“Teoricamente, cada geração copia e reproduz sua predecesso...

No trecho apresentado por Eric Hobsbawn em sua obra "Sobre História", destaca-se a ideia de que as gerações procuram imitar suas predecessoras até o limite do possível, sentindo-se em débito quando não conseguem alcançar essa similaridade. No entanto, uma imitação completa do passado impediria qualquer forma de mudança ou inovação, algo que é pouco provável de ocorrer em qualquer sociedade humana, pois reconhecemos a necessidade de ambas.

Diante dessa perspectiva, ao analisarmos o ensino de história, podemos afirmar que este não se destina a ser uma mera repetição do que já foi, nem uma visão estática dos eventos históricos. A alternativa correta, marcada no gabarito como E, salienta que o estudo do passado relaciona-se com o presente como um fator histórico, consciente das possíveis falhas que podem ocorrer na compreensão e reprodução dos eventos.

Essa alternativa é a mais adequada porque reconhece que a história é um campo de estudo dinâmico, onde a interpretação dos fatos passados é feita com a consciência de que a nossa compreensão atual pode ser imperfeita. Além disso, ela valida a interação contínua entre passado e presente, fundamental para entendermos como os acontecimentos históricos nos influenciam até hoje e como podem nos orientar para o futuro.

As demais opções apresentam visões limitadas ou incorretas sobre o ensino de história. Por exemplo, a opção A sugere uma abordagem exclusivamente filosófica, a B pressupõe uma precisão e factualidade que desconsidera a interpretação dos eventos, a C limita a utilidade da história à compreensão e correção de problemas políticos e a D nega a interação entre passado e presente, o que contradiz a natureza interconectada dos eventos históricos.

Portanto, a Alternativa E é aquela que melhor reflete a complexa tarefa do ensino de história, que é estudar o passado e relacioná-lo ao presente, conscientes das limitações na transmissão e compreensão dos fatos históricos.