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INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a esta questão.
“Galopo pensando no tempo que passa,
Tão vertiginoso qual sopro do vento
Que varre caminhos e até pensamento,
Deixando pra trás, nevoeiro, fumaça…
O sopro é o que traz um alento e abraça
A vida que segue traçando caminho.
O tempo é o relógio no redemoinho
Dos dias, semanas, dos meses, dos anos
Passados, presentes, anelos e planos,
Que foram, por certo, gerados no ninho.
Seguindo o caminho de curva fechada, Um forte arrepio na espinha dorsal; Na beira da mata, um estranho arsenal De tocos, garranchos e pedra lascada Vedando o acesso, atrasam a jornada, Cansaço medonho desse galopar São léguas à frente e o tempo a rolar No despenhadeiro do dia que morre Nos braços da noite, um pranto escorre Em gotas que banham a terra e o ar.
E quando amanhece, o sol ilumina A estrada de pedra que resta a seguir. Sem olhar para trás, à frente, há porvir, Na noite cinzenta, ficou a neblina No leito do rio de água cristalina, O corpo tão frágil se banha sedento. Erguendo o olhar ao azul firmamento, Tentando alcançar a linha do horizonte Que tece a beleza que nasce da fonte E expressa a grandeza da força do vento.”
Fonte: MEIRA, Creusa. Galopando no tempo e no vento. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm. Acesso em: 10 fev. 2025.
Sobre a literatura e a cultura do cordel, é possível afirmar: