A construção de Brasília deu impulso significativo à integra...
Marcos de Amorim Coelho. Geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 1999, p. 252-4 (com adaptações).
A partir das informações do texto acima, julgue o item que se segue.
GAB: C
it's right
Devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o
interior do país pouco povoado e economicamente esquecido, assim, a transferência da capital para o
interior impulsionou o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a
capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.
Gabarito: Certo
Estratégia
JUSTIFICATTIVAS PARA A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA:
- Símbolo do novo Brasil: modernização;
- Segurança nacional: com a capital no interior a ameaça de invasão seria menor;
- Servir de referência para uma maior integração nacional;
- Levar o progresso para o interior (interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional);
- Afastar o poder central da turba, das manifestações populares (afastar os governantes da concentração de atividades e das pressões populares);
- Criar uma cidade mais adequada às necessidades do poder;
Fatores que levaram a transferência da capital
1) Segurança Nacional - acreditava-se que, com a capital no litoral, ela estaria mais vulnerável a ataques estrangeiros. Esse argumento militar-estratégico teve como precursor Hipólito José da Costa e influenciou tanto os primeiros republicanos como também os militares após a 2ª Guerra Mundial. Acreditava-se que, com a capital no interior, a ameaça da invasão seria pouco significativa.
2) Interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional – devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado e economicamente esquecido, assim, a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.
3) Símbolo do Brasil Novo – No governo JK (1956-1960), o Brasil passa por rápidas transformações. O Plano de Metas abre a economia ao capital estrangeiro e a entrada em larga escala de empresas multinacionais faz com que o país passe pela “modernização”, ou seja, deixava de ser rural e foi se tornando predominantemente urbano-industrial. A construção da nova capital (com base na concepção arquitetônica e urbanística moderna) deveria funcionar como exemplo a ser seguido pelas demais cidades brasileiras.
4) Afastar os governantes (a capital) da concentração de atividades e das pressões populares – o Rio de Janeiro, como centro tradicional do país, abrigava uma extrema concentração de atividades (portos, indústrias, comércio, atividade intelectual etc.) e forte pressão demográfica; sendo assim, o governo ficava sujeito às pressões populares, que se manifestavam sob a forma de passeatas e “quebra-quebras”. A transferência da capital para o “meio do nada”, o cerrado do planalto central, tinha a função de isolar os governantes que atendiam aos interesses da elite dominante em detrimento dos anseios populares.
USTIFICATTIVAS PARA A CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA:
- Símbolo do novo Brasil: modernização;
- Segurança nacional: com a capital no interior a ameaça de invasão seria menor;
- Servir de referência para uma maior integração nacional;
- Levar o progresso para o interior (interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional);
- Afastar o poder central da turba, das manifestações populares (afastar os governantes da concentração de atividades e das pressões populares);
- Criar uma cidade mais adequada às necessidades do poder;
A expansão do transporte ferroviário no Brasil teve um vínculo estreito com o crescimento da produção de café, inicialmente concentrado no estado do Rio de Janeiro, especificamente no Vale do Paraíba, e posteriormente em São Paulo. As ferrovias desempenharam um papel fundamental no escoamento dos grãos até os portos - no Rio de Janeiro até o Porto do Rio e em São Paulo até o Porto de Santos. Esse modal de transporte foi essencial para a dinamização da economia cafeeira.
Com a transição para o século XX, o transporte rodoviário começou a ganhar destaque, especialmente com o governo de Washington Luís, que cunhou a frase "Governar é abrir estradas". Nessa época, destaca-se a construção da rodovia Rio–São Paulo, que até 1940 era a única pavimentada no Brasil. A ênfase em estradas pavimentadas abriu novos horizontes para o transporte no país.
Na década de 1950, o transporte rodoviário emergiu como o principal meio de locomoção nacional, uma transformação que refletiu as mudanças no padrão de desenvolvimento e integração do Brasil. Em linha com essa evolução, a construção de Brasília, a nova capital, teve um impacto significativo na integração nacional através do desenvolvimento de extensas rodovias. Esse processo estava alinhado com um dos objetivos primordiais da nova capital: a promoção da interiorização do desenvolvimento brasileiro.
Diante dessa análise, a afirmação de que "a construção de Brasília deu impulso significativo à integração nacional por meio de grandes rodovias, o que atendia a um dos objetivos da nova capital, ou seja, promover a interiorização do desenvolvimento" é considerada correta.