integração social.

Base teórica: A Assistência Social no Brasil é guiada pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que estabelece um sistema descentralizado e participativo. Contudo, a política ainda lida com características históricas, como a forte dependência de organizações sem fins lucrativos e da família, o que afeta a promoção da cidadania plena e da integração social dos indivíduos. A perspectiva da integração social busca promover o bem-estar de forma inclusiva, sem discriminações, e assegurando direitos sociais a todos.

Justificativa da alternativa correta (E - da integração social): A integração social visa assegurar que todas as pessoas tenham acesso igualitário aos serviços e direitos básicos, diminuindo a dependência de organizações externas e familiares. A questão destaca como a Assistência Social, ao retornar a esses agentes tradicionais, acaba reforçando uma abordagem assistencialista, em vez de promover a plena cidadania e inclusão social. Esse contexto está intimamente ligado à tentativa de integração social, que busca superar a assistência puramente paliativa.

Análise das alternativas incorretas:

  • A - do protagonismo de classe: Este conceito refere-se à luta das classes trabalhadoras por seus direitos e protagonismo nas relações sociais e políticas. Não se relaciona diretamente ao contexto de retorno à família e ONGs como agentes de bem-estar.
  • B - da transformação social: Refere-se a mudanças significativas nas estruturas sociais e econômicas. Embora desejável, a transformação social não é o foco principal do desafio descrito na questão.
  • C - de padronização dos direitos: A padronização implica na uniformização de direitos, o que não é o caso discutido, uma vez que o problema é a descentralização e dependência de agentes externos à política estatal.
  • D - do interesse do Estado: Se refere às ações voltadas para a manutenção do status quo ou para o controle social. No entanto, a questão aponta para a dependência de agentes que não são estatais, como a família e ONGs.

A análise detalhada das alternativas e do tema central ajuda a entender como as políticas de assistência social podem ser aprimoradas para garantir uma verdadeira integração social, indo além das soluções residuais e clientelistas.

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Comentários

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Reposta: E

olá, alguém teria uma explicação mais detalhada, para essa resposta?

Que retorno é esse?

É a responsabilização da família, organizações sem fins lucrativos, ONG’s, organizações filantrópicas, as quais se posicionam como agentes do bem estar, passando a “substituir” o Estado na execução das políticas públicas, configurando um verdadeiro retrocesso histórico, implicando uma volta ao passado. São características históricas ainda presentes na Assistência Social. O Estado neoliberal instaurado no Brasil acabou reduzindo a qualidade e quantidade das políticas públicas. A população ficou entregue a uma rede comunitária de solidariedade pautada em valores como ajuda mútua e amor ao próximo. E tudo isso gira em torno da integração social dos direitos sociais às políticas públicas.

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