Considere que, durante uma audiência de instrução e julgamen...

Vamos analisar a questão apresentada, que trata de uma situação hipotética de crise envolvendo um magistrado feito refém. O foco aqui é entender as atribuições do negociador oficial em uma situação crítica como essa.

No contexto de gestão de crises, é fundamental compreender que um negociador e o comandante da cena são papéis distintos que não devem ser acumulados por uma única pessoa, mesmo havendo apenas um transgressor. Isso se deve às diferentes competências e focos de atuação exigidos por cada função.

O negociador é responsável por estabelecer uma comunicação eficaz com o transgressor, buscando uma resolução pacífica para o incidente. Ele deve ser capaz de dedicar toda sua atenção à negociação, sem se distrair com outras preocupações logísticas ou de comando.

Por outro lado, o comandante da cena precisa gerenciar recursos, coordenar as operações da equipe de segurança e tomar decisões estratégicas que afetam o desenrolar da situação. Este papel envolve a supervisão do cenário de crise como um todo.

A recomendação de que um único indivíduo assuma ambas as funções está equivocada. Isso contraria práticas recomendadas em manuais de gerenciamento de crise, como os da FBI e outras organizações de segurança, que defendem a separação clara dessas funções para garantir a eficácia e segurança das operações.

Portanto, a alternativa correta é E - errado, pois um único indivíduo não deve acumular os papéis de negociador e comandante da cena, mesmo em situações com um único transgressor.

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Não é recomendado que o negociador seja também o comandante da cena de ação da crise. São funções diferentes exercidas por pessoas diferentes.

O negociador tem por objetivo resolver a crise de forma pacífica, preservando a vida dos reféns, do transgressor e de terceiros.

O comandante da cena de ação da crise tem por objetivo garantir a segurança geral da operação e tomar decisões sobre intervenções táticas, como o uso de força letal ou não letal, caso a negociação falhe ou haja risco iminente à vida.

Gabarito: Errado.

Embora o comandante da cena de ação seja a autoridade responsável pelas decisões estratégicas durante a crise, ele não deve ser o negociador. A função do negociador e do comandante da cena são distintas e complementares, e acumular ambas pode comprometer a eficácia da operação.

Motivos para a separação dos papéis:

1. Foco na comunicação: O negociador precisa estar totalmente concentrado no diálogo com o transgressor, empregando técnicas para estabilizar a situação e persuadir o agressor a se render.
2. Tomada de decisão imparcial: O comandante da cena precisa analisar o cenário de forma mais ampla, considerando táticas operacionais, inteligência e opções de intervenção, sem estar diretamente envolvido na negociação.
3. Evitar conflitos de função: Se o negociador também for o comandante, ele pode se ver pressionado a tomar decisões rápidas que comprometam a qualidade da negociação, ou pode perder credibilidade ao negociar concessões que sabe que não poderá cumprir.

A melhor prática em gestão de crises recomenda que o negociador e o comandante da cena sejam pessoas diferentes, atuando em conjunto, mas com funções bem definidas.

Comandante é comandante.

Negociador é negociador.

Gab: Errado