A partir das ideias de John Maynard Keynes, há o entendimen...
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Alternativa correta: D - Quando os gastos privados não são suficientes para tirar a economia da recessão, os gastos públicos devem surgir como complementares.
Vamos entender o tema central da questão: a teoria keynesiana, que tem grande relevância em macroeconomia, principalmente em contextos de recessão e desemprego elevado. John Maynard Keynes, um dos economistas mais influentes do século XX, propôs que o governo poderia e deveria intervir na economia para ajudar a alcançar o pleno emprego. Ele destacou a importância dos gastos públicos como forma de estimular a economia em momentos de demanda insuficiente.
No pensamento keynesiano, a demanda agregada — a soma dos gastos em consumo, investimentos, gastos do governo e exportações líquidas — é crucial para determinar o nível de atividade econômica. Quando a demanda privada (consumo e investimento) é insuficiente, Keynes argumentou que o governo deve intervir aumentando seus gastos para complementar essa demanda e promover o crescimento econômico e a geração de empregos. Esse conceito é chamado de demanda efetiva.
A alternativa correta, D, reflete esse entendimento ao afirmar que em situações onde os gastos privados são insuficientes, os gastos públicos devem atuar como complemento para estimular a economia. Este é um ponto central da teoria de Keynes.
Análise das alternativas incorretas:
A - O princípio da demanda efetiva não é representativo na análise de Keynes.
Incorreta. O princípio da demanda efetiva é, na verdade, um componente central da teoria de Keynes. Ele argumentou que a demanda total na economia determina o nível de produção e emprego.
B - Se o governo desejar crescimento econômico diante de insuficiência de demanda, a política fiscal contracionista deve ser utilizada.
Incorreta. Uma política fiscal contracionista implica reduzir gastos públicos ou aumentar impostos, o que diminuiria ainda mais a demanda agregada e agravaria a recessão.
C - Na insuficiência de demanda, a ampliação de recursos para investimentos públicos via função estabilizadora é condição suficiente para a retomada dos níveis de emprego.
Incorreta. Embora os investimentos públicos sejam importantes, eles não são, por si só, uma condição suficiente. Outros fatores, como a confiança dos consumidores e das empresas, também são importantes para a recuperação econômica.
E - Na interpretação keynesiana, os gastos públicos apresentam-se sempre mais importantes do que os investimentos privados.
Incorreta. Keynes não defendeu que os gastos públicos são sempre mais importantes. Ele argumentou que em situações de recessão, os gastos públicos são importantes para complementar a demanda privada.
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Gabarito D)
De acordo com Feijó (2007:462), “A ideia básica de Keynes é simples. A fim de manter o pleno emprego na economia, o governo deve gerar déficits orçamentários quando a economia entrar em recessão. A baixa atividade econômica de então deve-se ao fato de o setor privado não estar investindo o suficiente”. Acerca deste tema, o mesmo autor informa que Keynes formulou uma “teoria abrangente sobre oferta e demanda agregada que explica que se a demanda estiver abaixo da oferta, a produção deve diminuir para que ambas se equilibrem, o que acarreta a possibilidade de equilíbrio estável abaixo do pleno emprego. O esquema de demanda e oferta agregada de Keynes parecia não apenas explicar a recessão, como também mostrava as formas de se escapar dela” (Feijó, 2007:463). Desta forma, na fase contracionista do ciclo econômico, o Estado, por meio do Governo, deve complementar o investimento privado insuficiente, para elevar o nível de emprego e mantê-lo em patamar apropriado.
Para concluir este item introdutório, transcreverei um trecho de Galbraith (1.989:200) no qual é feita uma síntese objetiva dos principais pontos da teoria keynesiana:
“A economia moderna, afirmava Keynes, não encontra seu equilíbrio necessariamente no pleno emprego; ela pode encontrá-lo no desemprego – o equilíbrio do desemprego. A Lei de Say já não valia mais; poderia haver uma demanda insuficiente. O governo pode e deve tomar medidas para combater esta insuficiência. Numa depressão, os preceitos para se bem administrar as finanças públicas cedem lugar a esta necessidade.
O equilíbrio do desemprego, a negação da Lei de Say, o apelo para o governo empreender gastos sem ter as receitas necessárias para cobri-los a fim de manter o nível de demanda – estes itens constituíram a essência do sistema keynesiano (...). Numa hipérbole inofensiva, foi isso que passou a ser chamado de Revolução Keynesiana”.
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/17920/a-intervencao-do-estado-na-economia-por-meio-das-politicasfiscal-e-monetaria-uma-abordagem-keynesiana#ixzz3e4q8GU00
PIB = C + I + G + X - M
PIB = Y
PIB = Produto Interno Bruto
Y = Renda da população
C = Consumo das Famílias
I = Investimento
G = Gastos do Governo
X = Exportação
M = Importação
Analisando apenas a fórmula, sem levar em consideração a política monetária, é possível perceber que quanto maior for o gasto do governo maior será o PIB e a renda da população.
Na história é sabido que até 1929, com crack da Bolsa de Valores de Nova York as teorias clássicas falavam que bastava os produtores produzirem que se criaria a demanda. No entanto, tal regra mostrou-se falha, principalmente com a crise. A teoria neoclássica de Keynes defendia que o mercado estaria em equilíbrio quando a DA = OA (Demanda Agregada = Oferta agregada).
A solução para sair da crise nos EUA foi aumentar a Demanda Agregada e não a oferta como defendia as teorias clássicas. Assim, o governo dos EUA começou a realizar uma série de obras públicas em todo o país com o objetivo de tirar o país da recessão.
Fé em DEUS! Vamos chegar lá!
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