A clozapina não é o medicamento de escolha somente porque ap...
Uma paciente de 20 anos de idade sempre foi uma menina alegre e extrovertida, mas, a partir dos 15 anos de idade, passou a apresentar profundas modificações no comportamento: ficava reclusa no próprio quarto por longas horas, dormia por grandes períodos de tempo ou permanecia quieta, quase estática em um canto desse ambiente. Em outros períodos de tempo, mostrava-se agitada, com olhar “perdido”, resmungava frases sem sentido e mantinha expressões faciais incompreensíveis para a maioria das pessoas. Eventualmente, entrava em pânico, afirmava que estava sendo perseguida e impedia que ligassem a televisão, por medo de que “seres do além” saíssem dela e a levassem. Preocupados, os pais encaminharam-na ao médico, ocasião na qual, depois de longa avaliação, recebeu o diagnóstico de esquizofrenia. Ao longo desses anos, utilizou clorpromazina 400 mg/dia e depois risperidona, 6 mg. Mesmo experimentando doses diversas, infelizmente nenhum desses dois tratamentos produziu respostas satisfatórias.
Considerando esse caso clínico e os conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
A clozapina não é o medicamento de escolha somente porque apresenta um risco muito elevado de surgimento de agranulocitose.