As orações “que, historicamente, têm sido consideradas como ...
Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima,
julgue os itens a seguir.
A crescente e constante ampliação da escolaridade feminina tem contribuído para ampliar o espaço de atuação das mulheres no mercado de trabalho também em profissões que, historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos.
Não são todas as profissões, caso generalize vai ocorrer prejuízo na coerência do texto .
2) ... exclusões de gênero (que) resultaram em campos com predominância masculina. (apenas essas exclusões) - restringindo; colocando a virgula, muda-se a coerência - parece que existem várias exclusões de gênero e eu exemplifiquei apenas as que resultaram em campos com predominância masculina. (que é um pronome relativo)
Mesmo raciocínio para a outra frase: em profissões (que) têm sido consideradas como espaços masculinos. Restringi a ideia apenas essas profissões.
"...poderiam, mantendo-se a coerência do texto e a sua correção gramatical, ser introduzidas por vírgulas, sendo, assim, interpretadas de uma maneira não restritiva."
Não precisaria nem voltar ao texto para se ter certeza que a questão está errada, já que ao se transformar uma oração com sentido restritivo (sem emprego de vírgulas) em uma oração sem esse sentido restritivo (com emprego de vírgulas) muda a coerência do texto.
Não precisaríamos nem entrar no mérito da correção gramatical, visto que a primeira afirmativa já está errada. Concordo com a Nelisa.. coerência é diferente de coesão. Para mim, coerência se relaciona com entendimento do texto e coesão com mudança de sentido.
Assim, se aplicar vírgulas antes do texto, ele continua coerente (afinal dá para entender o que está escrito), mas muda a COESÃO (pois o sentido é alterado, já que passa de restritiva para explicativa).
...Pelo visto o CESPE considera os dois como sinônimos. O comentário da colega valeria está equivocado.
Tratando-se de concordância com o pronome relativo " que", sabemos que o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo.
Veja:
- Fui eu que vendi o livro. (eu vendi o livro)
- Fomos nós que falamos. (nós falamos)
Vamos lá...
O item pede análise em dois viés:
- CORREÇÃO GRAMATICAL: Não haveria erro, pois é possível o sentido explicativo.
- COERÊNCIA: Aqui é um pouco mais complicado, pois é necessária a análise do contexto.
Vamos analisar as palavras a que os pronomes relativos se referem para analisar o sentido.
I – PROFISSÓES que, historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos”:
SENTIDO RESTRITIVO: Dentre todas as profissões, há algumas que são consideradas como espaço masculino.
SENTIDO EXPLICATIVO: Todas as profissões têm sido consideradas como espaço masculino.
II – EXCLUSÕES DE GÊNERO que resultaram em campos com predominância masculina
SENTIDO RESTRITIVO: Dentre todas as exclusões de gênero, algumas resultaram em campos com predominância masculina.
SENTIDO EXPLICATIVO: Todas as exclusões de gênero resultaram em campos com predominância masculina.
Agora conseguiram ver?
Bem... é inegável que houve alteração no sentido.
Resta saber se a alteração foi algo coerente com as ideias do texto.
Não é difícil notar, pela leitura do texto, que o sentido explicativo é incoerente com a argumentação do texto.
Muito boa essa questão.
Espero não errar novamente.
Alexandre Marques Bento.
Questão boa para entender o que a CESPE quer dizer com determinados termos. Com "coerência do texto" ela quer dizer o sentido do texto, portanto se mudou o sentido tá errado. Não adianta brigar com a banca, por isso fazemos exercícios, para aprender a raciocinar como o examinador, concordando ou não. Olá,
Acertei a questão fazendo a mesma análise do Abnegado e da Rafaela, mas vendo os comentários valeu a pena um pouco mais de tempo na questão e pesquisa em nossa pequena "biblio" aqui de casa, (rs).
A Coesão Textual:
Identifica os mecanismos constitutivos do texto e, a partir deles, examina as classes de palavras de sentenças, os conetivos, os processos de ordenação e de retomada do tema, os tempos verbais, entre outros fenômenos.
A Coerência Textual:
Em co-autoria com Luiz Carlos Travaglia, é uma clara exposição sobre a constituição dos sentidos nos textos e seus fatores: os elementos linguisticos, o conhecimento do mundo, as inferências, a situação.
[]s
Fonte: A Coesão Textual; Ingedore Villaça Koch 17a. edição, revista ampliada.
http://www.ileel.ufu.br/travaglia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ingedore_Grunfeld_Villa%C3%A7a_Koch
Tem questões que o cespe cobra coerência como sinônimo de sentido, em outras não.Só contando com a sorte mesmo.
Respeitando as ótimas explicações dos colegas, mas não dá para engolir essa questão. Como a colega falou, o jeito é contar com a sorte mesmo. E olha que uma porrada de questão da banca sempre considera coerência diferente de sentido.
cespe cespando! affffffffffffff
E difícil saber quando coerência quer dizer sentido =\
GRAÇAS A DEUS ESTÁ MAIS PERTO DE QUE LONGE!!! UFAA [...]
Em diversas questões do cespe ela NÃO CONSIDERA COERÊNCIA sinônimo de SENTIDO.
Gabarito tão arbitrário e subjetivo, que nem o professor quis explicar.
Indiquem para comentários.
"Em diversas questões do cespe ela NÃO CONSIDERA COERÊNCIA sinônimo de SENTIDO."
É isso. Next! não tenta justificar o injustificável.
Não falou da retirada das maiúsculas, ponto final...
Posso estar completamente errado, mas não concordo que a explicação para o erro está no fato ou não de haver erro de coerência ou mudança de sentido. De fato, normalmente, quando colocamos a vírgula e passamos a oração adjetiva para explicativa, há mudança de sentido. É o caso desse exemplo:
O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.
a oração adjetiva entre vírgulas explica qual era o exame que estava difícil, o "final.
Se tirarmos a vírgula: O exame final que estava muito difícil deixou todos apreensivos. o sentido passa a ser de restrição, ou seja, entre os exames finais havia aquele que estava muito difícil.
No entanto, no caso apresentado pela assertiva, não há como transformar a oração em explicativa. Existem alguns casos assim, em que não há como acrescentar uma vírgula para tornar a oração explicativa. Veja esse exemplo simples para que meu ponto de vista fique claro:
Ela admira os alunos que estudam.
Experimente colocar uma vírgula depois do alunos. Vai fazer sentido? Não, pois essa oração subordinada adjetiva só faz sentido como restritiva e não como explicativa.
Como disse anteriormente, posso estar completamente enganado, mas para mim esse é o ponto da questão. Espero que algum professor faça um vídeo comentando. Já solicitei. Solicitem todos.
O GABARITO É ERRADO.
COM O NÃO RESTRITIVO ELE QUIS DIZER QUE COLOCANDO A VÍRGULA TERÁ SENTIDO AMPLO ( NÃO RESTRITIVO) E É PELO CONTRÁRIO, SE COLOCAR A VIRGULA O SENTIDO SE RESTRINGE ENTENDO QUE SÓ EXISTEM DESTERMINADAS PROFISSÕES.
MARIA TEM UM NAMORADO QUE É LEGAL. ( SENTIDO RESTRITO= MARIA TEM MAIS DE UM NAMORADO)
MARIA TEM UM NAMAMORO, QUE É LEGAL. ( SENTIDO EXPLICATIVO= MARIA SÓ TEM UM NAMORADO)
QUALQUER ERRO ME CORRIJAM.
Coerência DO texto = sentido do texto.
Semântica = Sentido | Coerência = lógica das ideias
Cara, na moral... as orações poderiam ser introduzidas por vírgulas... Ok, mas COMO ASSIM? ¬¬