É muito comum a situação de alguém pegar no batente, fazer t...

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Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: SERGAS Prova: FCC - 2010 - SERGAS - Assistente Administrativo |
Q40158 Português
Quando auxiliar já é fazer

Há muita senhora que se refere a sua empregada
doméstica como "minha auxiliar". Evita a secura da palavra
"empregada" por lhe parecer pejorativa ou politicamente
incorreta. As mais sofisticadas chegam a se valer de "minha
assistente" ou, ainda, "minha secretária" ? em que ganham, por
tabela, o status de executiva ou diretora de departamento. Mas
fiquemos com "auxiliar", e pensemos: auxiliar exatamente em
qual tarefa? Pois são muitos os casos em que a dona de casa
não faz absolutamente nada, a não ser administrar aquilo em
que sua "auxiliar" está de fato se empenhando: preparando o
almoço, lavando e guardando a louça, limpando a casa, lavando
e passando a roupa de toda a família etc.

É muito comum a situação de alguém pegar no batente,
fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar", ou
"estagiário", ou "assistente", quando não tachado de "provisório"
ou "experimental". Não se trata de uma implicância com certas
palavras; trata-se de reconhecer a condição injusta de quem faz
o essencial como se cuidasse apenas do acessório. Lembro-me
de que, no meu segundo ano de escola, a professora adoeceu
no meio ano. Durante todo o segundo semestre foi substituída
por uma jovem, que era identificada como "a substituta". "Você
está gostando da substituta?". "Será que a substituta vai dar
muita lição?". Ela dava aulas tão bem ou melhor do que a
primeira professora, mas não era reconhecida como mestra:
estava condenada a ser "a substituta".

Tais situações nos fazem pensar no reconhecimento que
deixa de ser prestado a quem mais fez por merecer. Quando o
freguês satisfeito elogia o proprietário de um restaurante pela
ótima refeição, não estará se esquecendo de alguém? Valeume,
a propósito, a lição de um amigo, quando, depois de um
almoço num restaurante, comentei: "Boa cozinha!". Ao que ele
retrucou: "Bom cozinheiro!". E será que esse cozinheiro tinha
um bom "auxiliar"?

(Manuel Praxedes de Sá, inédito)

É muito comum a situação de alguém pegar no batente, fazer todo o serviço pesado e ser identificado como "auxiliar" (...).

Reescrevendo-se a frase acima, de modo que ela comece com É banal que alguém (...), a complementação correta será:
Alternativas

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Interpretação do Enunciado: Nesta questão, estamos lidando com concordância verbal. A frase original apresenta uma sequência verbal que precisa ser coerente e gramaticalmente correta ao ser reescrita. O objetivo é reescrever a frase começando com "É banal que alguém", mantendo a coerência dos tempos verbais.

Regra Aplicável: Quando reestruturamos frases que iniciam com expressões como "É banal que", "É comum que", "É necessário que", entre outras, é esperado o uso do subjuntivo para indicar possibilidade, desejo ou incerteza. Na nossa frase, há uma sequência de ações que precisam ser expressas no presente do subjuntivo para manter a concordância.

Alternativa Correta: C - pegue no trabalho, faça todo o serviço pesado e seja identificado como auxiliar.

A escolha da alternativa C é correta porque todos os verbos estão no presente do subjuntivo, que é o tempo verbal adequado para expressar a ideia de algo que é considerado comum ou banal, mas não é uma certeza.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A - pegasse no trabalho, faça todo o serviço pesado e era identificado como auxiliar. Esta alternativa mistura tempos verbais: "pegasse" está no pretérito imperfeito do subjuntivo, enquanto "era" está no pretérito imperfeito do indicativo, o que gera incoerência.
  • B - pegaria no trabalho, faria todo o serviço pesado e seja identificado como auxiliar. Aqui, "pegaria" e "faria" estão no futuro do pretérito do indicativo, enquanto "seja" está no presente do subjuntivo, causando discordância temporal.
  • D - pegue no trabalho, faz todo o serviço pesado e é identificado como auxiliar. A mistura entre o subjuntivo ("pegue") e o indicativo ("faz" e "é") torna a frase incoerente.
  • E - pega no trabalho, faça todo o serviço pesado e fosse identificado como auxiliar. O verbo "pega" está no presente do indicativo, enquanto "faça" e "fosse" estão em tempos diferentes do subjuntivo, criando uma estrutura inconsistente.

Para resolver essa questão, é fundamental entender a correta utilização dos tempos verbais e o contexto em que são aplicados. A prática constante e a atenção às regras gramaticais são essenciais para dominar esse tipo de questão.

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Comentários

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basta procurar uma opção que utilize verbos no presente do subjuntivo, logo a alternativa correta é a c.que ele pegueque ele façaque ele seja

Ótimo, acertei a questão com o mesmo entendimento da Danielle Ferreira.

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