“40% dos produtos farmacêuticos utilizados hoje são baseado...
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Ano: 2025
Banca:
Qconcursos
Órgão:
Qconcursos
Prova:
Qconcursos - 2025 - Qconcursos - Simulado Ilimitada - 8° Simulado |
Q3325373
Não definido
Texto associado
Coisas que a ciência 'descobriu' séculos depois
dos povos indígenas
Ao longo da história, os povos indígenas
contribuíram significativamente para as ciências
aplicadas modernas, como a medicina, a biologia,
a matemática, a engenharia e a agricultura. Muitas
dessas contribuições, no entanto, são
desconhecidas. Uma série de medicamentos,
instrumentos médicos, alimentos e técnicas de
cultivo que são usadas diariamente no mundo
ocidental hoje tem suas raízes no conhecimento
dos povos originários.
Para sobreviver e se adaptar a diversos ambientes,
os povos indígenas fabricaram produtos e
aplicaram técnicas sofisticadas — e algumas delas
os cientistas e especialistas só começaram a
valorizar agora. Muitos povos indígenas
desenvolveram uma cultura de medicina baseada
na natureza, cujas descobertas serviram de base
para tratamentos atuais. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% dos
produtos farmacêuticos utilizados hoje são
baseados no conhecimento tradicional.
Um dos mais emblemáticos é a aspirina, cuja
substância base é o ácido salicílico, proveniente do
salgueiro — árvore também conhecida como
chorão. Os indígenas norte-americanos
conseguiram extrair o ácido da casca dessa árvore
há centenas de anos e usavam para tratar quem
sofria de dores musculares ou ósseas.
Outro exemplo é o que aconteceu durante a
pandemia de covid-19, quando os cientistas por
trás das vacinas descobriram na quilaia, uma
árvore endêmica do Chile, um ingrediente
fundamental para combater o coronavírus. A
quilaia é conhecida como a "árvore de casca de
sabão" devido às suas saponinas vegetais,
moléculas que espumam quando entram em
contato com a água e que se tornaram um
catalisador cobiçado para a resposta imunológica.
Mas suas propriedades curativas já haviam sido
descobertas muito tempo antes pelos indígenas
mapuche, que a utilizavam para curar todo tipo de enfermidade, desde doenças estomacais e
respiratórias até problemas de pele e reumatismo.
Atualmente, alguns alimentos estão tendo um
"boom" de consumo graças às suas
impressionantes propriedades nutricionais,
segundo especialistas. Um deles é a spirulina, que
hoje aparece nos cardápios na forma de smoothies
(ou shakes) e até mesmo em omeletes, saladas e
biscoitos. Mas séculos antes de ser considerado
um "superalimento", esse tipo de microalga, que
cresce sobretudo em lagos alcalinos quentes e
rios, era um alimento básico na era
pré-colombiana. Os mexicas, descendentes dos
astecas, colhiam o alimento rico em proteínas da
superfície do Lago Texcoco. Acredita-se que
consumiam a spirulina com milho, tortilha, feijão e
pimenta como "combustível" para viagens longas.
Assim, mesmo sem a ciência moderna, os
indígenas mexicanos eram capazes de reconhecer
a densidade nutricional da spirulina.
(Fernanda Paúl, https://www.bbc.com/, com
adaptações)
“40% dos produtos farmacêuticos utilizados hoje
são baseados no conhecimento tradicional”
No trecho acima, com porcentagem na composição do sujeito, não se pôde aplicar regra que permitisse dupla concordância. Sem levar em conta a alteração de sentido, a alternativa que substitui o trecho sublinhado acima e permite dupla concordância é:
No trecho acima, com porcentagem na composição do sujeito, não se pôde aplicar regra que permitisse dupla concordância. Sem levar em conta a alteração de sentido, a alternativa que substitui o trecho sublinhado acima e permite dupla concordância é: