A causa mais comum de peritonite em cães é deiscência de fe...

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Q835323 Veterinária

A causa mais comum de peritonite em cães é deiscência de feridas cirúrgicas gastrointestinais; já em gatos, a perfuração ou abcesso de processos neoplásicos são os mais frequentes. Dadas as afirmativas referentes à peritonite,


I. No diagnóstico de peritonite, recomenda-se análise citológica e cultura do líquido obtido por abdominocentese ou lavagem peritoneal de diagnóstico, sendo preferível amostras provenientes de abdominocentese.

II. O tratamento dos animais com peritonite deve incluir estabilização, administração de agentes antimicrobianos apropriados, correção do problema subjacente e drenagem da cavidade abdominal, conforme necessário.

III. Peritonite está presente se o fluido do lavado contém mais de 1.000 (inflamação leve a moderada) a 2.000 (peritonite marcada) glóbulos brancos / mL de fluido com presença de células degeneradas ou bactérias.

IV. Parâmetros bioquímicos utilizados para avaliar a presença de peritonite séptica são a concentração de glicose e lactato do fluido abdominal, sendo a concentração de glicose superior à glicemia, e a concentração de lactato, inferior à sérica.


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Alternativas

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Tema Central da Questão:

A questão aborda o diagnóstico e tratamento da peritonite em pequenos animais, uma condição inflamatória do peritônio, que é a membrana que reveste a cavidade abdominal. O conhecimento sobre os métodos diagnósticos, parâmetros laboratoriais e estratégias de tratamento é essencial para veterinários, especialmente em situações de emergência.

Resumo Teórico:

A peritonite em cães e gatos pode ser de origem infecciosa (séptica) ou não infecciosa (asséptica). O diagnóstico geralmente envolve a abdominocentese, um procedimento para coleta de fluido abdominal, que é então analisado citologicamente e, se necessário, cultivado para identificar patógenos. Parâmetros como contagem de glóbulos brancos, presença de bactérias e comparação de glicose e lactato entre o fluido abdominal e o soro são críticos para diferenciar entre peritonite séptica e asséptica.

Alternativa Correta: D - II e III

  • II. O tratamento da peritonite inclui estabilização do paciente, uso de antimicrobianos, correção da causa subjacente e drenagem da cavidade abdominal conforme necessário. Estas são práticas reconhecidas e recomendadas em manuais veterinários de cirurgia e emergência.
  • III. A presença de mais de 1.000 a 2.000 glóbulos brancos/mL de fluido, associada a células degeneradas ou bactérias, indica peritonite. Esta é uma avaliação padrão para distinguir níveis de inflamação e a gravidade da condição.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • I. A afirmativa está parcialmente correta, mas a preferência não é necessariamente por amostras de abdominocentese em todas as situações. Ambas as técnicas, abdominocentese e lavagem peritoneal, têm suas indicações específicas dependendo do caso.
  • IV. A descrição dos parâmetros bioquímicos está incorreta. Na peritonite séptica, espera-se que a concentração de glicose no fluido abdominal seja inferior à glicemia e o lactato seja superior ao sérico, devido ao metabolismo bacteriano e ao consumo de glicose.

Estratégias de Interpretação:

Ao enfrentar questões como esta, procure identificar o enfoque de cada afirmativa e relacione com os procedimentos padrão conhecidos na prática clínica. Atenção a detalhes como métodos diagnósticos e parâmetros laboratoriais, que muitas vezes são explorados em pegadinhas de concurso.

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