A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade c...

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Q2013521 Medicina

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade como uma epidemia mundial condicionada principalmente pelo perfil alimentar e de atividade física. Sua crescente prevalência vem sendo atribuída a diversos processos biopsicossociais, em que o “ambiente” (político, econômico, social, cultural), e não apenas o indivíduo e suas escolhas, assume um lugar estratégico na análise do problema e nas propostas de intervenções. Contudo, parte dos desafios reside em compreender como esses múltiplos fatores interagem.
No Brasil, a obesidade torna-se objeto de políticas públicas nos últimos 15 anos, e o Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), é o principal propositor de ações, seguindo a tendência internacional. Desde a década de 1990, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN, 1999), do Ministério da Saúde, definiu diretrizes para organizar as ações de prevenção e tratamento da obesidade no SUS, sendo revisada em 2012, abordando a temática de forma mais contundente. No ano seguinte, o Ministério da Saúde estabeleceu a linha de cuidado para obesidade como parte da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. (DIAS, Patricia Camacho; HENRIQUES, Patrícia; DOS ANJOS, Luiz Antonio; & BURLANDY, Luciene. Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v33n7/1678-4464-csp-33-07-e00006016.pdf/ acesso em 20 de agosto de 2019).
Acerca do diagnóstico do sobrepeso/obesidade, analise as proposições.
I- Vem sendo realizado por meio do índice de massa corporal (IMC), calculado como a razão da massa corporal pela estatura ao quadrado, concebido inicialmente para uso em adultos, pela sua associação com risco de adoecer e morrer, reiterando a obesidade como fator de risco especialmente para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
II- O índice de massa corporal (IMC) também é usado em crianças e adolescentes, idosos, e gestantes. No Brasil, os critérios diagnósticos estabelecidos pela OMS foram incorporados à vigilância alimentar e nutricional no âmbito do SUS.
III- Não obstante, seu emprego disseminado internacionalmente, o índice de massa corporal (IMC) não mede a composição corporal, portanto, parece haver inconsistência quanto a sua aplicabilidade para diagnosticar uma doença caracterizada por acúmulo de gordura.
IV- Os dados de estudos populacionais vêm demonstrando alta especificidade, mas baixa sensibilidade do índice de massa corporal (IMC) no diagnóstico de obesidade. Evidências apontam para a necessidade de se desenvolver curvas dos componentes da composição corporal para o diagnóstico clínico e epidemiológico do estado nutricional.
V- O índice de massa corporal (IMC) como critério para identificar sobrepeso/obesidade como fator de risco para Doença Crônica Não Transmissível, não parece ser adequado, particularmente em serviços de saúde públicos e privados no Brasil.

Assinale a alternativa que apresenta o conjunto CORRETO de proposições.
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