No contexto do enfrentamento da dependência do álcool e de outras drogas, é fundamental compreender as estratégias utilizadas pelos profissionais de serviço social para lidar com essa questão. Neste caso, a questão aborda especificamente a estratégia chamada Redução de Danos, que é a alternativa correta (Alternativa C).

Tema Central: A questão aborda a abordagem da Redução de Danos, que é uma estratégia de saúde pública aplicada no contexto do uso de substâncias psicoativas. Essa estratégia é reconhecida por focar na minimização dos efeitos negativos do uso de drogas, sem necessariamente exigir a abstinência total do usuário, reconhecendo assim suas singularidades e promovendo escolhas mais seguras.

Resumo Teórico: A Redução de Danos visa proteger a saúde e o bem-estar dos usuários, respeitando suas escolhas e autonomia. Ela se baseia na compreensão de que o uso de drogas pode trazer riscos à saúde e à vida social, mas que esses riscos podem ser gerenciados por meio de práticas seguras. Exemplos incluem o uso de seringas descartáveis e o apoio psicológico.

Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa C - Redução de Danos é a correta pois descreve uma abordagem que não se concentra apenas na abstinência, mas na proteção da vida e na promoção de estratégias seguras. Essa abordagem é amplamente aceita e utilizada em políticas de saúde pública, conforme delineado pelo Ministério da Saúde e outras entidades, como a OMS.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Contenção da Oferta: Refere-se a estratégias para diminuir a disponibilidade de drogas, não se relacionando diretamente com a interação singular com o usuário.

B - Controle da Demanda: Está mais ligado a ações para reduzir o interesse pelo uso de drogas na sociedade, e não com o apoio direto ao usuário.

D - Restrição do Abuso: Implica em limitar o abuso de substâncias, mas não aborda a questão da interação personalizada com o usuário.

E - Superação do Uso: Foca na cessação completa do uso, o que não se alinha com a filosofia da Redução de Danos, que aceita o uso controlado.

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No Brasil, tornou-se imprescindível a criação de uma rede de assistência para desenvolver ações pautadas no princípio da integralidade, objetivando a reabilitação psicossocial dos usuários do uso de álcool e outras drogas. Para tanto, foi formulada a Lei 10.216/01, marco legal da Reforma Psiquiátrica Brasileira, a criação dos Centros de Atenção Psicossocial, inclusive o de Álcool e Drogas (CAPSad), sendo considerados serviços estratégicos de saúde mental, importante ferramenta nas ações de prevenção e promoção da saúde.

Esses dispositivos devem adotar como referência a lógica da redução de danos, a qual se caracteriza como estratégia de saúde pública e de autocuidado, imprescindíveis para diminuição da vulnerabilidade a situações de risco, que visa reduzir os agravos causados pelo uso abusivo de álcool e outras drogas, sem a preconização imperativa da abstinência.

De acordo com novos tratados para a questão do uso e abuso de álcool e outras drogas, recomenda-se a ruptura da lógica binarizante, que teria com eixo condutor “ tratamento”e “comportamento anti-social ou criminoso”, tornando a abstinência como caminho, associando a redução da oferta e da demanda. Relaciona-se a isto a ação da justiça, da segurança e da defesa como estratégia, contudo como a questão da dependência química perpassa diversos setores da vida social, se fez indicado a ruptura com este modelo, para uma outra estratégia, que reconhecesse cada usuário em suas singularidades, pelas possibilidades de traçar com o mesmo estratégias não voltadas para abstinência como objetivo maior, mas para a defesa de sua vida, denominando uma nova prática clínico-política. A esta nova abordagem denominamos de Redução de Danos.

"Bendizei ao Senhor tds as suas obras..."