O segundo parágrafo do texto mostra ao leitor:
Associação de Proteção aos animais
Experimentação Animal: Violência em nome da Ciência
Imagine que o seu corpo está a ser usado com fins científicos... consigo ainda lá dentro. Isso é o que acontece aos milhões de animais que são anualmente usados na cruel, dispendiosa e enganadora indústria da experimentação animal. Nesta indústria, um animal morre a cada 3 segundos, num laboratório europeu; a cada 2 segundos, num laboratório japonês; a cada segundo, num laboratório norte-americano. Só no Reino Unido, quase 3 milhões de animais são mortos anualmente em laboratórios. Em Portugal, o uso de animais em experiências é, na verdade, uma realidade por controlar.
Apenas há uns anos atrás, todas as empresas de cosméticos envenenavam animais com baton, champôs, sprays para cabelos ou outros produtos de “beleza". Os produtores de carros batam nas cabeças de macacos com martelos hidráulicos para simular acidentes. Os técnicos de laboratórios matavam um coelho de cada vez que faziam o teste de gravidez de uma mulher. As tabaqueiras obrigavam cães a inalar quantidades enormes de fumo de tabaco para testar a sua toxicidade. Estes testes eram considerados muito eficazes. Atualmente, devido à atenção e à preocupação dos consumidores e à criatividade de cientistas, existem testes melhores e mais humanos.
Porém, milhões de ratinhos, coelhos, porquinhos- da-índia, furões, gatos, cães, primatas, ovelhas, vacas, porcos e outros animais continuam a ser usados em experiências, sendo mortos em laboratórios todos os anos. Em vez de desenvolverem técnicas cientificas mais avançadas, os vivissectores infectam animais com doenças que eles nunca contrairiam em circunstâncias normais, alimentam-nos à força e injetam-lhes químicos tóxicos, quebram a coluna destes animais, partem-lhes os ossos e instalam eléctrodos nos seus crânios. Os investigadores militares provocam doenças e feridas nos animais com radiações, agentes químicos e usando também armas de fogo. Alguns investigadores de psicologia submetem os animais a privação maternal, viciam-nos em drogas e álcool e infligem-lhes outros males.
Pelo menos 65% destes procedimentos são realizados sem anestesia. Nos restantes 35% de experiências realizadas regularmente, é certo que estas implicam a inficção de dor e sofrimento aos animais. A maior parte destas experiências são feitas nos Estados Unidos da América, no Reino Unido e noutros países, como Portugal. Nestes casos, estes animais beneficiam de fraca proteção legal, que, regra geral, é raramente cumprida dado a falta de fiscalização.
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Interpretação do Enunciado: A questão aborda a interpretação de um trecho do texto sobre experimentação animal. O foco está no segundo parágrafo, que descreve práticas cruéis na indústria de testes com animais e a evolução dos métodos de teste ao longo do tempo.
Estratégia para Responder: Para responder corretamente, é fundamental analisar o conteúdo do segundo parágrafo. É preciso identificar o que ele destaca em relação à experimentação animal, considerando a descrição das práticas passadas e a mudança na percepção pública e científica.
Alternativa Correta: A alternativa D - a participação eficiente da opinião pública no processo é a correta. Isso porque o segundo parágrafo menciona que, devido à atenção e preocupação dos consumidores, surgiram testes mais humanos e eficazes. Essa relação sugere que a opinião pública influenciou positivamente a mudança nas práticas de experimentação.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
A - a permanente crueldade da experimentação com animais: Embora o parágrafo mencione a crueldade dos testes, o foco principal está na mudança trazida pela opinião pública, e não apenas na continuidade da crueldade.
B - a extensão da crueldade para com os animais: Esta alternativa também é equivocada, pois o parágrafo não se concentra em ampliar a discussão sobre a crueldade, mas sim em mostrar a evolução e a redução dela em resposta à pressão social.
C - a maior eficiência dos testes atuais: Embora o parágrafo mencione que agora existem testes mais eficazes, ele não aborda isso como o principal ponto. O foco está na mudança de práticas devido à participação da opinião pública.
E - a preocupação econômica dos laboratórios: Esta alternativa é incorreta, pois não há menção direta à preocupação econômica. O texto enfatiza a ética e a atenção dos consumidores, e não o aspecto financeiro.
Considerações Finais: Ao responder questões de interpretação de texto, é importante focar nas ideias centrais e nas relações que elas estabelecem, como a influência da sociedade sobre práticas científicas. Lembre-se de que a análise do contexto e das intenções do autor facilita a compreensão e a escolha da alternativa correta.
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Comentários
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"Extenção", minha gente? Pelo amor de Deus!
Atualmente, devido à atenção e à preocupação dos consumidores = opinião pública
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