A direção das feridas produzidas por instrumentos perfurante...
GABARITO. LETRA E.
Pra feridas produzidas por instrumentos perfurantes de médio calibre seguimos a lei de Filhos e Langer. As leis de Filhos e Langer são as características das feridas punctórias: numa mesma região, a direção da lesão é sempre a mesma. Qualquer pessoa que seja ferida numa mesma região, a direção da ferida será sempre a mesma. Quem dá a direção da ferida é a fibra; a ferida produzida por um instrumento perfurante é achatada, alongada, como se tivesse sido produzida por um instrumento perfurocortante de dois gumes (ex. Punhal); onde há cruzamento de fibras a ferida toma o aspecto de figura geométrica.
O que poderia causar dúvidas pra quem estuda pra concurso com tantas leis pra gravar na memória seria a lei de Nysten-Sommer. A rigidez cadavérica (rigor mortis) consiste num tipo específico de contração muscular do cadáver que surge dentro de uma a três horas após a morte e, segundo a Lei de Nysten-Sommer, se o cadáver estiver em posição supina, à rigidez tem início da face, nuca e depois no tórax, membros superiores, abdômen e membros inferiores e desaparece na mesma sequência.
BONS ESTUDOS.
Apenas para acrescentar o conhecimento:
A lesão punctória, quando produzida por instrumento/meio perfurante, não levará aquela denominação, será chamada de lesão em botoeira ou casa de botão.
A 1ª Lei de Filhos, conhecida como Lei da semelhança, entende que o formato de um lesão causada por instrumento perfurante de médio calibre será semelhante a uma lesão causada por instrumento de 02 gumes, que corta para os dois lados. Com isso, a ferida não será arredondada, mas sim alongada.
A 2ª Lei de Filhos, denominada de Lei do paralelismo, traz a concepção de que a lesão acompanhará o sentido e será paralela às "linhas de força da pele" (sentidos em que estão dispostas as fibras musculares).
A Lei de Langer, por sua vez, dispõe que, no lugar onde as fibras musculares (linhas de força da pele) forem confluentes, a lesão terá aspecto estrelado (bizarro, triangular, irregular, em ponta de seta), haja vista que as fibras puxarão a lesão para lados distintos.
Fonte: Manual Caseiro e resumos.
Características das lesões punctórias
- O estilete, a sovela, a agulha, o florete e o furador de gelo, os quais quase sempre atuam por percussão ou pressão, afastando as fibras do tecido e, muito raramente, seccionando-as
- Abertura estreita;
- Em forma de ponto (instrumentos de pequeno calibre);
- Em forma de botoeira (instrumentos de médio calibre – se assemelha às lesões causadas por instrumentos perfurocortantes de dois gumes);
- Abertura estreita e são de raro sangramento;
- Pouca nocividade na superfície e, às vezes, de certa gravidade na profundidade, em face desse ou daquele órgão atingido;
- Quase sempre de menor diâmetro que o do instrumento causador, graças à elasticidade e à retratilidade dos tecidos cutâneos;
- O ferimento de saída, quando isso ocorre, é em geral mais irregular e de menor diâmetro que o de entrada, em face do instrumento atuar nessa fase através de sua parte mais afilada.
- Agem por pressão em um ponto, afastando as fibras, sem seccioná-las**.
- Somente no vivo esses ferimentos tomam tais direções, em virtude da elasticidade e da retratilidade dos tecidos.
- A gravidade desses ferimentos depende do caráter vital dos órgãos e estruturas atingidos ou da eventualidade de infecções supervenientes. Sua causa jurídica é, na maioria das vezes, homicida e, mais raramente, de origem acidental ou suicida.
‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵‿︵
Filhos tem duas leis:
- Primeira lei de filhos (lei da semelhança) - solução de continuidade dessa ferida assemelha-se às de instrumentos de dois gumes, possuindo aspecto de casa de botão.
- Segunda lei de filhos (lei do paralelismo) - quando essas feridas ocorrem em um local em que as linhas de força têm sentido único, seu maior eixo apresentará a mesma direção. Assim, as lesões de médio calibre obedecem ao sentido das forças das fibras elásticas da pele.
- Lei de Langer - a ação de um instrumento de médio calibre em regiões que as fibras estão aglomeradas na pele, podem apresentar formas irregulares (forma de “v"). Assim, onde existir linhas de forças diferentes, a lesão pode ter aspecto de seta, triângulo e até quadrilátero.
Afinal, qual é a importância disso para a medicina legal? Diferenciar as lesões produzidas por instrumento perfurante de médio calibre das lesões produzidas por instrumentos cortantes.
agentes perfurantes
Primeira lei de filhos (lei da semelhança) - solução de continuidade dessa ferida assemelha-se às de instrumentos de dois gumes, possuindo aspecto de casa de botão.
Segunda lei de filhos (lei do paralelismo) - quando essas feridas ocorrem em um local em que as linhas de força têm sentido único, seu maior eixo apresentará a mesma direção. Assim, as lesões de médio calibre obedecem ao sentido das forças das fibras elásticas da pele.
Lei de Langer - a ação de um instrumento de médio calibre em regiões que as fibras estão aglomeradas na pele, podem apresentar formas irregulares (forma de “v"). Assim, onde existir linhas de forças diferentes, a lesão pode ter aspecto de seta, triângulo e até quadrilátero.
Gabarito: E
Leis de Filhos e Langer
A) Primeira lei de Filhos (lei da semelhança): soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de casa de botão.
B)Segunda lei de Filhos (lei do paralelismo): quando essas feridas se mostram numa mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem sempre a mesma direção. As lesões obedecem ao sentido das linhas de força das fibras elásticas da pele.
C)Lei de Langer: em regiões onde existe pele cujas fibras elásticas estejam aglomeradas, podem apresentar formas anômalas (aspectos de 'V') etc. Na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo ou mesmo de quadrilátero.
(Funcab - Delegado de Polícia - PC - PA/2016 - Primeira aplicação) As leis de Edouard Filhos e Karl Ritter Von Langer, são estudadas no campo das lesões produzidas por instrumentos: E) perfurantes de médio calibre.
Alguém poderia explicar o porquê da A estar errada?
1ª Lei de Filhos: Lei da Semelhança - feridas semelhantes às produzidas por instrumentos de dois gumes (alongadas).
2ª Lei de Filhos: Lei do Paralelismo - o maior eixo das lesões em botoeira será paralelo à direção das linhas de força da pele.
Lei de Langer: na confluência de regiões do corpo com linhas de força em sentidos diferentes, a lesão tem aspecto irregular, estrelado, triangular, em "ponta de seta".
Instrumento de pequeno calibre - a ação perfurante promove uma ferida/lesão punctória (em forma de ponto)
Instrumento de médio Calibre - segue 3 regras
- Primeira Lei de Filhos - semelhança
- Segunda Lei de Filhos - Paralelismo
- Lei de Langer - lesões em forma de estrela
Lesão Punctória – lesões produzidas por instrumento perfurante de calibre médio.
A depender da área de lesão, terá formato de bico, quadrada e estelar
Lei de filhós- feridas deixadas pelos instrumentos perfurantes – feridas estará orientando no mesmo sentido de fibras ( feridas paralelas)
Lei de langer – feridas tomam formas quadrilar , triângulo ou setas
Leis de Filhos e Langer
As lesões causadas por instrumentos perfurantes de médio calibre terão formato e direção que seguem 3 regras:
1. Primeira lei de filhos (semelhança): as feridas serão semelhantes àquelas produzidas por um instrumento de dois gumes (cuidado: prova troca por um gume). E que formato é esse? É a lesão em botoeira ou casa de botão (como se fosse um botão de camisa, que é uma forma alongada, não é redonda).
2. Segunda lei de filhos (paralelismo): lesão alongada com um maior eixo paralelo que acompanhará a direção das linhas de força da pele.
3. Lei de Langer: na confluência de regiões com linhas de força em sentidos diferentes, a lesão terá aspecto irregular, bizarro, estrelado, triangular ou ponta de seta.
Só a título de revisão: Lei de Nysten-Sommer já é outra coisa, está dentro de cronotanatognose, referente à rigidez cadavérica (progressão de forma crânio-caudal).
Só acrescentar pois nao vi ninguem falar nos comentarios, a lei de Langer é denominada Lei do Polimorfismo.
NAS LESÕES POR INSTRUMENTO PERFURANTES, TEM-SE O DENOMINADO “CASA DE BOTÃO”, 1º LEI DE FILHOS
----------
RESUMOS MED. LEGAL 699 93714988
LEI DE FILHOS E LANGER
Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo às leis de Filhos (Edouard Filhos) e Langer (Karl Ritter von Langer). Veja:
.
1) Primeira lei de Filhos (lei da semelhança): as soluções de continuidade dessas feridas assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aparência de casa de botão.
.
2) Segunda lei de Filhos (lei do paralelismo): quando essas feridas se mostram numa mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo (v. Q793889) tem sempre a mesma direção. Ou seja, as lesões produzidas por ação perfurante de médio calibre obedecem ao sentido das linhas de força das fibras elásticas da pele.
.
3) Lei de Langer (lei do polimorfismo ou elasticidade): lesões produzidas por ação perfurante de médio calibre em regiões onde existe pele cujas fibras elásticas estejam aglomeradas, podem apresentar formas anômalas (aspectos de 'V') etc. Ou seja, na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triângulo ou mesmo de quadrilátero.
.
O interesse médico-legal das Leis de Filhos e Langer reside ao se diferenciar a lesão produzida por instrumento perfurante de médio calibre, das lesões incisas. Isto porque na primeira hipótese, as lesões tenderão a seguir o sentido das linhas de força das fibras elásticas que existem na pele, enquanto nas lesões incisas não haverá tal padrão, em razão do corte de tais fibras. Assim, nesta última hipótese, as lesões seguirão o posicionamento do instrumento vulnerante em face da pele, que pode assumir direções e padrões diferentes, conforme o caso.
.
Por todo o exposto,
GABARITO: (E).
SUGESTÃO: v. Q483332 e Q698213
FONTES:
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina legal. 11ª ed. 2017.
PALERMO, Wilson Luiz. Medicina legal. 5ª ed. 2020.