As relações capitalistas, que incluem a questão social, têm ...

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Q938125 Serviço Social
As relações capitalistas, que incluem a questão social, têm implicação na profissionalização do serviço social. Desse modo,
Alternativas

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Alternativa correta: C

Tema central da questão: A questão aborda o surgimento e a institucionalização do Serviço Social, ligado ao desenvolvimento das relações capitalistas e à questão social. Para entender essa questão, é essencial compreender como o Serviço Social se estrutura dentro da sociedade industrial e urbana, respondendo a demandas sociais resultantes dessas transformações.

Resumo teórico: O Serviço Social surgiu no contexto do capitalismo industrial, onde as transformações econômicas e sociais exigiram intervenções específicas para lidar com a "questão social" — um conjunto de problemas sociais emergentes decorrentes das desigualdades e das novas relações de trabalho. A profissão se consolidou como uma prática especializada dentro do sistema capitalista, contribuindo para a organização social e para a mitigação de conflitos sociais através de políticas públicas e sociais.

Justificativa da alternativa correta (C): A alternativa C é correta porque descreve como o Serviço Social é compreendido dentro do processo de produção e reprodução das relações sociais. A profissão se afirma no contexto da especialização do trabalho coletivo, impulsionada pelo desenvolvimento industrial e pela expansão urbana. Este é um entendimento alinhado com a história da profissão, que se consolidou justamente em resposta às novas demandas sociais trazidas pela modernização e urbanização.

Análise das alternativas incorretas:

A - A alternativa A está incorreta porque simplifica o surgimento da profissão como resultado apenas dos ideais da revolução burguesa, ignorando o importante papel das condições materiais e das necessidades sociais concretas que surgiram com o capitalismo industrial.

B - A alternativa B está incorreta pois, embora as ciências sociais tenham influenciado o Serviço Social, a especialização da profissão não se dá principalmente pela intersubjetividade na busca pelos direitos sociais, mas sim pela necessidade de intervenção nas dinâmicas sociais mais amplas e objetivas trazidas pelas transformações capitalistas.

D - A alternativa D está incorreta ao sugerir uma desregulamentação do trabalho social com as forças produtivas, o que não reflete a realidade histórica de regulamentação e institucionalização crescente do Serviço Social em resposta às necessidades do capitalismo.

E - A alternativa E está errada pois descreve o reconhecimento da profissão em um contexto de anacronismo, o que não condiz com a história do Serviço Social, que se desenvolveu paralelamente à luta dos movimentos sociais e à política estatal em resposta à questão social.

Estratégia de interpretação: Ao interpretar questões sobre o Serviço Social, busque identificar palavras-chave que indiquem o contexto histórico e econômico, bem como a relação entre a profissão e as demandas sociais. Desconfie de alternativas que simplifiquem o papel da profissão ou que apresentem anacronismos.

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Comentários

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Marquei a questão certa, porém não localizei o erro da letra E. Alguém poderia comentar? =)

Acredito que o erro da letra E está em afirmar que "a classe operária retrocede na cena política". Sabemos que não foi isso que aconteceu com o surgimento da questão sociaL Vejamos o que diz os autores:

Diz respeito a uma pauperização da classe operária, ditada pelas necessidades de acumulação do capital, que se põe historicamente permeada pela luta dos trabalhadores e pelas estratégias de dominação das classes dominantes para conte-las, em favor da reprodução social. Desse modo, a questão social emerge no decorrer da luta operária, e a sua explicitação para o conjunto da sociedade se verifica por intermédio das lutas sociais urbanas, que se multiplicam e têm como principais protagonistas a classe operária, a burguesia industrial e um Estado que se recusa a intervir no problema (SANTOS; COSTA, 2006, p. 8).

vários autores defendem que o Serviço social está inserido na divisão social e técnica do trabalho coletivo; pertencente à contradição do capital e fundamentado pela questão social, surgida da relação de classes em oposição: burguesia e proletária.

outros autores defendem que o Serviço Social é endógeno; e o seu início retoma as primeiras formas de ajuda, caridade e filantropia, perpassando toas as formas de ajuda ao próximo, vindo a evoluir com a própria trajetória da sociedade.

vários autores defendem que o Serviço social está inserido na divisão social e técnica do trabalho coletivo; pertencente à contradição do capital e fundamentado pela questão social, surgida da relação de classes em oposição: burguesia e proletária.

outros autores defendem que o Serviço Social é endógeno; e o seu início retoma as primeiras formas de ajuda, caridade e filantropia, perpassando toas as formas de ajuda ao próximo, vindo a evoluir com a própria trajetória da sociedade.

A questão social encontra-se a base da profissionalização do Serviço Social (Iamamoto, 1992; Netto, 1992). Ela tem sido analisada como elemento fundante do exercício profissional   na   sociedade em suas múltiplas expressões:

“A profissionalização da profissão pressupõe a expansão da produção e de relações sociais capitalistas, impulsionadas pela industrialização e urbanização, que trazem, no seu verso, a Questão Social” (Iamamoto, 2008:171). A obra Relações Sociais e  O Serviço Social no Brasil de Iamamoto e Carvalho, publicada em 1982, apresenta a análise da profissão de Serviço Social no processo de produção e reprodução das relações sociais e a tese de que a profissão afirma-se   como   uma   especialização   do   trabalho   coletivo   no   quadro do desenvolvimento industrial e da expansão urbana. Processos  esses  apreendidos  sob  o  ângulo  das  classes  sociais a constituição e expansão do proletariado e da burguesia industrial e as modificações verificadas a composição dos grupos e frações de classes que compartilham o poder do Estado em conjunturas históricas determinadas (Iamamoto, 2008:167)


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