A análise correta do trecho “A pessoa vira um objeto para sa...
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto a seguir.
Documentário 'Trans' mostra a vida de transgêneros no
Brasil
Produção mergulha na história de pessoas que mudaram de
sexo ou que ainda não se definiram
Joana era psicóloga, João não tem diploma. Joana se formou em Psicologia, foi professora em três universidades, teve consultório e fez mestrado. Como sempre teve que desempenhar funções que não precisavam de diploma, João foi motorista de táxi, pintor, pedreiro, tradutor, cortador de confecção, vendedor de joias e de roupas e massagista de shiatsu. Joana e João são a mesma pessoa, em diferentes momentos da vida.
Autor do livro ‘Viagem Solitária, Memórias de um Transexual 30 anos depois’, João W. Nery nasceu oficialmente quando Joana já tinha 27 anos. Nasceu com corpo de mulher, mas desde muito cedo, aos 3 ou 4 anos, percebeu que se identificava mais com o gênero masculino. É exatamente sobre a vida de transgêneros no Brasil que trata o documentário ‘Trans’, exibido pela GloboNews. A produção mergulha na história de João e de outras três pessoas que mudaram de sexo ou que ainda não se definiram para mostrar como se sente e como é a vida de quem nasce com um corpo que não corresponde ao que se é.
É o caso também da advogada e professora de Direito Giowana Cambrone, que se assumiu mulher há seis anos, quando as mortes da avó e da tia a fizeram entender que não podia mais esperar para ser feliz. “O processo foi muito rápido, toda a transformação aconteceu em seis meses. Foi libertador”, conta.
Mineira, Giowana foi morar no Rio de Janeiro quando um carioca a pediu em casamento. O relacionamento durou três anos e ela enfrentou grandes dificuldades: “A maioria dos homens que se relaciona com uma pessoa trans, se relaciona de forma esporádica e sexual. Se baseia no fetiche, no sexo, no desejo, que beira a objetificação. A pessoa vira um objeto para satisfazer um desejo. E não pensem que com a cirurgia essa questão se modifica: o homem, muitas vezes, coloca um obstáculo para construir uma relação com uma mulher trans. Se antes da cirurgia ele diz 'você é linda, maravilhosa, inteligente, divertida, mas é trans e não tem vagina', depois da cirurgia de readequação, ele diz 'você é linda, maravilhosa, inteligente, divertida, mas não tem útero e não pode me dar um filho. Sempre haverá um mas...', conclui a advogada, que hoje não alimenta mais expectativas e leva a vida com um único objetivo: ser feliz.
Diferentemente de João e de Giowana, Wallace Rui não se define como homem ou como mulher desde 2010. Aos 30 anos, a atriz, produtora cultural, performer e mulher transgênera explica: “Não sou nem 100% homem, nem 100% mulher, transito nos dois universos ou em nenhum.” Wallace nasceu homem, continua usando seu nome de registro, mas sempre se identificou com o gênero feminino. Ela assume que a violência física é o que mais assusta a ela e a sua família. “O grande receio da minha mãe é que eu seja vítima de violência física, porque moral sempre sou. O grande medo dela é ver, a qualquer momento, ser noticiada minha morte, como assassinada de maneira muito bruta, porque a expectativa de vida de uma mulher trans hoje é de apenas 35 anos. Eu teria apenas cinco ainda pela frente. É grave, as pessoas são assassinadas e não se noticia. É uma realidade cruel, mas não há preço que se pague, não há valor que mensure o valor de ser quem se é”, conclui.
O quarto e último personagem do documentário é o jovem Luan. Aos 16 anos, ele está vivendo há pouco tempo os desafios de mudar de gênero. Nasceu Luana, mas sempre se sentiu mais à vontade no universo dos meninos. Há quatro anos, conseguiu assumir para si mesmo que não gostava de ser menina. “Só precisei dar um nome ao meu sentimento, cortar o cabelo e mudar meu nome social quando a ficha caiu e eu me dei conta de que sou um transgênero”, conclui. Luan sabe que seu caminho está só começando, mas não se sente mais em transição. Ele ainda não começou a tomar hormônio, não fez nenhuma cirurgia, mas assegura que as mudanças que faltam acontecer são só físicas. “Dentro de mim, já está tudo resolvido há muito tempo. Agora também já está firmado para as pessoas que importam para mim”, explica. “Não vejo a hora de a voz engrossar e de fazer a barba”, conta ansioso.
(g1.globo.com)
A análise correta do trecho “A pessoa vira um objeto para satisfazer um desejo” é:
Gabarito comentado
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Interpretação da Questão: A questão aborda a análise gramatical da frase “A pessoa vira um objeto para satisfazer um desejo”. É importante identificar as funções e classificações das palavras e estruturas presentes na frase.
Alternativa Correta: A alternativa A afirma que “"para satisfazer um desejo" classifica-se como oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo.” Esta afirmação é correta porque a expressão “para satisfazer um desejo” tem a função de indicar a finalidade da ação de “virar um objeto”. Aqui, a preposição “para” introduz uma locução que expressa a finalidade do verbo, e a estrutura é reduzida, uma vez que o verbo “satisfazer” está no infinitivo.
Justificativas das Alternativas Incorretas:
B - A alternativa diz que “"vira", no contexto em que aparece, é um verbo transitivo direto.” Essa afirmação está incorreta, pois o verbo “virar” neste contexto é considerado um verbo de ligação, que liga o sujeito ao predicativo do sujeito (“um objeto”), e não exige um objeto direto.
C - A alternativa afirma que “as duas ocorrências da palavra "um" classificam-se morfologicamente como numeral.” Esta afirmação é falsa, pois a palavra “um” é um artigo definido, e não um numeral. A função do “um” é determinar o substantivo “objeto”.
D - Aqui se afirma que “a palavra "para" classifica-se morfologicamente como conjunção.” Isso é incorreto, pois “para” é uma preposição que indica finalidade, e não uma conjunção.
E - A última alternativa diz que “há um período composto de orações coordenadas entre si.” Isso está errado, pois a frase apresentada é simples, não havendo coordenação de orações.
Conclusão: A alternativa correta é a A, pois descreve adequadamente a função da expressão “para satisfazer um desejo” como uma oração subordinada adverbial final. Verifique sempre as funções das palavras em uma frase para responder corretamente a este tipo de questão.
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