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Q3105558 Medicina
     Uma paciente de 59 anos de idade compareceu ao ambulatório com queixa de dor torácica opressiva ao subir as escadas de sua casa ou andar rapidamente no plano, com alívio ao repouso após seis minutos, havia seis meses. Ela apresentava dislipidemia e hipertensão, tratadas atualmente com sinvastatina 20 mg e hidroclorotiazida 25 mg. Negava outros problemas de saúde ou história familiar de doença cardiovascular. O exame físico não revelou anormalidades significativas. O colesterol total foi de 150 mg/dl, HDL de 50 mg/dl e LDL de 80 mg/dl. O eletrocardiograma, o ecocardiograma transtorácico e a cintilografia miocárdica de perfusão com 99mTc-sestamibi ( 99mTc-sestamibi) não revelaram anormalidades. Entretanto, devido à persistência dos sintomas, a paciente foi encaminhada para a angiotomografia de coronárias, que revelou lesão segmentar de 40% no terço proximal e outra de 20% no terço médio da artéria descendente anterior.

Com base nesse caso clínico, julgue o próximo item, segundo as Diretrizes sobre síndromes coronarianas crônicas de 2024 da Sociedade Europeia de Cardiologia. 

Tal situação está associada a piora da qualidade de vida, maior morbimortalidade, além de internações hospitalares recorrentes.
Alternativas

Gabarito comentado

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A alternativa correta é: C - certo.

O tema central da questão é a angina estável, uma condição que faz parte das síndromes coronarianas crônicas. A paciente apresenta sintomas típicos de angina de esforço, que ocorre quando o coração recebe menos oxigênio do que necessita durante atividades físicas. A dor torácica opressiva relatada ao subir escadas ou andar rapidamente, com alívio no repouso, é um sinal clássico dessa condição.

Neste caso, mesmo com exames iniciais normais, a angiotomografia revelou lesões coronarianas significativas. Embora as obstruções de 40% e 20% não sejam críticas ao ponto de necessitar intervenção imediata como stents, elas justificam os sintomas e a preocupação com a qualidade de vida e riscos futuros.

Segundo as Diretrizes sobre Síndromes Coronarianas Crônicas de 2024 da Sociedade Europeia de Cardiologia, mesmo lesões menores podem estar associadas a piora na qualidade de vida e a um risco aumentado de complicações, incluindo maior morbimortalidade e hospitalizações recorrentes. Isso ocorre porque tais lesões podem progredir ou desencadear eventos isquêmicos devido a fatores como espasmos vasculares ou formação de trombos.

Assim, a afirmação que a situação está associada a piora da qualidade de vida e maior morbimortalidade está correta, justificando a escolha da alternativa C - certo.

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