Uma das estratégias mais utilizadas ao longo do texto para ...
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Com base no mesmo assunto
Ano: 2024
Banca:
Fundação CETREDE
Órgão:
Prefeitura de Pires Ferreira - CE
Provas:
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Ciências
|
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Educação Física |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Geografia |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - História |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Inglês |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Matemática |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor - PEB II - Português |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Professor de Educação Básica - PEB I |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Psicopedagogo |
Q3315655
Português
Texto associado
Leia o Texto I a seguir para responder à questão.
Texto I
Os impactos da inteligência artificial na educação
Pesquisas e debates estão sendo feitos para descobrir
como o recurso pode contribuir para o aprendizado em sala
de aula, além de eventuais riscos
A Inteligência Artificial (IA), embora ainda seja considerada uma
‘caixa misteriosa’ por alguns estudiosos, já tem promovido
impactos em vários segmentos sociais – inclusive na educação.
Pesquisas e debates em massa estão sendo feitos para descobrir
como o recurso pode contribuir para o aprendizado em sala de
aula, além dos riscos que apresenta, caso seja utilizado
incorretamente. É difícil ter uma definição única sobre a IA, devido
às constantes atualizações e à multidisciplinaridade que ela
propõe. Mas, a partir de uma conceituação básica, consiste em
permitir nada menos que a simulação da inteligência humana.
Já é possível encontrá-la no dia a dia, a exemplo dos aplicativos
de monitoramento do trânsito em tempo real – que ainda sugerem
as melhores rotas a serem feitas – e dos robôs que atendem os
clientes em sites de bancos, imobiliárias, grandes lojas de
departamento, entre outros.
Outra ferramenta à base de IA e que “viralizou” em 2023 foi o
ChatGPT. Criado em um laboratório norte-americano de
pesquisas em inteligência artificial, ele tem a capacidade de
responder a diversas questões por meio de uma conversa. Em
alguns casos, consegue até solucionar problemas matemáticos e
criar do zero letras de músicas similares ao estilo de um
determinado artista.
No processo educacional também existem algumas
aplicabilidades desses recursos tecnológicos, apesar de estarem
caminhando com passos lentos na área. Segundo a Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), a inteligência artificial pode ser relevante em duas
frentes: na personalização da aprendizagem e melhoria do
desempenho do aluno e em sistemas de gestão escolar. Além
disso, a entidade defende que a IA também é capaz de promover
uma aprendizagem colaborativa.
Professora do curso de Pedagogia e Licenciaturas do Centro de
Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da Universidade
Presbiteriana Mackenzie (UPM), Ana Lúcia de Souza Lopes dá
exemplos práticos de como esses benefícios podem ser
conquistados. Segundo ela, uma das ferramentas em evidência é
a robótica de telepresença, que pode ser aplicada no caso de
estudantes doentes ou com limitações físicas e mentais. O
objetivo é que eles mantenham a continuidade do aprendizado
sem sair de casa. Para ela, é possível investir em muitas frentes.
"A partir disso, consegue levar para esse estudante um ensino
mais personalizado. E, sabendo do que ele precisa, o docente
pode investir em atividades e conteúdos sobre aquela lacuna no
aprendizado. Isso contribui para o desempenho individual”,
indica.
A especialista também sugere o uso de plataformas que ajudem
os alunos — do ensino fundamental ao superior — a tirar dúvidas,
especialmente quando estiverem sozinhos e querendo aprender
os conteúdos de uma forma mais lúdica. Ela cita ainda o uso do
ChatGPT, por exemplo, em dinâmicas de grupo, para estimular o
debate e o pensamento crítico. “Os testes mostraram que o
ChatGPT se torna muito mais preciso se a pessoa souber fazer
as melhores perguntas. Nesse sentido, torna-se interessante,
porque o aluno não precisa decorar as informações, mas sim
saber pensar. Ele precisa saber raciocinar, e a própria IA pode
favorecer isso para o aluno. Se o professor começa a instigar que
eles pensem em soluções complexas, em saber fazer a melhor
pergunta, pode ser valioso”, avalia.
Para a professora da Mackenzie, a IA ainda propicia outros
resultados educacionais positivos, como expansão dos
conhecimentos para outras áreas; aperfeiçoamento em solução
de problemas; dinamização do trabalho do professor; e domínio
da tecnologia, algo considerado importante para o mercado de
trabalho.
Com esses objetivos em mente que a Multivix incorporou, desde
a região Norte até o Sul do Espírito Santo, várias ferramentas de
ponta para o corpo discente e docente.
O diretor-executivo da instituição, Tadeu Penina, destaca um
aplicativo que tem quase todos os serviços acadêmicos na palma
da mão dos alunos. Nele, é possível acessar o ambiente de
ensino on-line, as aulas virtuais, a biblioteca digital, o portal de
emprego e estágio e até falar com a assistente virtual “Malu” – o
chatbot da instituição — que é capaz de atender a diferentes
solicitações. “Testes estão sendo realizados para que os
professores possam realizar a chamada (conferência de
frequência do aluno em sala de aula) através da funcionalidade
de ‘check-in na aula’ usando a tecnologia de
georreferenciamento”, conta.
E a expectativa, segundo prevê o diretor, é que novos
investimentos sejam feitos em conteúdos interativos e
laboratórios virtuais que possibilitem ao aluno ter uma experiência
diferenciada de inovação.Na Multivix, continua Penina, a
tecnologia está presente desde a chegada do aluno às unidades
com a utilização da carteirinha digital até o acesso a laboratórios
de ensino virtuais. "Portanto, acreditamos na tecnologia como um
ativo para alunos e professores."
O diretor regional do Senac Espírito Santo, Richardson Schmittel,
aponta que, embora as discussões sobre inteligência artificial
estejam em alta somente nos últimos anos, os instrutores da
instituição de ensino vêm aplicando diversos recursos dessa
tecnologia para facilitar as atividades diárias.
“É comum ouvirmos muitas críticas em relação a esses recursos
de IA, mas pouco se reflete. Avalio que, para um indivíduo adquirir
um conhecimento, ele precisa de um desafio. Para isso, é preciso
fazer perguntas certas à inteligência, organizar e analisar as
informações que lhe são fornecidas, uma vez que a racionalidade
só é alcançada por meio de experiências”, analisa Schmittel.
E ele reforça observações feitas pela educadora Ana Lúcia de
que o recurso não deve ser usado para fornecer respostas
prontas ao estudante, e sim para proporcionar experiências e
recursos pedagógicos. “Para isso, no entanto, é fundamental a
devida formação do profissional que vai instruir esses alunos”,
alerta.
O Senac, por exemplo, conta com laboratórios de tecnologia e
inovação e iniciativas que utilizam a IA para gerar códigos de
linguagem de programação, e como suporte como suporte de
produção de textos, imagens e materiais artísticos que ajudam
nas atividades realizadas nos cursos ofertados pela instituição.
Os limites de uso da nova tecnologia
Com inúmeras possibilidades ainda a serem exploradas, a mestre
em Educação Jane Haddad pondera que não é possível esconder
as incertezas quanto a uma ferramenta que é nova e promoverá
impactos significativos na educação. Para ela, será preciso muito
cuidado, sobretudo com os limites éticos. A especialista acredita
ainda que já não é possível ignorar a IA – e nem mesmo
recomendado.
“Essa tecnologia pode encurtar muitos caminhos, mas pode
também fazer muitos estragos. No contexto atual, é essencial
desenvolvermos uma atitude responsável, levando em
consideração não apenas a eficiência e o desempenho, como
também as implicações éticas, sociais e emocionais dessas
ferramentas que interagem e impactam diretamente a vida de
todos nós”, destaca.
Cleonara Maria Schwartz, doutora em Educação e professora da
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), levanta a
discussão sobre os plágios que podem ser feitos com o ChatGPT.
Muitos estudantes, conforme explica, já estão usando o site para
produzir os textos pedidos em sala de aula, sem verdadeiramente
se aprofundarem no tema.
“Virou uma das maiores preocupações dos docentes, pois esse
processo não envolve nenhuma reflexão. A aprendizagem é
interrompida. A máquina faz para eles, impedindo-os de se
colocar de uma maneira reflexiva no que foi proposto”, ressalta.
Esse problema pode ser driblado, conforme ela defende, a partir
de um trabalho mais focado em experiências reais, seja aquelas
vividas dentro das escolas e das faculdades, seja fora delas.
“Não podemos abrir mão da escrita e da leitura, mas quando peço
um texto, exploro alguma vivência em sala de aula, porque disso
o robô não participou. Porém, se o que eu falo é repeteco do que
ele lê, se tudo diz a mesma coisa, abrem-se brechas para esse
‘copia e cola’”, constata Cleonara.
[...]
Fonte: https://www.agazeta.com.br/educares/os-impactos-da-inteligencia-artificialna-educacao-0923
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