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Q504975 Português
As características da arte paleolítica tendem a provar
que, sejam quais forem as utilizações comunitárias
ou práticas da arte primitiva, ela dependia do
exercício do talento individual. (…) Devemos pôr de
lado a ideia que as pinturas foram produto casual do
lazer forçado de uma tribo de caçadores, ou mesmo
subprodutos de cultos mágicos. Elas estavam sem
dúvida associadas a tais atividades, mas o
pressuposto da sua produção foi a existência de
raros indivíduos dotados de sensibilidade e
habilidade expressiva excepcionais.
Assim, a arte pressupõe um indivíduo que assume a
iniciativa da obra. Mas precisa ele ser
necessariamente um artista, definido e reconhecido
pela sociedade como tal? Ou, em termos
sociológicos, a produção da arte depende de posição
social e papéis definidos em função dela? A resposta
seria: conforme a sociedade, o tipo de arte e,
sobretudo, a perspectiva considerada. Se para a
atitude romântica a coletividade é criadora, no outro
polo um estudioso contemporâneo, Hauser, acha
que as pinturas pré-históricas já demonstram a
existência de um artista especializado, uma
espécie de feiticeiro-artista, dispensado das
tarefas de produção econômica para poder de
certa maneira especializar-se.
Isto significaria o reconhecimento da sua função
social desde as sociedades pré-históricas, sendo
preciso notar que Hauser entra pelo terreno da
conjetura; mas de qualquer modo sugere o
vínculo estreito entre a arte e a sociedade, por
meio da diferenciação precoce da função do
artista.

CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 10ª. Ed. São Paulo: Ouro sobre Azul,
2008. pp.35-36.
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