Leia o trecho a seguir. O que há em comum entre um cavalo d...
Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Ano: 2025
Banca:
FGV
Órgão:
Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA
Prova:
FGV - 2025 - Prefeitura de Canaã dos Carajás - PA - Professor de Artes |
Q3275996
Educação Artística
Leia o trecho a seguir.
O que há em comum entre um cavalo de pau e uma serpente de fibras? Segundo Ernst Gombrich, o cavalinho de pau é bastante trivial e, geralmente, contenta-se em ocupar seu lugar no canto do quarto de uma criança, sem nutrir ambições estéticas. Detesta afetações e assim mostra-se satisfeito com seu corpo de madeira e sua cabeça talhada toscamente. A serpente de fibras é igualmente corriqueira, podendo ser encontrada em todas as cozinhas dos índios Wayana. Nas lides cotidianas este utensílio presta-se a uma única função, espremer a massa de mandioca ralada, para a qual foi justamente confeccionado. Na perspectiva indígena, esses dois atributos, especificidade de uso e propriedade funcional, sobretudo quando conjugados, constituem a condição máxima de valorização e beleza de um artefato.
Adaptado de VELTHEM, L. H. 2009. Mulheres de cera, argila e arumã: princípios criativos e fabricação material entre os Wayana. In: Mana, 15, 2009, p. 213.
Sobre as estéticas que fundamentam as artes indígenas, é correto deduzir que, na cultura ameríndia,
O que há em comum entre um cavalo de pau e uma serpente de fibras? Segundo Ernst Gombrich, o cavalinho de pau é bastante trivial e, geralmente, contenta-se em ocupar seu lugar no canto do quarto de uma criança, sem nutrir ambições estéticas. Detesta afetações e assim mostra-se satisfeito com seu corpo de madeira e sua cabeça talhada toscamente. A serpente de fibras é igualmente corriqueira, podendo ser encontrada em todas as cozinhas dos índios Wayana. Nas lides cotidianas este utensílio presta-se a uma única função, espremer a massa de mandioca ralada, para a qual foi justamente confeccionado. Na perspectiva indígena, esses dois atributos, especificidade de uso e propriedade funcional, sobretudo quando conjugados, constituem a condição máxima de valorização e beleza de um artefato.
Adaptado de VELTHEM, L. H. 2009. Mulheres de cera, argila e arumã: princípios criativos e fabricação material entre os Wayana. In: Mana, 15, 2009, p. 213.
Sobre as estéticas que fundamentam as artes indígenas, é correto deduzir que, na cultura ameríndia,