O Movimento de Reforma Psiquiátrica se iniciou na Itália em ...

Gab.: Letra E) I, III e IV.

I- Houve efetivação de práticas focadas na convivência com as diferenças, respeitando os portadores de sofrimento psíquico enquanto cidadãos de direitos. VERDADEIRO!

Anteriormente ao processo definido como Reforma Psiquiátrica, tinhamos formas segregadoras de ação frente a população em sofrimento psíquico, estas eram consideradas como desviantes da conduta moral e deviam ser separadas da sociedade, como uma forma de "limpar" a cidade. Estas características se intensificaram com o capitalismo e apenas foram recusadas como forma de tratamento a partir das ações da Reforma Psiquiátrica.

II- Favoreceram o surgimento de dificuldades de aceitação do modelo italiano na realidade brasileira. FALSO!

Estas práticas de tratamento humanitário, baseadas não apenas na desospitalização, mas na desistitucionalização e contra a mercantilização da loucura se originou das ações já desenvolvidas na Itália, por Franco Basaglia, o que se disseminou e, posteriormente, passou a ser aplicado formas consoantes em outros países, inclusive no Brasil.

III- Surgiram experiências inovadores bem sucedidas em vários municípios brasileiros, atestando a viabilidade da implantação de uma rede integrada de serviços. VERDADEIRO!

Foi a partir da observância das ações desenvolvidas na Itália e seus bons resultados, que pode ser visualizada uma nova forma de tratamento, não tendo mais o hospital psiquiátrico como foco para o tratamento e a psiquiatria como linha de frente nos cuidados destinados aos pacientes.

IV- Favoreceram adesões de novas modalidades de recursos assistenciais e comunitários, permitindo a queda nos números de leitos e de hospitais psiquiátricos. VERDADEIRO!

Esta política propõe a substituição progressiva de leitos em hospitais psiquiátricos por uma rede de atenção integral em saúde mental. 

Gabarito E.

O processo de transformação da assistência em saúde mental em curso no país, que denominamos reforma psiquiátrica, teve início no final da década de 1970 e inspirou-se em diversas experiências de mudança que ocorreram no continente europeu e nos EUA no período posterior à Segunda Guerra Mundial: transformações no interior das instituições, como as propostas pela psicoterapia institucional de François Tosquelles e Jean Oury e pela comunidade terapêutica de Maxwell Jones; mudanças no enfoque, de doença para saúde mental, propostas pela psiquiatria de setor na França e pela psiquiatria comunitária norte-americana; e, finalmente, as propostas mais radicais de mudança paradigmática, propostas pela antipsiquiatria de Ronald Laing e David Cooper e pela psiquiatria democrática de Franco Basaglia na Itália.

GABARITO: E