Diante da situação hipotética relatada e acerca da intervenç...

Apesar de estar ocorrendo dentro de casa, e de constituir um grave problema, o envolvimento de Plínio nessa eventual forma de pornografia não caracteriza a ocorrência de abuso sexual. O psicólogo deve elaborar laudo informando ao solicitante a descaracterização do abuso.

O psicólogo deverá considerar um aspecto muito comum no abuso sexual intrafamiliar, denominado síndrome de segredo, no qual o agressor ou pedófilo, visando a se proteger, faz ameaças e barganhas com a criança abusada.

O psicólogo deverá avaliar essa família quanto aos fatores de risco constantemente verificados em famílias incestuosas, como pai ou mãe abusado em suas famílias de origem; adição; famílias reestruturadas; e mudanças de comportamento da criança, como conduta hipersexualizada, fugas do lar e diminuição no rendimento escolar.

O psicólogo deverá ficar atento a alguns sinais que indicam a percepção de Plínio em relação ao pai, tais como desejo de ficar afastado do agressor e o medo deste; sua opinião desfavorável à situação, não consentindo; ocorrência de sentimentos de medo, raiva e o rompimento da relação de confiança e do vínculo afetivo com o adulto, devido à violência.