Em relação à soldagem de aços-carbono e de aços inoxidáveis,...
De maneira geral, na soldagem por fusão a arco de um aço carbono, pode-se dizer que a temperabilidade do aço é inversamente relacionada à sua soldabilidade.
A soldabilidade dos aços carbono baixa e média liga está bastante associada à presença de trinca a frio induzida por hidrogênio. Como estão relacionadas à microestrutura na junta soldada, essas trincas são determinadas pela composição química do material. Em outras palavras, a soldabilidade é relacionada com a temperabilidade de um aço; assim, quanto maior for a temperabilidade do aço, maior a probabilidade de ocorrência dessas trincas.
Certo. A temperabilidade de um aço refere-se à sua capacidade de ser endurecido por tratamento térmico, como têmpera, que é diretamente relacionada à quantidade de carbono e outros elementos de liga presentes no aço. Aços com alta temperabilidade podem ser endurecidos mais profundamente e mais uniformemente quando submetidos a tratamentos térmicos, devido à sua maior quantidade de carbono e elementos de liga.
Na soldagem por fusão a arco, aços com alta temperabilidade, ou seja, com alto teor de carbono ou elementos de liga, tendem a ser mais suscetíveis a problemas como trincas de têmpera na Zona Afetada pelo Calor (ZAC). Isso ocorre porque o rápido aquecimento e resfriamento inerentes ao processo de soldagem podem levar a transformações estruturais indesejadas, como a formação de martensita, uma fase muito dura e frágil. Essas transformações aumentam o risco de trincas na ZAC, diminuindo a soldabilidade do material.
Portanto, de maneira geral, pode-se dizer que a temperabilidade do aço é inversamente relacionada à sua soldabilidade, especialmente quando se trata de soldagem por fusão a arco. Aços de baixa liga ou aços-carbono com baixo teor de carbono são mais fáceis de soldar, pois são menos propensos a endurecimento excessivo e formação de trincas na ZAC.